Bolsonaro apoia Bacellar, mas Paes cresce liderança a governador

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Ontem (26), O Globo noticiou (confira aqui) que o ex-presidente Jair Bolsonaro endossou o apoio do PL fluminense à pré-candidatura do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), a governador em 2026. Hoje (27), foi divulgada nova pesquisa Paraná no RJ. Na qual o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) teve 57% de intenção de voto na consulta estimulada a governador.

Com projeção de eleição a governador em turno único, a pouco mais de 1 ano e 4 meses da urna, Paes foi seguido à distância por Bacellar, que teve 10,4% de intenção. Na margem de erro de 2,4 pontos para mais ou menos da pesquisa, o político de Campos ficou em empate técnico com o deputado federal Tarcísio Motta (Psol), com 8,3%.

Na rabeira da consulta estimulada Paraná a governador do RJ, ficou o médico bolsonarista Ítalo Marsili (sem partido), com 1,6% de intenção. E ainda bem distante da intenção de se tornar uma espécie de Pablo Marçal (PRTB) fluminense.

Na comparação entre as pesquisas Paraná de abril e maio a governador do RJ, Paes foi quem mais cresceu: 8,1 pontos, de 48,9% aos atuais 57% de intenção de voto. Bacellar cresceu 2,2 pontos no mesmo período: dos 8,2% de abril aos 10,4% de maio. Por sua vez, Tarcísio oscilou 0,4% para baixo: de 8,7% a 8,3% em um mês. E Marsili oscilou 0,6% para cima: de 1,0% a 1,6%.

Na pesquisa espontânea, em que o eleitor diz da própria cabeça em quem votará, revelando a intenção de voto cristalizada, Paes teve 7,6% a governador. Acima da margem de erro, ele liderou sobre Tarcísio, com 0,4%; e Bacellar, com 0,3%. Mas os 80,3% de indecisos revelam uma eleição ainda completamente aberta na matemática que a definirá.

 

Vice-diretor da UFF-Campos no Folha no Ar desta quarta

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Cientista social, sociólogo, professor e vice-diretor da UFF-Campos, Rodrigo Monteiro é o convidado do Folha no Ar nesta quarta (28), ao vivo, a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3.

Ele falará sobre a inauguração do novo prédio da UFF-Campos com a presença (confira aqui) do presidente Lula (PT) em 14 de abril e das eleições internas da universidade, nos dias 16 e 17 de junho.

Como atual vice-diretor, Rodrigo também falará do recente episódio de pichação (confira aqui) do novo prédio público federal, com apologia (confira aqui e aqui) a homicídio e sexo não consentido, que geraram indignação dentro e fora da universidade, bem como das suas consequências práticas.

Por fim, com base nas pesquisas nacionais (confira aqui, aqui, aqui e aqui) e estaduais (confira aqui e aqui), o professor da UFF-Campos tentará projetar as eleições a presidente, governador, senador e deputados em 4 de outubro de 2026, daqui a pouco mais de 1 ano e 4 meses.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta quarta poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, nos domínios da Folha FM 98,3 no Facebook e no YouTube.

 

Deputado Thiago Rangel no Folha no Ar desta terça

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Deputado estadual, Thiago Rangel (PMB) é o convidado do Folha no Ar desta terça (27), ao vivo, a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3. Ele analisará o o 1º mandato da filha Thamires Rangel (PMB) como vereadora (confira aqui) da Câmara de Campos, assim como o 2º governo Wladimir Garotinho (PP).

Thiago também analisará o protagonismo de Campos na política do RJ, com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), como pré-candidato (confira aqui e aqui) a governador, e Wladimir como possível candidato a vice-governador (confira aqui) em chapa encabeçada pelo prefeito carioca Eduardo Paes (PSD).

Por fim, com base nas pesquisas nacionais (confira aqui, aqui, aqui e aqui) e estaduais (confira aqui e aqui), o parlamentar tentará projetar as eleições a presidente, governador, senador e deputados em 4 de outubro de 2026, daqui a pouco mais de 1 ano e 4 meses.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta terça poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, nos domínios da Folha FM 98,3 no Facebook e no YouTube.

