Para Edinho, financiamento da campanha de Dilma o “credencia como homem público”

Novo ministro da Comunicação de Dilma disse ter “orgulho do financiamento da campanha de Dilma”, que contou com doações de empreiteiras ligadas ao Petrolão, sob investigação da Justiça Federal do Paraná
Novo ministro da Comunicação de Dilma disse ter “orgulho” do financiamento da campanha da reeleição da presidente, que coordenou como tesoureiro e contou com doações de empreiteiras ligadas ao Petrolão, sob investigação da Justiça Federal do Paraná

Por Luiza Dame e Simone Iglesias

 

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (aqui e aqui), disse nesta sexta-feira, em entrevista ao Globo, que a presidente Dilma Rousseff pediu que ele estabelecesse um “diálogo” com a mídia. Ele ressaltou ainda que não teve conhecimento do documento de seu antecessor, Thomas Traumann, com críticas à condução do governo no setor.

Abaixo, a íntegra da entrevista:

 

O que é preciso mudar em meio à crise que o governo enfrenta?

A presidente Dilma foi direta. Pediu que eu estabeleça o diálogo com os veículos (de comunicação). A prioridade é estabelecer o diálogo com os veículos para que a informação chegue à sociedade. Este governo conduziu o Brasil em momentos difíceis. Este governo tem credibilidade para dizer que os ajustes são necessários para o Brasil voltar a crescer e continuar gerando renda e emprego.

 

O que foi determinante para sua escolha?

Estão dizendo que fui escolhido para o cargo para direcionar as verbas de publicidade. Só quem não me conhece pode achar que vou ocupar um cargo público para manipular recursos. Só quem não me conhece pode achar que vou ocupar cargo público para fazer algo que não seja de interesse da sociedade.

 

Leu o documento de Thomas Traumann com críticas ao governo?

Não, não conheço o documento, não tive acesso a ele, mas liguei para o Thomas e combinamos de tomar um café. Ele se colocou à minha disposição. Eu vou usar o legado dele na pasta, mas vou conduzir a comunicação olhando para a frente.

 

Pretende fazer mudanças na secretaria?

Fui convidado ontem (quinta-feira), o anúncio ocorreu hoje (ontem). Então, vou tomar conhecimento do orçamento, do ministério e construir minha equipe. A presidente me deu autonomia. Temos um trabalho de primeira grandeza para fazer.

 

O senhor teme que o fato de ter sido tesoureiro da campanha da presidente seja usado politicamente, já que a Justiça Eleitoral aprovou as contas com ressalvas?

O financiamento da campanha da presidente não tem problema algum. É transparente e legal. Foi aprovado por unanimidade.

 

Não houve ressalvas?

Todos têm ressalvas. O importante é que foi aprovado por unanimidade. Isso é algo positivo. O financiamento da campanha é algo que me credencia como homem público. Eu me orgulho.

 

Publicado aqui, na globo.com

 

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