Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais (além da Petrobras) é a situação complicada da presidente Dilma Rousseff (PT) diante do governo. Com isso, o jornal britânico Financial Times decidiu listar nesta quarta-feira (25) 10 motivos pelos quais a petista poderia não chegar ao fim de seu mandato.
O artigo, assinado pelo editor-adjunto de mercado emergentes da publicação, Jonathan Wheatley, cita entre as razões a perda de apoio no Congresso Nacional, principalmente com a recente vitória de Eduardo Cunha.
Segundo o texto, até mesmo alguns petistas se voltaram contra a presidente. “Alguns membros [do partido] a veem como uma intrusa oportunista”, disse Wheatley. A maioria dos motivos mencionados no texto são de teor econômico, sendo que apenas dois têm relação indireta com a economia: a falta de água e possíveis apagões elétricos. Veja os motivos:
1 – Perda de apoio no Congresso
“Para um presidente brasileiro ser cassado, ele deve fazer algo flagrantemente errado. Mas muitos fazem isso e sobrevivem”, começa o autor. Porém, para ele, o que realmente conta é a perda de apoio no Congresso. Diante disso, ela começa a criar “inimigos” dentro de casa, começando a ver petistas ficarem descontentes com ela. Até mesmo a nomeação de Joaquim Levy para a Fazenda tem sido razão de raiva para integrantes da esquerda.
2 – Escândalo da Petrobras
Diante de todos os escândalos envolvendo a estatal, o pessimismo do mercado diante do governo só aumenta e pressiona ainda mais a presidente. No fim, Wheatley destaca que, se em algum momento o Congresso decidir fazer algo para um impeachment, “a Petrobras forneceria o pecado flagrante”. “Dilma foi presidente do conselho de administração, quando a maior parte da suposta corrupção aconteceu”, destaca.
3 – Queda na confiança do consumidor
“Os consumidores estão extremamente fartos, como mostrado por um levantamento mensal divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas” afirma o texto mostrando o gráfico da FGV com a forte queda da confiança.
4- Aumento da inflação
“Vinte anos atrás, a inflação no Brasil foi de cerca de 3.000% ao ano. Muitos brasileiros são jovens demais para lembrar, mas outros não. Alguns temem agora que o governo abandone a meta de inflação de 4,5% ao ano”, afirma o texto.
5 – Aumento do desemprego
O artigo lembra que muitos brasileiros têm se preparado para perdoar o governo em relação a inflação e crescimento lento porque sentiram seus próprios empregos estavam seguros. “Mas com a economia deverá contrair-se 0,5% este ano […] Estima-se que 26 mil empregos líquidos foram perdidos em janeiro, normalmente um mês onde ocorre contratação desse número. Isso representa um grande desafio para a popularidade de Dilma”, afirma.
6 – Queda na confiança do investidor
Após a notícia de que o Tesouro tinha vendido 10 milhões de contratos de dívida de curta duração com vencimento em outubro deste ano, o texto destaca que este foi o maior leilão único de tal dívida de curto prazo. Citando o Valor Econômico, Wheatley diz que o governo está sendo forçado a vender cada vez mais títulos como esses rendendo diante da preocupação dos investidores com a capacidade do governo para cumprir as metas orçamentais.
7 – Déficit orçamentário
“No ano passado, o Brasil emitiu o seu primeiro déficit orçamentário primário em mais de uma década, efetivamente levando o país de volta para os dias sombrios antes de começar a implementar pelo menos uma aparência de disciplina fiscal”, afirma o FT. “A administração Rousseff parece desistir do fantasma do ano passado, com um déficit primário equivalente a 0,63% do PIB e um déficit nominal, incluindo o pagamento da dívida, equivalente a 6,7% do PIB”, completa
8 – Problemas econômicos no geral
“Que a economia está a implodir é quase desnecessário dizer”, começa o autor. “Os investidores esperavam que a nomeação do ‘Chicago boy’ Levy para o ministério das finanças iria mudar as coisas. Muitos ainda se seguram nessa esperança. Mas a tarefa parece cada vez mais difícil”, afirma. “Levy tem aparecido como uma figura solitária, o único homem no governo segurando ‘a represa’. Rousseff nem sequer apareceu no anúncio de sua nomeação. Ela estava lá na cerimônia formal […] Mas uma pesquisa no Google Imagens sugere que eles não têm sido vistos juntos em público desde então”, completa o FT.
