Ironia do destino — Além de Renan e Cunha, lista do Petrolão tem Lindberg e Collor

Lindberg Farias, que como presidente da UNE liderou as passeatas dos cara-pitadas que levou ao impeachment de do então presidente Fernando Collor, em 1989, ao lado do hoje colega das Alagoas no Senado Federal e na lista do Petrolão
Lindberg Farias, como presidente nacional da UNE liderou as passeatas dos cara-pitadas que levaram ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1989, ao lado do hoje colega das Alagoas no Senado Federal e na lista do Petrolão enviado pelo procurador geral da República ao Supremo Tribunal Federal

 

 

Por Talita Fernandes, Andreza Matais e Beatriz Bulla

 

Brasília — A procuradoria-geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra cerca de 45 parlamentares com mandato, conforme apurou o Estado. Na última quarta-feira, a PGR enviou ao Supremo 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 investigados com ou sem foro privilegiado. Esse último caso pode abranger tanto parlamentares sem mandato quanto pessoas sem prerrogativa de foro que tiveram atuação próxima aos políticos no suposto esquema de corrupção na Petrobrás.

O Estado apurou que juntamente com os pedidos de abertura de inquérito, Janot solicitou ao STF o cumprimento de ao menos quatro mandados de busca e apreensão, quebras de sigilos telefônico e bancário. O sigilo telefônico poderia confirmar não o teor, mas que houve conversas entre os investigados, uma vez que o pedido será para ter acesso ao extrato da conta telefônica.

Na lista de pedido de abertura de inquérito o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Lindhberg Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL). A PGR pediu ainda o arquivamento do ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O procurador-geral da República Rodrigo Janot descartou pedir investigação da presidente Dilma Rousseff, que teve o nome citado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema, por considerar que a menção a petista é anterior ao mandato de presidente.

Aos procuradores, os delatores da Operação Lava Jato citaram o envolvimento de parlamentares do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.

Os nomes das pessoas que aparecem na lista não foram divulgados pelo STF, em razão de o caso estar sob sigilo de Justiça. Na relação há políticos com mandato, sem mandato e pessoas que, por estarem ligadas diretamente aos casos que envolvem políticos, acabaram incluídas nos pedidos de inquérito. O ministro do Supremo Teori Zavascki, relator das ações relativas à Operação Lava Jato, deve decidir pela divulgação dos nomes nesta sexta-feira, 6.

Conforme pessoas envolvidas nas investigações, a lista de cerca de 45 parlamentares pode crescer com o avanço das investigações e de novas delações que estão sendo colhidas no âmbito da Lava Jato.

 

Publicado aqui, no estadao.com

 

Atualização às 17h10: Procurada pelo repórter da Folha Arnaldo Neto, a assessoria de comunicação do senador Lindberg enviou a curta nota abaixo:

“Não tivemos acesso ao que foi encaminhado à PGR e daremos todas as respostas necessárias quando as informações forem divulgadas oficialmente”

 

Para quem não viveu, ou já tenha se esquecido e precise lembrar de como muitas coisas mudaram (e outras muito pouco) no Brasil e no mundo desde 1989, quando um jovem Lindberg Farias liderou milhares de outros jovens nas ruas do país pelo impeachment do jovem presidente Fernando Collor, o vídeo abaixo é uma excelente pedida:

 

 

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Este post tem 7 comentários

  1. Carlos Heitor

    Ex- cara pintado e atual cara de pau….. exatamente como macarrão…. fora da panela é dura…. depois que colocado na panela amolece……KKKKK

  2. lenieverson�

    Que tal perguntar ao povo de Nova Iguaçu, o que acham do fato do Lindberg estar na lista do janot?

  3. José Hercílio

    ENTENDA UMA COISA

    Intervenção Militar não é Governo Militar

    Governo Militar não é Regime Militar

    Regime Militar não é Ditadura Militar

    Percebeu como Intervenção está bem longe de Ditadura?

    Pedimos Intervenção Militar, pois só essa causa pode mudar totalmente o nosso país, além de não ser Ditadura, é provisória e termina com o inicio de novas Eleições Presidenciais.

  4. zezao

    cordão umbilicalllllllllllllllllllllllllllllllllll

  5. ivaldoAlves

    Não adianta investigar nada no Brasil, as coisas não mudam, a vida continua e nada é feito de positivo. Na verdade, tudo isso é apenas cenas de novelas, ou seja, ficção que não vai dá nenhum resultado. Depois que o PT entrou na vida política do Brasil, o povo não sabe mais o que é certo ou errado, o que é democracia e liberdade, ética e cidadania. Conhecimentos é uma coisa que jamais o povo brasileira terá e consciência é algum muito distante. Na minha opinião, o que deveria ser feito de imediato pelo Judiciário era fazer uma grande campanha no sentido de julgar e soltar os presos que roubaram uma calcinha, uma lata de leite, um Kilo de açúcar, um pacote de farinha, pq esses deslizes são tão pequenos diante da roubalheiras/usurpação que estes políticos fizeram aos cofres políticos e a nação brasileira. FAÇO UMA PERGUNTA: QUEM VAI OU QUEM DEVE TOMAR A INICIATIVA DE DEFENDER O ESTADO BRASILEIRO DESSES PODRES POLÍTICOS? PORQUE DO JEITO QUE ESTA NÃO PODER FICAR POR MAIS TEMPO! Outra pergunta: O QUE DEVE PREVALECER, A CONSTITUIÇÃO FEDERAL OU A VONTADE DO GOVERNO E DE ALGUNS POLITIQUEIROS?

  6. Antonio M Lima

    Indubitavelmente, precisamos de uma intervenção militar.

  7. Elves Carvalho

    tem que colocar esses (trecho excluído pela moderação) no paredão e (trecho excluído pela moderação)

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