Caminhos de Bacellar a 2026 após megoperação de Castro

 

Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar (Foto: Divulgação)

 

 

À espera de Bacellar e Wladimir para 2026?

De hoje à urna de 4 de outubro, são 10 meses e 18 dias. Até 4 de abril, os ocupantes de cargos executivos têm que sair para concorrer. As convenções partidárias ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto. Esse é o calendário oficial das eleições de 2026. Que, em Campos, será muito ditado pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), e o prefeito Wladimir Garotinho (PP).

 

As variáveis de Bacellar

A definição de Bacellar tem muitas variáveis. Após colocar Thiago Pampolha (MDB) no Tribunal de Contas do Estado (TCE), tirando o vice do caminho (confira aqui e aqui) na sucessão do governador Cláudio Castro (PL), e conseguir (confira aqui e aqui) a promessa de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o político de Campos errou ao exonerar (confira aqui e aqui) Washington Reis (MDB) da secretaria estadual de Transportes.

 

Afastamento de Castro

Bacellar errou porque perdeu a promessa de apoio de Bolsonaro. E porque, desde então, se afastou de Castro. Este, enfraquecido, entrou em outubro falando em desistir (confira aqui) da pré-candidatura a senador. Até que o governador ressuscitou com a megaoperação policial do dia 28 nos complexos do Alemão e Penha, que teve amplo apoio da população (confira aqui, aqui, aqui e aqui) nas pesquisas.

 

Mapa traçado: tiro, porrada e bomba

Com o senador Flávio Bolsonaro (PL) favorito (confira aqui, aqui e aqui) à reeleição, a popularidade de Castro após a operação o cacifa à outra das duas cadeiras que o RJ elegerá ao Senado em 2026. Mas, para se candidatar, o governador terá que sair do cargo até 4 de abril. Que deixaria a Bacellar, junto com o mapa da popularidade traçado: tiro, porrada e bomba contra as facções criminosas.

 

Incerteza entre Bacellar e Castro

Por natureza, Bacellar é muito mais talhado ao papel de linha dura do que Castro. Mas, assumindo como governador após este sair para se candidatar a senador, o campista teria que ter seu nome confirmado depois, em eleição indireta ao cargo na Alerj. E Castro não pôs Bacellar embaixo do braço após a operação, o que sinaliza incerteza interna no grupo.

 

Opção? Conselheiro do TCE

Com Bacellar governador, o endurecimento contra o crime poderia ser a arma para tirar a grande vantagem que o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) tem hoje (confira aqui, aqui, aqui e aqui) nas pesquisas à disputa do Palácio Guanabara em 2026. A outra opção ao político de Campos seria o caminho que destinou a Pampolha: conselheiro do TCE.

 

Só Márcio Bruno certo a estadual

Uma candidatura a deputado federal nunca esteve no radar de Bacellar. A estadual, o único nome certo do seu grupo, hoje, é o campista Márcio Bruno (União), seu chefe de gabinete como presidente da Alerj. Vereador de Campos, Marquinho Bacellar (União) só poderia se candidatar em 2026 se seu irmão optasse pelo TCE.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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