Marcão e Edson ouvem as vozes das ruas, que parecem perder força

(Montagem de Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
(Montagem de Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

Ainda que tenham fracassado as três últimas manifestações populares de Campos — dos sindicatos e partidos de oposição, na última quinta (27/06); do movimento “Anonymous Campos”, na sexta (28/06); e o dos profissionais de enfermagem, hoje (01/07), todos na praça São Salvador —, as pautas lançadas da vontade das ruas parecem estar tendo acolhida  na Câmara Municipal de Campos. Além do vereador de oposição Marcão (PT), que na última quarta, dia 26, propôs uma indicação legislativa para instituir o Orçamento Participativo no município, conforme o blog adiantou aqui, também o presidente do Legislativo goitacá e garotista de quatro costados, vereador Edson Batista (PTB), passou a defender a diminuição salarial dos edis, aparentemente de encontro às vozes ecoadas nas ruas de Campos e todo o Brasil, como o jornalista Alexandre Bastos revelou aqui.

Na incerteza de que as duas iniciativas vingarão, já que qualquer proposta feita na Câmara de Campos, para ser aprovada, tem que contar com a aprovação pessoal do deputado federal Anthony Matheus, o Garotinho (PR), que controla com mão de ferro (e benesses bancadas pelos cofres públicos municipais) os votos e as vontades de 21 dos 25 vereadores, incerta também  a mobilização popular que o movimento “Cabruncos Livres” vai conseguir agregar em sua terceira manifestação, programada para a próxima quarta, dia 3, com concentração às 16h e saída em passeata às 18h. Após reunir cerca de três mil pessoas, no último dia 16, e de dobrar esses números, na segunda passeata, no do dia 20, ninguém sabe se o movimento continuará a crescer, se manterá a adesão popular ou se perderá força, sobretudo após os insucessos das manifestações de outros grupos nos dias 27, 28 e hoje.

Uma coisa, no entanto, é certa: sem mobilização popular, nem Brasília, nem Rio de Janeiro, muito menos Campos, onde os mandatários da cidade sequer se dignaram a receber e dialogar com os manifestantes das ruas, para se usar um velho, mas vero ditado: “Tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes”…

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Este post tem 8 comentários

  1. Dérick Pereira

    Boa noite, o movimento estava engatinhando e agora começa a andar de verdade. Hoje fomos recebidos no Sindipetro-NF o qual demonstrou total apoio ao movimento e se colocou a disposição para nos dar suporte técnico e logístico, estamos em diálogo com o SEPE, SINASEFE entre outras organizações de classe trabalhadora. Nossa meta e pluralizar o movimento, não fazer que seja rotulado apenas como um grupo de estudantes. O 3° Ato vai mostrar isso, o movimento só tende a crescer e as cobranças começam a ficar mais direcionadas a partir da pauta tirada em nossa reunião que acontece todo sábado no jardim são benedito e é aberta a todos. Contamos com o apoio da Folha no sentido de estar sempre veiculando nossas ações para a grande população campista e ressaltar essa imparcialidade e o importante veículo de comunicação que é a Folha é aqui no interior do estado.

  2. Savio

    Na minha opinião, o pouco movimento citado na matéria, foi por conta da intenção anti-partidária do movimento. Creio que amanhã o movimento será maior do que o da vez passada, se mantido o procedimento de não haver “bandeiras partidárias”.

    Resolvi fazer uma pequena pesquisa e fui às ruas conversar com os jovens nas proximidades do do IFF, e outros que fui encontrando pela Pelinca e pontos de ônibus. Também no “Face” o papo corre com indícios de que a galera vai estar presente. Pelas respostas que obtive, não senti que vai diminuir!

  3. Graciete Santana

    Caro Aluysio
    A manifestação dos partidos e sindicatos no dia 27/06 foi bastante qualitativa, sem incidentes e politicamente correta.
    Aqueles que usam do discurso antipartidário, não deixam de ter razão. Sentem-se ludibriados pelas promessas a cada eleição. Outros deixam-se levar pelo discurso fascista.
    Nisso tudo, o mais importante é que o povo brasileiro acordou. Como num ensaio de quem descobre a própria força, ora acertivos ora errantes. Decerto não há de se compactuar com a violência nem com vandalismos.
    O povo brasileiro despertam de sua quase inércia mas, prima pela pacificidade. Em tudo há uma lógica. E o acaso não é responsável pela desordem reinante em algumas das manifestações dos últimos dias. Há um conjunto de possibilidades que se apresentam mas, sejam quais forem, não são espontâneas como defendem alguns.
    A luta popular é legítima. O apassivamento dos últimos anos deu lugar a efervescência politica. A luta iniciada pelo MPL (SP), inicialmente contra aumento das passagens ganhou a dimensão de todas as pautas que até então não passavam de lamúrias isoladas. Todos reclamavam mas, o conjunto da população não se percebia enquanto agente da necessária transformação, aptas ao exercício do poder popular.
    Enquanto aguardávamos a população “acordar” para a luta nós, dos partidos de esquerda, nunca nos apartamos dela. Nada mais justo esclarecê-la sobre isso. E tenha certeza que avançamos.
    Hoje nossas bandeiras – como desde sempre – tremulam nas ruas do país inteiro. Os que incitavam o anti partidarismo foram identificados.
    Não devemos ser confundidos com o que nunca compactuamos. Temos sido incansáveis na denúncia contra as mazelas existentes. Apresentamos propostas para a superação das mesmas.
    Defendemos a reforma política como uma pauta urgente para pôr fim as negociatas de siglas de aluguel que mudam de “dono” a cada processo eleitoral. Defendemos financiamento público de campanha. Como também o fim das concessões dos transportes públicos coletivos. Investimento na educação pública, na saúde, valorização dos funcionários públicos, concursos, etc. Nossa pauta é antiga porém,dentro do contexto atual devido aos governantes e parlamentares insensíveis a ela.
    Por isso, saudamos a luta popular. Estamos juntos porque antes de qualquer coisa, temos as mesmas bandeiras de luta e almejamos construir o poder popular.
    Forte abraço
    Graciete Santana
    Secretária Política do PCB/Campos

