Anos após abandonar a poesia que revolucionou com apenas 16 anos, foi como comerciante de armas que o francês Arthur Rimbaud (1854/91) acabaria sendo o primeiro homem branco a pisar em Adis Abeba, capital da Etiópia. E foi de lá que ontem a presidente Dilma Rousseff (PT), primeira mulher a governar o Brasil, admitiu pela primeira vez as falhas do seu governo na confusão do Bolsa Família (lembre aqui), que fez filas de brasileiros, negros, brancos e pardos, mulheres em sua maioria, se formarem como gado, dissociados de qualquer poesia, em todas as agências da Caixa Econômica Federal de pelo menos 12 estados da Federação:
— Nós somos humanos, pode ter tido falhas, o que estou dizendo é o seguinte: não é uma falha tópica que explica 12 Estados. Então, a Polícia Federal e a segurança da Caixa vão procurar todos os motivos e vão elencá-los todos. O que a gente pode tirar de bom disso? Podemos tirar que vamos estar sempre mais atentos agora para essa possibilidade — disse Dilma na África, para depois completar:
— Eu acho que seria um simplismo total dizer que o Bolsa Família é pura e simplesmente uma distribuição de recursos, ou como alguns diziam no Brasil, um bolsa esmola. O Bolsa Família é uma sofisticada tecnologia pra garantir o aumento da igualdade no nosso país.
As falhas que a sucessora de Lula admitiu, se referem à confirmação de que a Caixa alterou, sem nenhum aviso prévio, a antecipação do pagamento do benefício para o último dia 17 de maio, no valor de mais de R$ 2 bilhões, às vésperas de toda a confusão, como a Folha de São Paulo teve que revelar aqui para só então o ministério de Desenvolvimento Social admitir a verdade que vinha sonegando à população. Agora, à certeza do erro do seu governo que Dilma foi forçada pela imprensa a admitir, se opõe a dúvida de origem: “sofisticada tecnologia de pra garantir a igualdade” ou primaríssima “tecnologia” para se formar currais eleitorais às custas do dinheiro público?
Caixa liberou os benefícios na véspera do boato
Josias de Souza
Isso sim é que é organização eficiente! Um dia antes da propagação dos boatos que empurraram a clientela do Bolsa Família para suas agências em pleno final de semana, a Caixa Econômica Federal havia liberado, de uma tacada, todos os benefícios das 13,8 milhões de famílias inscritas no programa. Coisa de R$ 2 bilhões.
Repetindo: numa sexta-feira, a Caixa antecipou o calendário das liberações do mês de maio. E despejou dinheiro no sistema. Fez isso sem avisar nada a ninguém. Na manhã seguinte, sábado, sobrevieram os boatos. O Bolsa Família vai acabar… Dilma mandou pagar um benefício extra pelo dia das mães… No domingo, adensou-se o sururu nas agências da Caixa em 13 Estados.
Na segunda-feira, uma ministra petista apontou o dedo para a oposição. A presidente da República chamou o boateiro de “desumano” e “criminoso”. E a Caixa jactou-se de ter antecipado R$ 152,3 milhões a 900 mil pessoas. Modesta, a casa bancária estatal absteve-se de dizer que liberara o numerário na véspera da boataria.
A Caixa só admitiu que havia executado os passos do seu balé premonitório depois que os repórteres Aguirre Talento e Daniel Carvalho localizaram uma cliente do Bolsa Família que sacara sua mensalidade 12 dias antes da data regulamentar. Chama-se Diana dos Santos. Mora na cidade cearense de Caucaia
“Recebo Bolsa Família há anos e nunca pagaram antecipado”, estranhou Diana. “Aí achei estranho, mas fiquei feliz e peguei o dinheiro. Acho que outras pessoas também conseguiram receber antecipado, foram avisando aos conhecidos e virou essa confusão”, disse.
A Polícia Federal acaba de ganhar uma linha de investigação nova. Torça-se para que a PF seja menos eficiente do que a Caixa. Do contrário, corre o risco de sair absolvendo antes mesmo de investigar. Acaba virando uma Maria do Rosário às avessas. Por ora, há na praça apenas uma certeza: de tédio a plateia não morre!
Não basta a nossa ilustríssima Presidenta reconhecer erros no Programa dessas Bolsas, deveriam pedir CNJ que fizesse um orientação aos juízes do trabalho observar aquelas ações movidas por domésticas que fazem questão em não aceitar registro em suas de trabalho, para não deixar de receber essas bolsas e quando os filhos atingem idade adulta, processar patrões com conivência de advogados sem escrúpulos para extorquir patrões.
Segundo a Folha de S. Paulo de hoje, a CEF liberou o pagamento de todos os benefícios, mais de 2 bilhões de reais!!!, no dia anterior aos boatos.
Tudo continua muito estranho. Por que antecipar os pagamentos? Houve alguma ação orquestrada entre a antecipação dos pagamentos e os boatos?
Uma empresa de telemarketing seria a responsável pela mobilização de milhares de pessoas? Se for, precisamos saber o nome e contratar seus serviços para mobilizar a população!!
A história ainda não bate. Na sexta a CEF libera antecipadamente os pagamentos de bilhões de reais (não custa recordar que para efetuar os saques de um valor total tão alto é necessário uma complexa logística). No sábado começam os boatos (que se espalham por todo o país em horas – caso único na história do Brasil). E na segunda a presidente chama os boateiros de “desumanos” e Lula de “gente do mal”. Dilma surge como justiceira e insinua que os “pessimistas” é que seriam os responsáveis pelos boatos (teve também, no sábado, a declaração de uma desconhecida ministra de alguma coisa acusando a oposição pelos boatos). E a oposição, fez algo? Ao menos, protestou? Buscou investigar? Ou teve medo?
http://www.marcovilla.com.br/2013/05/bolsa-familia-os-boatos-os-saques.html
Este tal do boato de que iria acabar o bolsa família, serviu para mostrar ao Brasil a cara daqueles que recebem o bolsa família. Até que enfim, todos vimos os tais “coitadinhos” Obesos, em sua grande parte jovens, saudáveis, vestidos modernamente, portando motos e celulares..
Isto serviu para mostrar ao BRASIL o sistema covarde e indecoroso de compra de votos do PT. Não dá mais para esconder esta sem-vergonhice com dinheiro público…
Infelizmente, o episódio mostra que o assistencialismo no Brasil parece uma mera compra de votos. O governo para distribuir melhor a renda deveria gerar empregos em áreas com baixa industrialização. Além disso, o Estado deveria colocar os ociosos detentos para trabalharem, pois os gastos com os mesmo é muito superior aos gastos do governo com cada aluno nas escolas públicas. Vergonha. Nós eleitores devemos deixar de sermos omissos. Deveríamos cobrar dos políticos eleitos postura. O poder que temos para elegermos é o mesmo que temos para tirarmos. Temos que realmente brigarmos para o coletivo que beneficia a todos e não por problemas pontuais que podem ser solucionados com bom senso.
Nas filas que se formaram verificamos a realidade do fato:Mulhes,jovens,alegres e obesas.Triste realidade.