9 – Falta d’água
“A sensação de se aproximar de apocalipse no Brasil é sublinhada por uma escassez de água que atinge a cidade de São Paulo”, lembra o jornal britânico, que destaca a pequena recuperação do Cantareira nas últimas semanas, mas que mesmo assim está longe de sair da crise. “A causa não é a baixa precipitação apenas. Estima-se que um terço da água do sistema é perdida pela Sabesp. Má gestão e falta de investimento também são culpados”, afirma.
10 – Possíveis apagões elétricos
“A última vez que um governo foi derrubado (embora nas urnas e não por impeachment) a principal causa foi o racionamento de energia elétrica”, afirma o texto citando a derrota de Fernando Henrique Cardoso para Lula em 2002, depois de um “verão de racionamento de energia elétrica provocada por uma combinação de baixa pluviosidade, má gestão e falta de investimento“. “A administração Rousseff pode evitar um destino semelhante. Ou talvez não”, diz o FT.
“O que derrubou Collor não era o seu envolvimento em casos de corrupção, mas a repulsa que as pessoas sentiam dele e, especialmente, entre a maioria no Congresso. Rousseff deve ter muito cuidado para não seguir o mesmo caminho”, completa o jornal.
Publicado aqui, no msn.com
Paulo Henrique
26 fev 2015É mesmo? Até os pecados de do governador de São Paulo, que pelo que eu saiba é do PSDB, caiu na conta da Dilma. A crise da água foi bem escondida durante o período eleitoral para não prejudicar a reeleição do governador (trecho excluído pela moderação) do PSDB que está 20 anos no poder daquele estado. Mas só é considerado feio o que a Dilma fez em só anunciar os aumentos após as eleições.
David
26 fev 2015Infelizmente o PT conseguiu desestruturar o Brasil nesses 3 mandatos, partindo para o quarto(se chegar). Os erros e escândalos são tão grande que não tem como justificar ou esconder. O melhor seria se ela pedisse a sua renúncia e saisse à francesa. Só tenho uma pergunta a que defende o indefensável: Se os escândalos e roubos aconteciam desde a época do PSDB, por que nestes 13 anos eles não fizeram nenhuma investigação na Petrobrás? Agora estão misturando as coisas… Lembra um secretário-prefeito de uma cidade que foi à câmara e se defendeu atacando…
Marcia
26 fev 2015Que triste um partido que se arrogava possuidor
de uma postura intriga está atolado até o
pescoço ,seja no que se refere aos escândalos
,e nesse sentido,se iguala a todos que criticava,
ou seja pela opção das benesses sociais esmoleiras
que tiram a dignidade humana ao perpetua-las.
RICARDO OLIVEIRA
26 fev 2015Parece que líder sindical, só serve mesmo para ser síndico de PRÉDIO no máximo!! ACABOU DE VEZ COM A MORAL E O SONHO DE GERAÇÕES DE BRASILEIROS!! COMO NA POLÔNIA DE Lech Walesa NA EUROPA, TIVEMOS UM MELHOR, MAS HONESTO E MAIS HONRADO QUE NOSSA VERSÃO RIDÍCULA TUPINIQUIM!! VAMOS IMPETRAR UMA AÇÃO PARA QUE O PT TIRE A PALAVRA “TRABALHADORES” DESTE PARTIDO CHEIO DE ANTI-HERÓIS E MAL FEITORES!! TRABALHADOR É UMA COISA HONRADA E NÃO ISTO QUE SE VÊ NO NOME DE UM PARTIDO QUE CAUSOU A MAIOR CORRUPÇÃO JAMAIS VISTA DESDE DE O DESCOBRIMENTO DO NOSSO BRASIL!!!! DIA 15 DE MARÇO ESTAREI LÁ!!
Alexandre
26 fev 2015Para mim já está demorando muito para sair.Collor saiu por muito menos.Não gostaria de ver o Brasil virar uma venezuela com o falecido Hugo Chavez eternemente no poder.CHEGA DE PT.(PT =perda de tempo)
Flávio Mussa Tavares
27 fev 2015Delírio do Financial Times ou má fé. Estes 10 itens não comprovam ganhos pessoais para a presidenta, como no caso de Collor, que ficou comprovado por recibos que havia ganhos pessoais. Estamos sim, num conluio golpista que é de interesse internacional e que é congruente com as nossas reservas de petróleo. As Ações do PT na área social incomodam o Capitalismo internacional assim como as ações da Grécia já estão incomodando. Estados Unidos e Europa já não são mais o centro do mundo. O que pensam os Brics a respeito de Dilma? Isso é importante para nós!