  4. Graciete Santana

    Caro Aluysio
    A manifestação dos partidos e sindicatos no dia 27/06 foi bastante qualitativa, sem incidentes e politicamente correta.
    Aqueles que usam do discurso antipartidário, não deixam de ter razão. Sentem-se ludibriados pelas promessas a cada eleição. Outros deixam-se levar pelo discurso fascista.
    Nisso tudo, o mais importante é que o povo brasileiro acordou. Como num ensaio de quem descobre a própria força, ora acertivos ora errantes. Decerto não há de se compactuar com a violência nem com vandalismos.
    O povo brasileiro desperta de sua quase inércia mas, prima pela pacificidade. Em tudo há uma lógica. E o acaso não é responsável pela desordem reinante em algumas das manifestações dos últimos dias. Há um conjunto de possibilidades que se apresentam mas, sejam quais forem, não são espontâneas como defendem alguns.
    A luta popular é legítima. O apassivamento dos últimos anos deu lugar a efervescência politica. A luta iniciada pelo MPL (SP), inicialmente contra aumento das passagens ganhou a dimensão de todas as pautas que até então não passavam de lamúrias isoladas. Todos reclamavam mas, o conjunto da população não se percebia enquanto agente da necessária transformação, aptas ao exercício do poder popular.
    Enquanto aguardávamos a população “acordar” para a luta nós, dos partidos de esquerda, nunca nos apartamos dela. Nada mais justo esclarecê-la sobre isso. E tenha certeza que avançamos.
    Hoje nossas bandeiras – como desde sempre – tremulam nas ruas do país inteiro. Os que incitavam o anti partidarismo foram identificados.
    Não devemos ser confundidos com o que nunca compactuamos. Temos sido incansáveis na denúncia contra as mazelas existentes. Apresentamos propostas para a superação das mesmas.
    Defendemos a reforma política como uma pauta urgente para pôr fim as negociatas de siglas de aluguel que mudam de “dono” a cada processo eleitoral. Defendemos financiamento público de campanha. Como também o fim das concessões dos transportes públicos coletivos. Investimento na educação pública, na saúde, valorização dos funcionários públicos, concursos, etc. Nossa pauta é antiga porém,dentro do contexto atual devido aos governantes e parlamentares insensíveis a ela.
    Por isso, saudamos a luta popular. Estamos juntos porque antes de qualquer coisa, temos as mesmas bandeiras de luta e almejamos construir o poder popular.
    Forte abraço
    Graciete Santana
    Secretária Política do PCB/Campos

  5. maria

    Acho que este movimento é diferente.Precisa sewr diferente.Só precisa de um lider.

  6. Graciete Santana

    Só para concluir, há indícios claros de que as manifestações devem continuar mas, num formato diferente de seu início. A tendência é um volume maior de manifestações com menor número de pessoas. Aos poucos as pautas vão se definindo e criando nichos específicos a cada categoria ou setor.
    Em Campos, as últimas manifestações evidenciam isso. Algumas mobilizações com maior volume outras nem tanto e, ainda assim, continuam vigorosas e importantes para as transformações da sociedade.

  7. Allam

    A “Cabruncos Livres” em seu segundo Ato foi apoiada por várias frentes inclusive midia alternativa fora da cidade, entendam oque aconteceu, um grupo não liderado chamado Anonymous Campos enviou todos os seus convidados em Campos, somando 45.000 Convites para o mesmo endereço do “Cabruncos”, ao chegar no Local, a população se deparou com um Caminhão supostamente liderando a multidão, cerca de 9Mil pessoas chegaram a Praça, e apenas 7Mil seguiram o evento, ao final, apenas 2.600 acompanhavam. Este fato fez com que ambos os movimentos perdessem o Apoio Popular na cidade. (Os movimentos nacionais não possuem Liderança, eles são feitos de idéias e desejos coletivos de mudança ) By: Anonymous.

  8. Sabrina

    A classe dos professores almeja por alguém para nos ajudar, peço que vcs façam visitas as escolas incentivando-os a participar pois a classe não tem ninguém que olhem por eles, eles seriam boa ajuda no movimento!

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