 

Semana ruim do Lula 3 começa com Janja e termina com IOF

 

Janja visita a Cidade Proibida, complexo arquitetônico preservado da China Império, em Pequim (Foto: Divulgação)

 

Popularizada no início dos anos 2000, na telenovela global “O Clone”, talvez não haja melhor resumo da análise política do Brasil do que o bordão: “Cada mergulho é um flash”. Que foi imortalizada pela personagem Odete, interpretada pela saudosa atriz Mara Manzan.

Não há pesquisas novas para aferir, com critério estatístico, como os fatos desta semana influenciaram as eleições presidenciais de 4 de outubro de 2026, daqui a pouco mais de 1 ano e 4 meses. Mas dá para arriscar que ela não foi boa à pretensão de reeleição de Lula (PT).

Ontem (23), o Ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) recuou no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado no dia anterior (22). Mas o anúncio seguido de recuo, errático como as tarifas de Donald Trump dos EUA ao mundo, foi só a cereja do bolo.

A semana começou com a primeira-dama ignorando a sábia advertência: “quanto mais mexer, mais fede”.  Quando, na segunda (19), Janja da Silva aproveitou evento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para promover um narcisista desagravo de si mesma.

— Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar (…) com qualquer pessoa que seja. Do maior grau ao menor grau. Do mais alto nível a qualquer cidadão comum —  disse Janja, diante de um público tão cuidadosamente selecionado como claque quanto o que recebeu Lula na inauguração dos novos prédios da UFF em Campos, em 14 de abril.

— E foi para isso que ela (sua voz) foi usada na semana passada, quando eu me dirigi ao presidente (da China) Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social (…) como mulher, não admito que alguém me dirija (a palavra) dizendo que eu tenho que ficar calada — arrematou a primeira-dama brasileira.

Mas o que Janja falou? Em que contexto? Quem revelou foi outra mulher, a jornalista Andréia Sadi. Que, com “lugar de fala” de mulher, noticiou no dia 13, em postagem intitulada “Janja cria constrangimento em encontro de Lula com Xi Jinping ao falar de TikTok”:

— A primeira-dama brasileira Janja protagonizou um climão no encontro entre o presidente chinês Xi Jinping e a delegação brasileira ao pedir a palavra para falar dos efeitos nocivos da rede social chinesa TikTok — informou a jornalista. Que deu mais detalhes:

— Segundo relatos de integrantes da comitiva brasileira, Janja pediu a palavra para falar sobre como a plataforma representava um desafio em meio ao avanço da extrema direita no Brasil. Para ela, o algoritmo favorece a direita — divulgou Sadi.

O motivo, revelado antes pela jornalista, desmente a versão de Janja. Que, seis dias depois da reportagem, tentou justificar sua fala inapropriada na China para “defender a necessidade de responsabilizar plataformas digitais pela circulação de conteúdos nocivos a crianças e adolescentes”. Não para, de fato, tentar conter o algoritmo e a direita no Brasil.

Na verdade, revelou Sadi, ao ignorar o protocolo diplomático para dizer o que quis, Janja foi obrigada a ouvir o que não quis de Xi Jinping:

— Segundo relatos, ela ouviu do próprio presidente chinês que o Brasil tem legitimidade para regular e até banir, se quiser, a plataforma. Nas palavras de um ministro, ninguém entendeu “nem o tema nem o pedido” para falar em um encontro em que não havia falas previstas.

— Na avaliação de um integrante da comitiva, a situação foi constrangedora e se tornou ponto negativo de uma viagem com resultados positivos para o Brasil — seguiu em seu relato Andréia Sadi. Que arrematou com o incômodo no “lugar de fala” da primeira-dama chinesa:

— Além de Xi Jinping, a primeira-dama da China, Peng Liyuan, teria ficado irritada com o comportamento de Janja durante o encontro — completou a jornalista, seis dias antes do desagravo a si mesma da primeira-dama brasileira.

