Por que Campos venceu a queda de braço da Saúde com o RJ?

 

Secretaria de Saúde de Campos (Foto: Divulgação)

 

 

Duas semanas após a coluna

No último dia 5, a coluna advertiu (confira aqui) que o corte do cofinanciamento (confira aqui) à Saúde de Campos, em 23 de junho, e a exoneração (confira aqui) de Washington Reis (MDB) da secretaria estadual de Transportes, em 3 de julho, tinham sido dois erros do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), como governador em exercício. Duas semanas depois, os dois erros começam a ser remediados.

 

Wladimir vence a queda de braço da Saúde

Na segunda (21), como a Folha noticiou (confira aqui), o governador Cláudio Castro (PL) publicou em Diário Oficial a retomada do cofinanciamento do RJ à Saúde de Campos. Que é devida, como polo de atendimento a municípios vizinhos. E foi uma vitória do prefeito Wladimir Garotinho (PP) e da sua gestão na queda de braço particular contra Bacellar.

 

Pressão das secretarias municipais de Saúde

Castro e Bacellar estavam acuados pela posição do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Cosems-RJ). Que, no dia 10, se manifestou (confira aqui) contra a decisão unilateral do RJ e alertou para “perspectivas reais de mortes”. O Conselho informou que sequer foi consultado sobre a revogação do cofinanciamento estadual a Campos.

 

Pressão do MPRJ (I)

Outra pressão vinha (confira aqui) do Ministério Público. Que, pela 3ª Promotoria de Tutela Coletiva de Campos, instaurou um inquérito civil para investigar o corte do cofinanciamento estadual à Saúde Pública do Município. Em relatório do Grupo Técnico de Apoio Especializado (Gate), o MPRJ observou no dia 9 que não havia justificativa técnica à revogação do apoio financeiro.

 

Pressão do MPRJ (II)

O relatório do Gate reforçou que “restou comprovado na presente análise que não há que se falar em ausência de dotação para a interrupção dos repasses para o município de Campos dos Goytacazes pelo Fundo Estadual de Saúde, visto que, até a presente data, foram empenhados somente 61,51% do orçamento previsto para o ano”.

 

Força das instituições, não de Wladimir

A queda de braço com Bacellar não foi vencida pela força política de Wladimir. Mas porque as instituições fluminenses reagiram com firmeza à decisão política açodada, sem nenhum critério técnico, de um governador do RJ em exercício. Que, para não prejudicar Campos e o Norte Fluminense, teve que ser revista pelo ainda governador de direito.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

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