O governo Rosinha vai gastar R$ 109 milhões do dinheiro público numa obra cuja necessidade se esgotará depois de, no máximo, oito anos. Respondendo aos questionamentos dos comentaristas da Folha Online (aqui) e deste blog (aqui e aqui), é isso que se conclui dos esclarecimentos prestados agora há pouco pelo assessor Rodrigo Meira, da Autopista Fluminense, concessionária do trecho Campos/Rio da BR 101, e pelo procurador geral do município, Francisco de Assis Pessanha Filho. Em resumo, a obra anunciada por Rosinha na última quarta-feira (aqui) — mesmo dia em que foi aprovada pela Câmara em meio a uma polêmica suplementação de verba, para duplicar o trecho da rodovia entre Ururaí e a av. Alberto Torres — não vai susbtituir a obra que a concessionária vai realizar, entre Ibitioca até o aeroporto Bartholomeu Lyzandro, para desviar o tráfego da BR de dentro da cidade.
A licitação para a obra de Rosinha será realizada a toque de caixa, já na próxima segunda-feira, dia 10, mesmo a despeito do conhecimento de que a Autopista mantém seu cronograma inicial, fixado desde a assinatura do contrato de privatização da BR 101, em 2008, para iniciar a sua obra em 2017, com previsão de conclusão em 2019. Por sua vez, a duplicação de Rosinha deve ser concluída entre 12 a 18 meses após licitação. Ou seja: deve ficar pronta entre 2011 a 2012, de seis a cinco anos antes do início da construção do desvio da concessionária, e de oito a sete anos após a conclusão desta, que tornará a iniciativa municipal um elefante branco, de manutenção cara e sem demanda de veículos pesados que a justifique, aos moldes da ponte Rosinha.
Contrário à previsão do blog, o procurador Francisco Pessanha Filho alegou que a duplicação de Rosinha, após se tornar desnecessária pelo desvio da concessionária, continuará servindo não só aos munícipes, como também àqueles que, trafegando em direção ao Rio ou, sem sentido contrário, à Vitória, desejarem pernoitar ou fazer turismo em Campos. Alheio ao otimismo talvez execessivo desses projetos de turismo, Rodrigo Meira informou que a duplicação do trecho da BR 101, entre Campos e Rio Bonito, cujo adiantamento de 2015 para 2010 foi anunciado com exclusividade por este blog (aqui), começará já no segundo semestre.
A prefeita Rosinha Garotinho vai jogar mais de R$ 150 milhões para duplicar um trecho da rodovia BR-101. Já conseguiu autorização da Câmara de Vereadores para suplementar verba.
Só que esta rodovia está privatizada, sob administração da Auto Pista Fluminense. A empresa tem várias praças de pedágio e anda faturando muito desde que conseguiu este maná.
Com o dinheiro do contribuinte de Campos que Rosinha vai torrar na duplicação, esta privatização pode ser considerada um negócio da China para a concessionária. A empresa — que tem obrigação de investir na rodovia como reza o edital —, cobra o pedágio, fica com o lucro e a Prefeitura investe o dinheiro público.
Enquanto isso, o Sindicato dos Médicos de Campos está denunciando o caos no sistema de saúde da cidade. Está faltando tudo e até mesmo a bancada governista no legislativo reconhece.
Rosinha está pintando, mas nos últimos dias desfruta de uma certa boa vontade em alguns segmentos da mídia local. A prefeitura está inundando rádios e emissoras de TVs com publicidade oficial. Sendo assim, agora somos governo.
Gostaria de parabenizar a iniciativa desta prefeita em executar uma obra tão importante para Campos, pois esta será uma das portas para que Campos não perca este movimento que ora nos incomoda, mas que é essencial para a sobrevivência de muitos pontos comerciais desta cidade. Prefeita o CDL e a ACIC deveriam juntas criar uma “comenda” e lhe dar. Pois muitos acham que esta obra se esgotara após a obra da Auto Pista Fluminense, pelo contrário será a salvação de muitos em Campos, hoje te crussificam mais no futuro te darão os Céus por esta obra. Parabéns Rosinha. Só uma coisa não sou de Campos e nem voto em Garotinho, mas esta obra é nota 10.
A OBRA DE DPUPLICAÇÃO PASSARIA PELA RUA ROCHA LEÃO? AS CASAS DAQUELA RUA SERIAM DESAPROPRIADAS? ASSIM COMO CASAS E PONTOS COMERCIAIS ENTRE A ALBERTO TORRES E O SUPERBOM? COMO ISSO SERIA FEITO? ESTE TRECHO É JUSTAMENTE ONDE A ESTRADA SE ESTREITA. A OBRA CERTAMENTE COMPROMETERIA RESIDÊNCIAS E ALGUNS COMÉRCIOS QUE EXISTEM ALI HÁ ANOS. COMO SE RESOLVERIA TAL SITUAÇÃO?
