

Apesar do começo um pouco arrastado, o filme engrena quando se apresenta seu drama real, no começo dos anos 1970: às vésperas de se abrir ao mercado de ações, na tentativa de se capitalizar, o Post deveria ou não publicar documentos secretos que provavam as mentiras contadas por cinco presidentes dos EUA sobre a Guerra do Vietnã (1955/75)? Isto depois do jornal ter sido “furado” pelo New York Times, seu tradicional concorrente, proibido por uma decisão judicial de seguir na cobertura do caso.
Quem já assistiu a “A Montanha dos Sete Abutres” (1951), sabe o quão difícil é fazer um filme sobre jornalismo depois do clássico definitivo do mestre Billy Wilder (1906/2002), que foi jornalista em sua Áustria natal, antes de se mudar para os EUA com a ascensão do nazismo. E quem não assistiu ainda precisa aprender muita coisa sobre jornalismo e cinema.
O jornalismo teve tratamento de primeira também em longas mais recentes, como “O Informante” (1999), de Michael Mann; “O Abutre” (2014), de Dan Gilroy; e “Spotlight: Segredos Revelados” (2015), de Thomas McCarthy, que levou o Oscar de melhor filme. Isso sem contar, é claro, com o nem tão recente assim “Todos os Homens do Presidente” (1976), de Alan J. Pakula. Mas essa é uma história que, mesmo filmada 41 anos antes, trata do final de “The Post” (e do governo Richard Nixon).
Mesmo para jornalistas que nunca passaram pela edição, o filme de Spielberg talvez seja o mais revelador das enormes pressões nos bastidores das decisões de (e sobre) uma redação de jornal. Cai com uma luva tanto ao tempo presente dos EUA, com um imbecil guindado a presidente pelo colégio eleitoral (não pelo voto popular) como Donald Trump, que já elegeu como “inimigos” os mesmos Washington Post e New York Times. E, como luva, também bate à face presente dos imbecis tupiniquins à direita e à esquerda, cujo eco das vozes pelas redes sociais demonstra pouca noção de ridículo na pretensão de “substituir” o jornalismo.
E mais não digo para, como alerta a persongem de Meryl Streep: “não pular o lead”. Para quem não gosta de Carnaval ou quer fazer um pit stop durante a folia, é uma excelente opção. Em versão legendada, desde a última quinta (08), está em cartaz em Campos no Shopping 28.
Confira o trailer do filme:
Aacha que a rede blog da telhado de viro lembaram as redes sociais ?
Ao que parece o tapa de luva ardeu na flácida cara de pau de Jabalina, a Louca… kkkkkkkkkkkkkk