Embora polêmica, a regulação das redes sociais é, sim, uma necessidade civilizacional. Como acertar na forma. Que sempre estará equivocada quando em desrespeito ao protocolo das relações diplomáticas. Sobretudo com o nosso maior parceiro comercial, a China.

Espécie de Carluxo de Lula, Janja não teria que ficar calada em um evento diplomático porque é mulher. Mas porque, diferente do marido presidente da República, ela não foi eleita a nada. Tampouco para falar pelo Brasil. Quando o faz, torna ainda mais difícil a vida do governo. E insistir no erro, mentindo publicamente sobre o real motivo da fala, só ajuda a oposição.

Janja teve uma inegável virtude. Na tentativa de golpe de Estado no Brasil em 8 de janeiro de 2023, foi ela quem alertou a Lula que, se decretasse a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e passasse o poder às Forças Armadas, não o receberia de volta.

Mas, mesmo se reconhecendo isso, ela tem tanto direito (e lugar) de fala pelo Brasil quanto o médico Thalis Bolzan, marido do governador gaúcho Eduardo Leite (PSD), pelo Rio Grande do Sul. Ou o empresário Denis Thatcher pelo Reino Unido, nos 11 anos em que sua esposa, Margareth Thatcher, foi primeira-ministra da potência europeia.

A questão não é de gênero, na qual a atual primeira-dama do Brasil tentou se escudar em vitimização alheia à verdade, mas de noção do papel institucional. Não é nem que Janja não possa falar. É que, fora da sua diminuta bolha, talvez ninguém tenha interesse no que ela tem a dizer. Muito menos um líder do peso, não do gênero, de Xi Jinping.

Com 5.800 anos de civilização, 3.300 deles com História escrita, a China tem muitas coisas a ensinar ao Brasil. Inclusive, respeito ao protocolo entre nações. Mas não no controle das redes sociais. A não ser a quem pretenda tirar as aspas da “ditadura” pregada pela extrema direita.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Lula 3 vem para estimular empreendedorismo em Campos

 

Qualifica Impacto Comunidades tem previsão de inauguração em Campos, na avenida 7 de Setembro, no início de agosto (Imagem: Divulgação)

 

 

PT traz empreendedorismo a Campos

Como todas as pesquisas apontam, o empreendedorismo entrou de vez na cultura do brasileiro. Ciente disso e em busca de reeleição em 2026, o governo Lula 3 lançará em Campos o Qualifica Impacto Comunidades. Com inauguração prevista para agosto, levará capacitação, consultoria e apoio a empreendedores da cidade, sobretudo aos jovens e de baixa renda.

 

Com emenda de Lindbergh

Com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a partir de emenda do deputado federal Lindbergh Farias (PT/RJ) à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Softex e execução da ONG Instituto Escola Criativa, terá sede no antigo imóvel da Criar Imóveis, na avenida 7 de setembro. O que visa também reocupar o Centro de Campos.

 

No Centro para comunidades

“Escolhemos estrategicamente o Centro para esse projeto de capacitação de jovens empreendedores, pela proximidade com comunidades como Tira Gosto, Lapa e Portelinha. E vai ajudar a dar vida àquela área, perto da CDL e outros empreendimentos”, explicou Gilberto Gomes, assessor parlamentar de Lindbergh e secretário de Comunicação do PT de Campos.

 

Como se inscrever?

“Se você tem um pequeno negócio em Campos e precisa aumentar suas vendas, melhorar sua presença digital e se capacitar para crescer, ou mesmo se ainda não empreende mas deseja empreender, o Qualifica Impacto Comunidades está com pré-inscrições abertas no link a seguir: https://forms.gle/Whe6x7KCqEAT9MHc9”. É o que convoca o projeto do PT na cidade.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Após Pampolha, Bacellar precisa conquistar o bolsonarismo

 

Rodrigo Bacellar, Flávio Bolsonaro e Silas Malafaia (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Variáveis de Bacellar a governador

Desde 12 de março, na coluna (confira aqui) intitulada “As variáveis da equação de Rodrigo Bacellar a governador”, foram adiantadas as duas principais. A primeira era tirar Thiago Pampolha (PL) do cargo de vice-governador, para que o presidente da Alerj pudesse concorrer a governador em 2026 já sentado na cadeira. A segunda seria ele conseguir apoio do bolsonarismo.