A OBRA NÃO DEIXA DE SER BOA, MAS É PRECISO VER COMO SERIA O TRATO COM MORADORES DA REGIÃO, QUE MORAM ALI HÁ ANOS. SE FOR A CASO DE DESAPROPRIAÇÃO, QUE A COISA SEJA RÁPIDA E JUSTA.
A falta de respeito para com os usuários da BR 101 no trecho Niteroi x Campos está passando dos limites.
O pedágio é cobrado porém não existe a contrapartida.
Asfalto esburacado, mal sinalizado, pondo em risco a vida dos motoristas e a possibilidade frequente de quebra dos veículos.
Onde estão as autoridades?
Solução já.
Caro Daniel,
Creio que não apenas esses, mas muitos outros detalhes da duplicação de Rosinha precisam ser devidamente esclarecidos. E é bom que seja rápido, pois a licitação, como o post revela, já está marcada para o próximo dia 10, daqui a exatamente uma semana…
Abraço e grato pela colaboração!
Aluysio
Essa prefeita tá fazendo o que ela bem entende, (…) na cabeça de todo mundo!!!!!!!!! Até da justiça.
Caro Roberto,
Por motivos de ordem ética e legal, nenhum dos blogs hospedados na Folha pode aceitar palavras ofensivas ou acusações sem provas nos comentários. Não por outro motivo, nos vimos a fazer uma pequena edição no seu. Pedimos que entenda e nos perdoe a liberdade.
Abraço e grato pela colaboração!
Aluysio
Não sou partidário dela..mas tinha um candidato e ex-prefeito que ia fazer pior, ia construir um metrô de suferfície gigantesco torrando o dinheiro público. Acho a duplicação mais eficiente que o metrô e pq não pensar em conforto para os campistas? Se a br vai ser desviada, que seja, nossa cidade precisa sim de remodelação e a duplicação deveria tb ser só o começo..royaties servem pra isso.
É com grande satisfação que tomo conhecimento da duplicação da BR-101 pela prefeitura, no 1º trecho entre Ururaí e a Avenida Alberto torres e no 2º trecho entre a ponte General Dutra e o aeroporto Bartolomeu Lisandro,trechos esses que não contemplavam a duplicação pela concessionária Auto Pista Fluminense,pois o novo contorno a ser construido contempla apenas uma pista simples.A prefeita está de parabéns ao tomar essa decisão,pois grandes empreendimentos estão sendo anunciados para região e Campos precisa parar de pensar pequeno,a cidade está crescendo a passos largos e o poder público também tem de fazer a sua parte.Gostaria que a população parasse e refletisse.Quando ou em que gestão se viu tanta obra em andamento em tão pouco tempo e com um orçamento menor que gestões anteriores? O dinheiro dos royalties também é para isso.
2010 é ano de Eleição e obra seja qual for é muito importante paras os políticos e quando ela movimenta milhões é melhor ainda.
Como não dá para construir outra ponte e investir em hospitais não gera “dividendos” vamos duplicar a BR afinal a Autopista está adorando e quem sabe vai ser grande colaboradora de certas campanhas eleitorais neste ano. O tempo dirá e todos vão poder conferir.
Gostaria de parabenizar a ex- Governadora do Estado do Rio (2003/2006),Presidente da Omnpetro e atual Prefeita eleita de Campos dos Goitacazes, Rosinha Garotinho pela decisão soberana de, em consonãncia com a ANTT, de MUNICIPALIZAÇÃO do trecho da Br-101 no perímetro urbano no trecho de Ururaí até ao acesso ao aeroporto Bartolomeu Lizandro à exemplo do trecho MUNICIPALIZADO do perímetro urbano em Itaboraí por conta da construção do contorno pelo antigo DNER .
Tal decisão, entre outras, irá remover a nefasta Favela do Trilho que se desenvolveu ao longo do ramal ferroviário nesse trecho incompatível como porta de entrada da cidade, capital cultural do interior e primeira cidade da América latina a ter luz elétrica.Afinal o planejamento urbano do viário municipal é atribuição constitucional da Prefeita .
Quanto a concessionária Auto – Pista Fluminense do grupo espanhol não passa de mera concessionária .
O poder concedente é a ANTT.
E estamos conversados.
Em 2010 na campanha eleitoral, diga-me com quem tu andas e te direi de que Auto Pista tu és.
