Na ausência da presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Patrícia Cordeiro, cuja presença foi requisitada desde a tarde de ontem, no início da ocupação do Teatro de Bolso Procópio Ferreira (reveja aqui, aqui, aqui e aqui), quem apareceu agora há pouco no espaço para representar o governo Rosinha Garotinho (PR) e ouvir as reivindicações dos artistas de Campos foi a vereadora Auxiliadora Freitas (PHS). Professora, ela teve também uma boa passagem como presidente da Fundação Trianon, antes de se eleger à Câmara Municipal em 2012.
Pela sua militância na educação e cultura, não pela política, Auxiliadora, que também é pré-candidata a prefeita, disse ter resolvido esta noite ir à ocupação do Teatro de Bolso (TB). Ela garantiu que o espaço, que estava fechado há três anos, terá condições de ser reaberto ao público em duas semanas, após a instalação do sistema de ar refrigerado. Em contrapartida, ela recebeu o pedido para que os artistas possam administrar o local, além da solicitação de reabertura de outros espaços fechados para obras paradas e sem prazo de conclusão, como o Palácio da Cultura. A classe também quer participar da elaboração da política cultural da cidade, sobre a qual tem muitas críticas.
As presenças da prefeita Rosinha e sua gestora de cultura, Patrícia, foram também novamente solicitadas pelo movimento de ocupação do TB. Auxiliadora se comprometeu em encaminhar todas as reivindicações à chefe do Executivo municipal.
Com informações do repórter Aldir Sales
Atualização às 14h23 de 11/05: Aqui, na página Ocupa Teatro de Bolso (hashtag: #ocupateatrodebolso), criada na democracia irrefreável das redes sociais, o coletivo cultural Casinha, que tem parte ativa na ocupação do Teatro Procópio Ferreira pelos artistas de Campos, publicou uma análise sobre a visita da vereadora governista Auxiliadora Freitas. Confira o texto reproduzido abaixo:
Ontem (10), bem tarde da noite, lá pelas 23hs, recebemos a visita da vereadora Auxiliadora Freitas. Como já era de se esperar, a mesma ressaltou os “feitos culturais” do atual governo municipal em prol da cultura. Os artistas, perplexos diante do exibicionismo da vereadora estão até agora com apenas uma certeza, a gestão do teatro de bolso e de outros espaços culturais do município precisam de uma urgente ressignificação. Usar do espaço, ocupado pelos artistas, para fazer autopromoção de um modelo falido, vem ser no mínimo tiro no pé. Ficou bem feio pra vereadora tentar a mediação blindando o governo indefensável e a gestão caótica cultural no município. Governantes, melhorem! Vocês estão passando muita vergonha.
Inacreditável, não dialogam, nem estão aí para nada. Temos várias questões sérias acontecendo em nossa Planície Intrépida e Formosa e o governo municipal? Não temos governo? Temos um site que me parece ser oficial, nenhuma nota, matéria, sobre o Teatro de Bolso, é inacreditável como as coisas acontecem aqui em nossa cidade. Educação, Saúde, Transporte, Cultura, nada funciona e está difícil de ver uma luz, uma saída. Sem falar nas obras paradas…fica para outro comentário. Que o Santíssimo São Salvador nos socorra!!!
Desculpe, não tenho como parar de rir, mas de “nervoso”, porque a situação é mesmo pra chorar.
Mas, reflitam comigo: __Quando fizeram o CEPOP de dezenas de milhões, dizem que foi mais de 80, há quem diga que foi mais de 100 milhões, qual teria sido a “vocação” da Prefeita & Sócio? Com toda a certeza, não seria para a Cultura, nem mesmo a dita “Cultura Popular e Folclórica”.
Quem assiste ao canal com o Marcelo Sampaio, vê a luta que ele traz pro público em relação ao Carnaval.
Ou seja, o faraônico CEPOP sequer honra o nome e a memória de Osório Peixoto, nem mesmo no pomposo “Centro de Eventos Populares”. Entendendo o local como “público”, não conseguimos entender shows (mesmo os bregas de sempre) sendo cobrados os ingressos, mas, pior mesmo e difícil de engolir são ‘as feiras de vendas de carros”.
__ Seria um tipo “moderno” de “Evento Popular”?
Quanto à ausência da presidente “original” e da Prefeita & Sócio, não me surpreende. Quanto a esta senhorinha aí que é uma ‘pré-candidata” a “jamais ser candidata”, nem vou comentar nada porque não vale a pena.
Em tempos de pré-campanha eleitoral, a Professora Auxiliadora Freitas – por quem tenho um apreço do ponto de vista pessoal, mas de quem tenho divergências de ordem política – devo admitir que ela marcou um gol. Digo isto, pois me parece que quem deveria ter feito esta intervenção deveria ter sido a presidente da FCJOL, haja vista que a política cultural(?) se é que podemos dizer que existe isso em nosso combalido município, deveria ser gerida por ela, a Patrícia Cordeiro e não pela vereadora, que não tem autoridade nenhuma para decidir em prol dos pleitos da classe artística. Em suma, em tempos de pré-campanha, o ato da vereadora não passa de proselitismo político, não produzirá efeitos práticos, soa como jogar para a plateia, infelizmente…