Viva o Brasil! Viva a Petrobrás!
Jurema
27 fev 2015Sabesp torrou R$ 1,1 bi em redução de perdas, mas as perdas de água aumentaram.
Depois de destinar R$ 4,3 bi a acionistas, Alckmin quer aumentar preço da água.
Após aumentar a conta de água, no final do ano passado, e aplicar multa aos consumidores, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) agora quer novo reajuste na tarifa, desta vez, acima da inflação. A notícia é mais um motivo de preocupação para a população, que já convive com a crise de abastecimento de água. No entanto, faz a alegria de um seleto grupo de pessoas: os sócios da Sabesp, que negociam as ações da empresa na Bolsa de Nova York. No final, quem vai pagar a conta dos “prejuízos” são os próprios paulistas. A majoração nas contas só pode ocorrer a partir de abril e ainda depende de liberação da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo).
Milton
27 fev 2015CPI da Petrobras convocará FHC?
Durante o reinado privatista de FHC, várias medidas suspeitas foram tomadas na empresa – inclusive a que anulou os processos de licitação pública. Na época, até jornalistas da direita tupiniquim, como o falecido Paulo Francis, denunciaram que a Petrobras havia virado um antro de maracutaias, enriquecendo diretores da estatal e executivos das empreiteiras.
Como se tornou hábito na gestão do PSDB, as denúncias foram arquivadas. No reinado tucano, a Polícia Federal não investigava – já que estava aparelhada por delegados ligados à legenda; o Ministério Público Federal quase não existia; e o procurador-geral da República ganhou o irônico apelido de “engavetador-geral”.
Jurema
27 fev 2015A chamada operação “Lava Jato” é uma investida entreguista do tucanato associado aos trustes econômicos norte-americanos para finalizar a “privataria” iniciada por FHC. O Paraná foi escolhido como “berço” desta iniciativa quando era apresentado pela mídia corporativa como um “modelo de gestão” a ser seguido em todo país, mas agora o “castelo” simplesmente ruiu!
Denison
27 fev 2015Rebaixamento da Petrobras pela Moodys: Os piratas imperialistas já começaram a agir!
A agência internacional de “classificação de riscos” Moodys acaba de rebaixar a “nota de crédito” da Petrobras, gerando um grande alvoroço no meio político e econômico nacional, mas o qual é mesmo o significado real deste rebaixamento e o que representa a tal agência Moodys para provocar um “pânico” na elite dominante?
Em primeiro lugar temos que ser categóricos sobre as consequências econômicas deste rebaixamento dos “ratings” para a Petrobras: Nenhuma! Estas agências de risco são na verdade “porta vozes” do mercado financeiro e bursátil e como aves agourentas servem para “vocalizar” um iminente ataque especulativo contra um país ou mesmo uma grande empresa.
A Petrobras está sob um ataque direto da chamada “Operação Lava Jato”, que agora convoca no front internacional os piratas do cassino de Wall Street para complementar seu trabalho sujo contra a maior empresa estatal da América Latina. O objetivo do anúncio da Moodys, uma agência colateral dos rentistas, é dificultar a captação do crédito para amortizar a dívida financeira da Petrobras, forçando a venda de mais ações com poder de voto da estatal nas principais bolsas imperialistas.
PAULO
27 fev 2015PELOS FATOS OCORRIDOS ENVOLVENDO INTEGRANTES DA CUPULA DO PT, DESDE O MENSALAO, DEVEMOS SUGERIR A EXTINÇAO DO PARTIDO; O PT NAO TEM POSTURA PARA CONTINUAR ATUANDO; ESTA MAIS PARA QUADRILHA DO QUE PARTIDO POLITICO.
Marcelo
27 fev 2015Tucano critica pedido de impeachment de Dilma
Ex-deputado e coordenador digital da campanha de Aécio, Xico Graziano diz que quem apoia a derrubada da petista após sua reeleição e a volta dos militares ao poder deveria deixar o PSDB.