Obra extremamente importante,independente se a BR vai ser desviada,devemos levar em consideração a previsão de crescimento do município nos próximos anos.Se essa obra tivesse sido construída no governo passado,muitos teriam aplaudido,como é iniciativa do governo Rosinha,dizem que é desnecessária,até a ponte virou elefante branco na visão deles,com certeza não deixam de passar por ela quando precisam ir a Guarús,quanto a construção da ponte de Mocaiber se calam,mesmo com todo problema nela existente.Que venham mais obras desse porte para a melhoria da qualidade de vida da população e facilidade para quem quer investir no município,dando como exemplo o Shopping Boulevard.
Amaro continua não entendendo nada,ou entendeu e não quer admitir?
Aluysio,
com certeza mais um recorde de participação.
Todo governante gosta de fazer obra, porquê?
Enquanto isso os hospitais da prefeitura e conveniados estão em péssimo estado.
A pergunta que não quer calar:
-A quantos anos esta duplicação é requerida? Então explique, porque agora?
Seria coincidência esta urgência as véspera da eleição para governador do Rio onde Garotinho está se candidatando? Licitar e começar a obra já…a oposição também está cega?
Povo de Campos, vocês tem que chupar muita cana para ver se o açucar ingerido lhes dá força para entender a situação.
O argumento que obra é desnecessária porque o tráfego vai diminuir chega a ser risível.
É ponto pacífico que, inicialmente, o volume de tráfego será consideravelmente menor. No entanto, é preciso lembrar que Campos não é simplesmente uma cidade “de passagem”, e uma duplicação não visa apenas veículos pesados. Dizer que o fluxo de pessoas que circularão no trecho urbano é mera especulação e falta de visão de médio/longo prazo.
A população de Campos deve quase dobrar na próxima década – e, nesse caso, não se trata de especulação, e sim de projeções do IBGE, embora apenas sabendo dos grandes investimentos previstos para região (Açu e Barra do Furado) já sejam suficientes para imaginar isso.
A comparação com a ponte Rosinha demonstra bem essa visão tacanha. Haveria algo de errado se a ponte já estivesse saturada. Grandes obras de mobilidade urbana devem devem ser feitas com base em projeções para as necessidades de décadas à frente. Quando uma obra desse porte (estrada, ponte, contorno, etc) tem altíssimo volume de tráfego logo depois de inaugurada, é porque deveria ter sido feita antes. O caso é o mesmo da Av. Artur Bernardes: ninguém seria louco de dizer que não é necessária porque ainda não tem (nem terá quando estiver totalmente pronta) o volume de tráfego que é capaz de suportar.
Em tempos de tanta discussão sobre planejamento urbano e cobrança por intervenções que antevenham as demandas de mobilidade urbana que crescem em ritmo frenético, é duro ver um jornalista não entender o alcance temporal de uma obra dessas.
Pra desenhar, caso ainda não esteja claro: é melhor prevenir do que remediar, bem diz minha avó. E olha que ela provavelmente nunca ouviu falar em planejamento urbano…
Complementando o que falei acima, estes comentários de politiqueiros que não pensam em crescimento me faz lembrar o que disseram de Paulo Maluf quando construiu o Terminal Rodoviário do Tietê, de Brizola quando da Linha Vermelha e tantas outras obras no instante de seu lançamento faraônicas e poucos anos após sua conclusão a conversa entre todos, já não esta suportando mais. Volto a dizer parabéns Rosinha ou quem a aconselhou de tal obra.
Prezados Senhores,
Se formos esperar pela iniciativa privada, muitas mortes e acidentes ainda irão acontecer neste trecho até que realmente se tome a iniciativa.Portanto o importante é que precisamos desta duplicação e agora será realmente realizada. Moro neste trecho, já perdi um ente da família e sei de perto o quanto clamamos por isso. Deixem a mulher trabalhar…
Caro “DCTS” (das 9h22),
Por motivos de ordem ética e legal, nenhum dos blogs hospedados na Folha aceita comentários anônimos. Caso queria repetir seu comentário, ou fazer qualquer outro, sobre este ou qualquer post, pedimos, por favor, que o faça com seu nome verdadeiro.
Grato pela colaboração e abraço!
Aluysio
SEM COMENTÁRIOS, REALMENTE QUEREM FAZER O CAMPISTA DE IDIOTA, PASSO TODOS OS DIAS PELO PEDÁGIO. SERÁ QUE CAMPOS NÃO PRECISA DE OBRAS, UMA CIDADE IMUNDA, TODA QUEBRADA. ELA AINDA QUER CONSERTAR A BR
Com tantas prioridades na cidade, como SAÚDE e EDUCAÇÃO, vem a Prefeita “PERFEITA”, gastar com uma obra que já esta programada pela Auto Pista. ACORDEM Campistas já está mais que na hora de darmos um basta nesse desmando que está ocorrendo na Prefeitura.
