PR — Fidelidade imposta aos eleitos revela falta de fé na eleição a governador

(Fotos de Gerson Gomes)
(Fotos de Gerson Gomes)

Lendo aqui o sempre atualizado Blog do Bastos, soube que um dos principais motivos para o Congresso Estadual do PR, realizado hoje em São João de Meriti, com a presença de mais de 8 mil pessoas, foi a aprovação de uma resolução visando à manutenção do mandato no partido de todos os candidatos eleitos em 2014. Embora sem força de lei, a resolução partidária é amparada em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não se trata de nenhuma novidade no PR, já que em entrevista dada à Folha e publicada em 19 de maio último, seu deputado estadual e pré-candidato a federal Geraldo Pudim já havia adiantado aqui:

— Nossa meta é fazer de 10 a 12 deputados estaduais. Em 2010, elegemos nove e ficamos com apenas quatro: Clarissa, Altineu, Samuquinha e eu. As coisas ficam difíceis por conta da hegemonia do PMDB, que hoje tem o vice-presidente da República, os presidentes do Senado e Câmara federais, o governador e o vice do Estado do Rio, o presidente da Alerj, o prefeito da cidade do Rio e o presidente da Câmara de vereadores da capital. Diante dessa hegemonia, além de recuperarmos o governo fluminense com Garotinho, o que ele tem preconizado é primar mais pela qualidade do que pela quantidade, em relação dos nossos demais candidatos.

Tomando por base o controle do governo estadual como força capital de cooptação de candidatos eleitos por partidos de oposição, na analogia tecida pelo próprio Pudim, alguém que seja capaz de somar dois mais dois e encontrar o quatro como resultado, poderia supor que a apresentação e aprovação pública da resolução de fidelidade partidária é um claro indicativo de nem que o presidente fluminense do PR, o deputado federal e pré-candidato a governador Anthony Matheus, o Garotinho, tem muita certeza ou fé em sua eleição à sucessão de Cabral. Até porque, por suposto lógico, um candidato certo da sua eleição estaria mais preocupado em usar o poder da máquina para seduzir deputados de outros partidos, do que em ter os seus cooptados.

Ademais, para alguém que hoje está no PR, depois de passar por PC do B, PT, PDT, PSB e PMDB, sem deixar saudades em ninguém que permaneceu nestas legendas, venhamos e convenhamos que Anthony Matheus, o Garotinho, não é o político mais indicado para pregar nenhum tipo de fidelidade partidária.

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Este post tem 8 comentários

  1. Laila

    Se ele conseguir comprar os votos de sempre, se elege…do contrário, não! Aqui no Rio, a população mais esclarecida não consegue ouvir o nome desse sujeito que começa a ter ânsias…sabe de que, né?

  2. jose geraldo

    Ele,o Garotinho, vendo aqui em Campos a insatisfação de seus vereadores da base governista, já está tratando de bem amarrar os futuros candidatos com suas ameaças costumeiras desde já.
    Sabe ele que, assim como Rosinha, ao mudar de partido, poderia ter perdido o mandato.
    Cabrestar é preciso, E IMPERATIVO.
    E SALVE JORGE EM MERITI…

  3. Paulo cesar

    Voces são mesmo recalcados com o Garotinho, se ele não incomoda fale do Arnaldo Viana , Mocaiber, Marcos Barcelar, esqueça o Garotinho, já que ele não incomoda, so voces que não enxergar essa politica mediocre do Sr Sérgio Cabral.Fora PMDB.

  4. edMIL

    DEPUTADO ROMÁRIO NO PR. blog do bastos

  5. Cláudio

    Infelizmente nós não temos nenhuma opção para governador, se juntar todos eles não um.

  6. jorge

    BINGO….

  7. Leniéverson Azeredo

    O edMIL é a veia cômica dele. Mas não temos opções decentes para governador. Somos obrigados a escolher o menos pior para o pleito estadual.

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