 

Uma variável preenchida, falta outra

Como a Folha adiantou (confira aqui) em 9 de maio, para ser confirmada (confira aqui) 10 dias depois pela nomeação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), é certo que Cláudio Castro (PL) renunciará para Rodrigo chegar a 2026 governador. Até 4 de abril, só falta definir quando. Com o bolsonarismo, porém, o caminho tem obstáculos.

 

Bolsonarismo do RJ não quer Bacellar? (I)

“O PL fluminense vive um novo racha. A decisão de lideranças como o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Altineu Côrtes e Castro de apoiarem um nome que desagrada boa parte da bancada. Cacifado para suceder Castro, Bacellar enfrenta resistência de parlamentares do PL”. Foi o que revelou ontem (confira aqui), em O Globo, a jornalista Bela Megale.

 

Bolsonarismo do RJ não quer Bacellar? (II)

A jornalista de O Globo preservou o sigilo das suas fontes. Mas foi enfática: “Deputados federais alinhados a Jair Bolsonaro no Rio relataram à coluna que não farão campanha para que Bacellar seja eleito em 2026, caso ele se consolide como o nome da direita para disputar a eleição do governo contra Eduardo Paes (PSD)”. Este, líder em todas as pesquisas até aqui.

 

Malafaia não quer Bacellar (I)

Ainda na tarde de ontem, Megale deu (confira aqui) nome aos bois — do bolsonarismo que não querem Bacellar: “Um dos principais cabos eleitorais da direita, o pastor Silas Malafaia, disse que não assumirá compromisso junto a Bacellar se ele for o escolhido para concorrer contra Paes em 2026”.

 

Malafaia não quer Bacellar (II)

“Eu apoio o (ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário estadual de Transportes) Washington Reis (MDB, hoje, inelegível no STF). Não tenho compromisso com outro. Apoio para Senado o Flávio e o governador Cláudio Castro, mas não vou entrar em outra canoa. Se não for o Washington Reis, não contem comigo”, pregou Malafaia no púlpito de O Globo.

 

A obstinação do político de Campos

As pesquisas relevam que o bolsonarismo, entre os fluminenses, é ainda mais popular que o lulopetismo do que já foi nas urnas do 2º turno presidencial de 2022. Com Pampolha, Bacellar gabaritou o dever de casa na articulação política. Mas, na parte eleitoral, precisará do bolsonarismo. Pelo que já fez até aqui, não é sábio apostar que não possa conseguir. A ver.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Como a Folha antecipou, Bacellar chega a 2026 como governador

 

Thiago Pampolha, Rodrigo Bacellar e Cláudio Castro (Foto: Facebook de Rodrigo Bacellar)

 

 

Como a Folha antecipou, Pampolha sai para Bacellar

“Pampolha mais perto da renúncia e Bacellar de vir a governador no cargo”. Foi o título da matéria (confira aqui) do blog Opiniões, no dia 9. Que explicou: “Thiago Pampolha (MDB) deve renunciar ao cargo de vice-governador. Para o governador Cláudio Castro (PL) renunciar e concorrer a senador em 2026. Quando Rodrigo Bacellar (União) deve vir a governador já no cargo”.

 

Acordo detalhado 10 dias antes

“Além da nomeação a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), em 19 de maio, Pampolha receberia também a Cedae”. Foram os termos do acordo revelados pela Folha no dia 9. Que, no dia indicado da segunda-feira de 19 de maio, foi confirmada (confira aqui) 10 dias depois de ser aqui antecipada, com a nomeação de Pampolha ao TCE.

