Maicon Cruz não espera Bacellar e tenta voo solo em 2026

 

Maicon Cruz com Washington Quaquá e entre Dandinho de Rio Preto, Rogério Matoso e Bruno Vianna (Fotos: Instagram/Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Voo solo de Maicon

Diante da indefinição de Rodrigo Bacellar a 2026 (confira aqui), parte do seu grupo na Câmara de Campos começa a debandar para tentar voo solo. É o caso do vereador Maicon Cruz (PSD), que decidiu a eleição de Marquinho a presidente da Casa no segundo biênio da Legislatura passada. E está de malas prontas ao PV para, em Federação com o PT, tentar uma vaga na Alerj.

 

Construção interna e externa

A pré-candidatura de Maicon a deputado estadual é fruto de uma construção em duas frentes. Internamente, com seus colegas vereadores Dandinho de Rio Preto (União) e Rogério Matoso (SD), como com o ex Bruno Vianna (PSD). E, externamente, com o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT.

 

Quaquá quer base em Campos

Muitas vezes oposto ao idealismo que caracteriza seus companheiros do PT, Quaquá se marca pelo pragmatismo. Que o fez, inclusive, defender publicamente (confira aqui) que a operação policial no Alemão e Penha foi necessária. Ele aposta em Maicon para ter uma base eleitoral em Campos à pré-candidatura a deputado federal do seu filho, Diego Zeidan, presidente estadual do PT.

 

Disputas internas do PT

Sem conseguir eleger um vereador em Campos desde 2012, com Marcão Gomes (hoje, MDB), o PT local não é alinhado com Quaquá. Mas com lideranças fluminenses do partido como o deputado federal Lindbergh Farias e André Ceciliano, secretário especial de Assuntos Parlamentares do governo Lula. Que têm trocado palavras pesadas com o prefeito de Maricá.

 

Objetivos e costuras

Sem espaço no grupo de Bacellar, Maicon, Dandinho, Matoso e Bruno buscam manter a unidade de um grupo testado em embates na Câmara de Campos contra o grupo de Wladimir. A federal, Maicon deve dobrar com Diego, Dandinho e Matoso podem apoiar Vitor Junior (PDT), enquanto Bruno se comprometeu com a tentativa de reeleição de Daniel Soranz (PSD).

 

Silêncio e dilema de Bacellar

Embora ninguém admita publicamente, há queixas sobre a dificuldade das lideranças locais de oposição a Wladimir de conseguir falar com o presidente da Alerj. Enquanto este, entre a pré-candidatura a governador e o TCE, vive um dilema: se der muita atenção ao interior, será acusado de espelhar o ex-governador Anthony Garotinho; se não der, perde a base.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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