Antropóloga, professora, poeta, amiga e companheira de blog no “Cantos” (aqui), Fernanda Huguenin me deu o toque. E concordo com a sua concordância. De tudo que foi dito sobre a suspensão ou encerramento das atividades do centenário jornal Monitor Campista, uma das coisa mais lúcidas que li, foi escrita pelo repórter-fotográfico e estudante de Psicologia, Ricardo Avelino, em seu blog “Sujeito” (aqui), hospedado na Folha.
Não por outro motivo, segue abaixo a transcrição…
Monitor
Por ricardo, em 17-11-2009 – 9h43
“Meu sonho é trabalhar no Monitor”
“Jornalista do Monitor é um verdadeiro funcionário público”
“Lá é tudo tranquilo, você faz a sua e não tem aquela pessoa em cima de você cobrando”
“O Monitor não bate em ninguém”
“Compro o Monitor porque é diário oficial do município”
“ O Monitor não arruma problema com ninguém”
“ O Monitor evita polêmica”
Nós, do meio jornalístico de Campos, não conseguiríamos afirmar que estas falas não existiram nos bate-papos dos profissionais entre uma matéria e outra.
Talvez o Monitor esteja saindo de cena por ter buscado uma zona de conforto sem se prevenir com relação ao futuro. Acredito que o fato de ter sido o diário oficial do município lhe deu uma sensação de proteção, o impedindo de desenvolver estratégias para enfrentar a guerra pela sobrevivência.
Quem acompanhou o jornalismo de Campos, pelo menos no final da década de 70 e início de 80, sabe que a opção de ficar em “cima do muro” nem sempre foi praticada no Monitor. Será que isto foi o que levou o jornal a esta situação que se encontra hoje.