Abandono: roubo de bombas deixa Casa Ecológica da Uenf sem água

 

(Reprodução)

 

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Se alguém ainda duvida que a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) é hoje o retrato do abandono, a madrugada de ontem para hoje raiou o dia sobre qualquer dúvida. Duas motobombas, no valor de R$ 8 mil foram roubadas dentro do campus Leonel de Moura Brizola. Elas serviam à Casa Ecológica, no Prédio nº 5 (P5) da universidade, atrás da agência do Bradesco, que agora está sem água em meio ao ano letivo. A segurança deveria ser feita pela Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Municipal (GCM) de Campos.

Os ladrões entraram pela av. São João da Barra, que fica atrás do campus, entre as comunidades do Matadouro e do Risca Faca. Segundo informou o coordenador do Núcleo de Energias Alternativas da Uenf, o engenheiro agrônomo José Carlos Mendonça, as duas motobombas roubadas eram utilizadas na explotação, filtragem e tratamento da água, com qualidade, para os cerca de 3 mil visitantes anuais da Casa Ecológica:

—  Agora não temos água. Estamos em meio ao semestre letivo e o espaço da casa, que conta com um auditório de 50 lugares, onde eventos institucionais e defesas de teses e reuniões sãos periódicas. Tudo fica comprometido, por não termos água.

O coordenador explicou ainda que, no local onde funcionavam as bombas, a Uenf tinha um sistema de captação e tratamento de água inovador, que é objeto de patente em curso. “Só que não temos mais as motobombas, nem tratamento, nem água de qualidade para nossos visitantes”, lamentou.

Se o próprio secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, já admitiu que “a situação do Estado do Rio é falimentar”, a Uenf parece ser a vítima preferencial. Desde outubro de 2015, a universidade na qual estudam 6,2 mil alunos, e considerada fundamental ao desenvolvimento de Campos e região, não conta com repasses de custo e manutenção, de cerca de R$ 2 milhões mensais, previstas no Orçamento. A situação levou o reitor da Uenf, professor Luis Passoni, a admitir:

— Se ainda estamos funcionando é única e exclusivamente por mérito dos servidores e de empresas parceiras, que vão muito além das obrigações contratuais para continuarem a fornecer produtos e serviços indispensáveis ao nosso funcionamento.

Sem verba de manutenção há um ano e meio, a Uenf funciona com servidores que ainda não receberam o 13º de 2016, nem os salários de março, correndo o risco do mesmo acontecer em abril. Já os bolsistas estão há dois meses sem receber.

 

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Este post tem 3 comentários

  1. Carlos Heitor

    Enquanto isso os ilustres ministros do STF confiscam dos cofres do estado, valores para pagar salários dos funcionários públicos da justiça estadual!!!!

  2. Sandra Maria Teixeira dos Santos

    “Farinha pouca ,meu pirão primeiro “

  3. Paulo Roberto Lima

    Quem rouba patrimônio público rouba a si mesmo.

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