 

Wladimir: “Rodrigo, eu não vou te apoiar”

Além da confirmação de Pampolha no TCE, a segunda também foi marcada por uma declaração do prefeito Wladimir Garotinho (PP). Que disse sobre a possibilidade de apoiar o presidente da Alerj a governador: “Rodrigo, eu não vou te apoiar. Não adianta você me pedir, pressionar, porque não vou te apoiar. Pronto, se alguém tinha dúvida, já está dito”.

 

Provocação e recibo pago

Feita na inauguração das obras do Bairro Legal no Jardim das Acácias, no Parque Guarus, a declaração de Wladimir teve contexto. Misturados a populares, três cabos eleitorais do vereador Marquinho Bacellar (União), irmão de Rodrigo, teriam provocado o prefeito. Que teria identificado a origem das provocações. E pagou recibo.

 

Bruno Dauaire tenta apaziguar

Secretário de Habitação de Castro e deputado estadual licenciado, Bruno Dauaire (União), dedicou o dia de ontem a tentar botar panos quentes na situação. Aliado de Wladimir, mas também de Rodrigo, ele foi se encontrar com este na Alerj. Para passar o contexto da isca que teria sido jogada e mordida no Jardim das Acácias.

 

Cupido com taxa de insalubridade

Em entrevista ao Folha no Ar de 28 de março, Bruno se assumiu como casamenteiro político (confira aqui) entre Wladimir e Rodrigo para 2026. Mas admitiu, aos ouvintes da Folha FM, a dificuldade na tarefa: “Meu papel de cupido, que foi sempre equilibrar essas duas pessoas (Wladimir e Rodrigo), cada qual com as suas características peculiares”.

 

RJ represa Saúde de Campos?

Já na última sexta (16), foi a vez de Wladimir dizer (confira aqui) em entrevista ao Folha no Ar: “Ano passado, a expectativa de receita do Fundo de saúde do Estado a Campos era R$ 150 milhões. Sabe quanto foi pago? 27 milhões. E só foi pago porque eu tive que ir à Justiça. Este ano, até agora, não veio um centavo do Fundo Estadual de Saúde para Campos”.

 

Mídia carioca três dias depois da Folha

Três dias depois, ao noticiar a declaração de Wladimir na segunda, a jornalista carioca Berenice Seara (confira aqui) reproduziu: “O prefeito reclama da falta de repasses do estado ao município. Diz que a média era de R$ 150 milhões por ano à Saúde de Campos. Mas que no ano passado recebeu só R$ 27 milhões, e porque judicializou. Este ano, até agora, nada”.

 

“Especialista em derrotar Bacellar”

Antes do Jardim das Acácias na segunda, Wladimir também aproveitou o Folha no Ar da sexta anterior para alfinetar Rodrigo. Quando disse, falando de si como possível candidato a governador, ou a vice-governador numa chapa encabeçada pelo prefeito carioca Eduardo Paes (PSD): “Rapaz, você é especialista em derrotar Bacellar, você tem que ser candidato”.

 

Em 2020, 2022 e 2024

“Eu venci dele (Bacellar) em 2020, quando ele lançou Bruno Calil (a prefeito). Eu venci em 2022, ele candidato (a deputado estadual) contra Bruno Dauaire (União), que ganhou dele (em Campos). E ele, agora (em 2024), lançou (a prefeita) a Madeleine (União) e eu também ganhei”, disse Wladimir na sexta, no microfone da Folha FM 98,3.

 

Garotinho indica Bacellar com Bolsonaro

Já na segunda, após ser confirmada a indicação de Pampolha ao TCE que a Folha antecipou, quem acionou sua metralhadora giratória foi (confira aqui) o ex-governador Anthony Garotinho, pai de Wladimir. Ele criticou o senador Flávio Bolsonaro (PL). E indicou que, além de concorrer a governador no cargo, Rodrigo pode ter, como busca, o apoio do clã do ex-presidente em 2026.

 

Coerência política?