Ex-coordenador digital da campanha presidencial de Aécio Neves, o ex-deputado Xico Graziano classificou como “absurdas” e “antidemocráticas” as manifestações que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Marcelo
27 fev 2015Dalmo Dallari contesta parecer jurídico sobre impeachment de Dilma
O jurista Dalmo Dallari comentou o parecer de Ives Gandra Martins que traz argumentos jurídicos sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Eu não vejo a mínima consistência nessa tentativa de criar uma base jurídica para o impeachment”, afirmou Dallari.
(Trecho excluído pela moderação)
Carlos
27 fev 2015Na atual conjuntura política e econômica, é muito difícil se efetivar qualquer tentativa séria de impeachment contra Dilma.
Não só porque ainda não existe nenhum indício concreto de corrupção que atinja a presidente, mas também porque os setores mais altos da burguesia e a própria cúpula do PSDB têm medo de uma maior polarização política nacional abrir espaço para um novo junho de 2013 ou algo inclusive mais profundo.
Michele
27 fev 2015A derrota no Paraná é um alerta para a direita golpista
O verdadeiro plano de governo do PSDB para o País (e não os discursos e promessas falsas da campanha eleitoral) foi apresentado nas últimas semanas no Paraná.
Trata-se de um confisco contra o povo. Era esse o conteúdo do “pacotaço” do governador Beto Richa que, entre outras coisas, retiraria direitos trabalhistas, atacaria as aposentadorias do funcionalismo público e preparava o terreno para uma futura retirada dos investimentos públicos em saúde e educação e para a privatização.
É isso que a direita esperava colocar em prática se ganhasse as eleições.
Esse programa, ditado pelas necessidades e contradições de um setor da burguesia brasileira que está mais estreitamente vinculado ao imperialismo mundial, é totalmente oposto ao interesse e ao bem-estar da esmagadora maioria da população, que é pobre, trabalhadora e oprimida e que não tem nada a ganhar se o governo economizar milhões às suas custas para pagar os banqueiros e coisa que o valha.
A reação dos trabalhadores paranaenses, que ocuparam a Assembleia Legislativa e cerraram fileiras contra o ataque do governo tucano, foi apenas uma amostra do que pode acontecer em escala nacional, se se realizarem os desejos da direita, que quer tomar o poder por meio de um golpe branco, o impeachment.
A luta contra o “pacotaço” deve ser vista pela direita que está inclinada a derrubar o governo como um grande e luminoso sinal de alerta. Uma vez que não há outra saída, os trabalhadores vão, inevitavelmente, enfrentar a tentativa desesperada da burguesia de esfolá-los com tudo o que tem: a força de sua mobilização, seu número, a luta nas ruas, as greves, ocupações… É esse o futuro reservado para a direita pró-imperialista que quer tomar o poder.
Josimar
27 fev 2015Casa Branca
O que realmente está passando quase que completamente desapercebido é o fato da verdadeira dimensão da operação “Lava Jato”, ou seja, uma grande manobra do imperialismo para destruir a principal indutora do desenvolvimento da infraestrutura nacional: A Petrobras!
Este é o foco das forças políticas alinhadas a Washington, que povoam desde o interior do PMDB, PDT, PSB até a tucanalha e os moribundos do Dem.
Quebrar as empreiteiras nacionais é o primeiro passo para paralisar as obras estatais do país e logicamente colocar uma “camisa de força” nos planos de expansão da Petrobras.
O objetivo posterior da Casa Branca é fazer aprovar neste Congresso corrupto a eliminação das restrições legais para que mega construtoras norte-americanas possam ter acesso a licitação das obras públicas e participar dos projetos das estatais brasileiras, principalmente na área de energia.
Medidas similares já foram adotadas pelos parlamentos do Chile e México, para liberar o “trabalho” das empreiteiras ianques.
Heloisa
23 set 2016Josimar, a sua reflexao me chamou atenção. Pois, estou fazendo alg semelhante. Vc pode me passar mais fontes de informação, p. eu ler e me aprofundar no assunto? Obrigada.
Altair
27 fev 2015É natural que sob um bombardeio midiático setores da população acabem apoiando a prisão de empreiteiros, com a maquiagem de uma inédita medida contra “barões” que ostentam um patrimônio bilionário às custas de seus negócios a décadas com o Estado Brasileiro. (Trecho excluído pela moderação)