ÍSSO É UM ABSURSO , O POVO DE CAMPOS NÃO MERECE ESSE ABUSO DE PODER ! SERÁ QUE O MINISTÉRIO PUBLICO NÃO ENCHERGA , SERÁ QUE NÃO TEM CORAGEM DE BARRAR ESSA OBRA Q NÃO É DA PREFEITURA. CADÊ A CORAGEM DO MINISTÉRIO PUBLICO ESTADUAL ,MUNICIPAL E FEDERAL . A JUSTIÇA PRENDE POBRE E MENOS FAVORECIDO …
Esse projeto não consta no Plano Diretor da Cidade?
Se consta por que a surpresa?: Se não consta e a câmara aprovou com urgência, por que não consta então? Me vejo cada vez mais leiga nesses assuntos políticos – adminis-
trativos – eleitoreiros-rosados…me desculpem.
Reporto-me as palavras do Alexandre Cozendey, Parabéns pela iniciativa do Executivo nunicipal e dos parlamentares que aprovaram essa obra, mas por outro lado, tem os que são contra a obra e contra o desenvolvimento da nossa região.
Muitos ainda continuam comentando sem nenhum conhecimento de causa.Parabéns ao David Gomes e Alexandre Cozendey pelos comentários.
Abel Donato,
Eles são contra por que está sendo feito por Rosinha.Prá eles tudo que vem desse governo é ruim,passagem a 1 real, carnaval,vacina prevenar,obras do valão, reforma de escolas e creches,construção de casas,programa bairro legal,emergência em casa,nada disso presta prá eles, o que importa é malhar.Concordo que muita coisa precisa ser feita,a saúde precisa melhorar muito, o transporte coletivo não é o ideal,o trânsito da cidade precisa de um melhor ordenamento e muitas coisas mais.Acredito que nossa prefeita está no caminho certo,está preparando a cidade para o futuro,o que não pode é exigir que ela faça em 1 ano e meio o que levaram 10 anos destruindo.
Caros David Gomes, Abel Donato, Alexandre Conzedey e Márcio,
Em primeiro lugar, peço que me perdoem pelo atraso na resposta. Antes tarde do que nunca, vamos ao que interessa. Deixemos de lado as opiniões contrárias à duplicação proposta por Rosinha, mantida pelo blog e vários outros comentaristas, e as manifestadas por vcs quatro, favoráveis à obra que vai consumir R$ 109 milhões dos cofres públicos municipais para ampliar um trecho rodoviário que será desviado do fluxo da BR 101 até 2019. Que a obra vai cobrir um flanco de expansão residencial e comercial da cidade, ninguém discute, mas será que ela é prioridade para Campos? Sobretudo, será que é mesmo fruto de visão de médio e longo prazo e planejamento urbano, como argumentam aqueles que pretendem não só defender, mas elogiar a iniciativa municipal?
Se é mesmo assim, por que então não constou do Plano Plurianual (PPA), que é justamente onde o governo municipal projeta suas ações? Por que não integrou a proposta orçamentária original, aquela em que o governo planeja o que fazer e como gastar, com a discussão aberta entre aos vereadores e sociedade, mas acabou sendo providencialmnete encaixada no aparente improviso de um pedido de suplementação? Por que esta suplementação foi tão polêmica que, em seu processo de aprovação, chegou a gerar a renúncia do líder de Rosinha na Câmara, que demandou a vinda de Garotinho a Campos, para convencer Magal a voltar atrás? Por que tanta rapidez no processo, com anúncio da duplicação no último dia 28 e licitação marcada já para o dia 10 do mês seguinte, na próxima segunda-feira? Sobretudo, como se licitar uma obra de R$ 109 milhões sem que ainda a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tenha aprovado o convênio de municipalização do trecho da BR a ser duplicado — aprovação sem a qual a obra não poderá sequer ser feita?
Para quem não faz ou busca responder estas perguntas simples e lógicas, mas insiste em apostar em planejamento urbano de médio e longo prazo para justificar a obra, neste ano em que Garotinho tentará se eleger novamente governador, adjetivos como “tacanho” podem até ser apropriados, mas por mais “risíveis” que sejam os desenhos didáticos dos seus raciocínios (recomendados pelo David à avó), continuam sendo opiniões. E são, portanto, o objeto deste espaço.
Abraços e grato pelas colaborações!
Aluysio