“Sinceramente não sei onde Flávio Bolsonaro quer levar seu pai. O grupo político se formando no Rio é o que há de pior na política do estado. Quem vai acreditar em honestidade, amor pátria, em família, com Bacellar candidato a governador e Castro a senador?”, questionou Garotinho. Que começou na política no antigo Partido Comunista do Brasil (PCB), no PT e PDT.

 

Castro sai em outubro, abril ou janeiro?

Enquanto Garotinho atira, o jornalista Lauro Jardim, ontem (20), em O Globo, tratava (confira aqui) de quando Bacellar assumirá como governador: já em outubro deste ano, como ele quer; no prazo legal de abril de 2026, como quer Castro; ou o meio-termo de janeiro do próximo ano? Não é sábio duvidar que o obstinado político de Campos conseguirá mais uma vez o que quer.

 

Pezão 2014, Castro 2022 e Bacellar 2026?

Wladimir está certo. As três últimas eleições mostraram que ele é mais popular em Campos do que Rodrigo. Como Eduardo Paes é na cidade do Rio de Janeiro. Mas, lembrado o caso de Luiz Fernando Pezão (MDB) em 2014 ou o do próprio Castro em 2022, eleitos governadores por concorrerem já sentados na cadeira, Bacellar entra com força no jogo para 2026.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Palpites sobre os playoffs do melhor basquete do mundo

 

Este blog tem um grupo de WhatsApp, que divide com o programa Folha no Ar, da Folha FM 98,3. Que, embora dê algum trabalho, é considerado entre os mais conceituados de Campos.

Hoje, nele, me pediram opinião sobre os playoffs da NBA, Sinai sincretista do basquete. Que, sem obrigação com confirmação, republico aqui:

 

 

Na noite de ontem, assisti ao Knicks e Celtics até quase o fim do último quarto, mas sucumbi minutos antes ao sono de uma sexta sempre longa de trabalho. Campeão de 2024 com integral merecimento, o Boston perdeu suas duas melhores armas na série com o New York: a bola de 3 pontos, que pouco caiu, e Jayson Tatum, em infeliz e grave contusão.

Por outro lado, os Knicks tem um big three que vem atuando bem no pega-pra-capar dos playoffs. Mas, pessoalmente, como disse há poucos dias ao meu irmão, torcedor do New York desde os tempos do jamaicano/estadunidense Patrick Ewing, considero Jalen Brunson um jogador técnico, mas vagalume, que acende e apaga. Como o alemão Mesut Özil ou os brasileiros Djair e Paulo Henrique Ganso no futebol.

Lógico que Brunson pode continuar sendo decisivo e calar a minha boca. E, se for o caso, abaixarei a cabeça e aplaudirei. Ademais, seja por meu irmão e a torcida fanática do New York, que farão a primeira final da Conferência Leste em um quarto de século, a festa é linda de se ver. Mas não creio que terão vida fácil contra o Indiana Pacers de Tyrese Haliburton. Que, pela juventude e fisicalidade, me parece um Oklahoma City Thunder do Leste.

Quem quer que passe do Leste, creio, terá como favorito na finalíssima o campeão da Conferência mais forte do Oeste. Quem vencer o sétimo e último jogo da única semifinal ainda em aberto, entre o OKC e o Denver Nuggets, será, na minha irrelevante opinião, o favorito a campeão da NBA. Ainda que, quem quer que seja, também não terá vida fácil na final do Oeste, diante do Minnesota Timberwolves do jovem craque Anthony Edwards.

Isso posto, creio que o Denver tem um quinteto já campeão em 2023 e mais experiente, enquanto o OKC tem melhor rotação de banco. Postas as questões da coletividade, que sempre pesarão mais no basquete, há ainda o detalhe individual: o sérvio Nikola Jokić, do Denver; o canadense Shai Gilgeous-Alexander, do OKC; e Edwards são, a meu ver, jogadores superiores aos excelentes Brunson e Haliburton.

Shai e Edwards ao estilo, nunca no nível, de Michael Jordan. Enquanto Jokić me lembra muito o lituano Arvydas Sabonis e a “great white hope” estadunidense da NBA dos anos 1980, Larry Bird. A ver.