“Venda do futuro” — O suspense

De um lado o governo Rosinha Garotinho (PR) usa o grupo de comunicação do seu marido e secretário de Governo, Anthony Garotinho (PR), para anunciar estar na “reta final” da “venda do futuro” de Campos. Do outro, em parecer sobre ação popular dos cinco vereadores de oposição, o Ministério Público Estadual quer saber (aqui) se essa tentativa de antecipação de receitas futuras realmente existe e em quais termos será realizada. Enquanto o suspense paira sobre a planície goitacá, o economista e analista político Ranulfo Vidigal usou a democracia irrefreável das redes sociais para tentar diminuir a apreensão coletiva, nesta manhã nublada de sábado, ao acrescer sua própria análise àquela feita sobre o polêmico assunto por Edilson Rodrigues Tavares, da secretaria do Tesouro Nacional do ministério da Fazenda.

Confira aqui e na transcrição abaixo, após relembrar o que o povo campista pensa dessa operação, em pesquisa feita no final de junho pelo instituto Pro4:

 

 

Info Pro4 30-06-15
Clique na imagem para ler a matéria da pesquisa

 

 

Edilson Rodrigues Tavares do Ministério da Fazenda, em postagem no facebook comentando a “Venda do Futuro” pelas prefeituras petrorrentistas:

“Pois é, mas ainda não passou por aqui e acredito que nem vai passar. Saiba que todo crédito, no caso um título, referente a royalties de petróleo, pode ser negociado em qualquer parte do mundo, nos dias de hoje. Porém uma triangulação dessa forma envolvendo Prefeito, ANP, Petrobras, Caixa Econômica, bolsa de valores e credor tem uma série de riscos. Além disso, envolve riscos da produção do poço de petróleo, preços do barril de petróleo no mercado internacional e etc. Assim se a taxa de juros cobrada é função dos riscos da operação e essa não é nada trivial, acredito que não ficará barato. O modo mais simples seria obter uma garantia do Tesouro Nacional para se obter juros bem mais baixos, que no caso descrito não foi solicitada. Assim acredito que se pagará mais do que o dobro de juros do que uma operação interna com garantias do Tesouro Nacional”.

Resumo da ópera: O clima não é bom para as prefeituras petrorrentistas, dado que Levy está à beira da queda, os juros lá fora pagos pelos títulos brasileiros superam 15% ao ano; o câmbio continua volátil, o petróleo continua a 50 dólares e sofre os efeitos do acordo EUA/China e a Petrobrás acaba de cancelar o lançamento de títulos de dívida no mercado, por falta de comprador. Portanto,tem muita água pra passar debaixo da ponte. Sem esquecermos que ainda falta também a CEF aprovar internamente, então…

 

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Este post tem 3 comentários

  1. Fernando

    Esse bla,bla,bla de little boy é pra enganar os credores que estão quebrando,e a grande maioria deles que já mamou muito ta com crise de abstinência, e como não sabem trabalhar de fato no ramo que operam,só sobrevivem na base do esqueminha ou melhor esquemão.
    Portanto precisam acreditar que vai sair leite da vaca.
    Como para o projeto inacabado de ditador populista(forjado em berço de vaselina com baba de quiabo);nada pega e tudo consegue na antiga prática do escambo político,quem sabe não convence Levy,Renan com suas praticas.
    Pessoalmente essa operação da Venda de Campos,não sai nunca.

  2. Roberto

    Quem quebrou uma prefeitura que arrecada bilhões que administrar a santa casa,é muita piada …..

  3. Roberto

    Quem quebrou uma prefeitura que arrecada bilhões que administrar a santa casa,é muita piada …..

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