Após os episódios lamentáveis promovidos pelo poder público de Campos, contra a aprovação da nova lei dos royalties no Congresso, com a quebra de vidraças do Heliporto do Farol e o incêndio no Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em vandalismo capitaneado por vereadores governistas e executado por militantes pagos com terceirizações, parecia que o grupo que detém o poder no município havia aprendido a lição, mobilizando a sociedade civil e até os vereadores de oposição ao Ato em Defesa dos Royalties, no final da tarde de ontem, na praça São Salvador. Ledo engano!
Bem verdade que, no último discurso do evento de ontem, a prefeita Rosinha (PR) afirmou que aquele não se tratava de um “ato rosa ou eleitoral”. Mas já era tarde demais! Depois que o deputado estadual Geraldo Pudim e o federal Paulo Feijó (ambos do PR), em pronunciamentos anteriores, atacarem o PT do senador Lindbergh Farias e o PMDB do vice-governador Luiz Fernando Pezão, ambos pré-candidatos à sucessão no governo fluminense, assim como o deputado Anthony Matheus (PR), os quatro vereadores de oposição em Campos desceram do palanque e abandonaram o ato.
Se acompanharam a passeata que saiu da Câmara, no antigo Fórum, até chegarem à praça do Santíssimo e subirem ao palanque, dele depois desceriam os edis Fred Machado (PSD), Rafael Diniz (PPS), Marcão (PT) e Nildo Cardoso (PMDB). Empunhando a bandeira do município de Campos, os quatro alegaram que, a pretexto da defesa dos royalties, o ato havia sido transformado numa plataforma de ataques políticos, com vistas claras à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB), em 2014.
Quem dúvida tivesse do caráter real do evento, rapidamente as desfaria ao eco das palavras do discurso de Feijó, tão contundentes quanto costumavam ser seus ataques a Anthony Matheus, até pouco tempo atrás: “Nosso inimigo número um é o PT, e o número dois é Sérgio Cabral”. Assim como para quem esteve no evento, ou veja seus registros fotográficos, poucas dúvidas também restariam de que o público presente, mesmo inchado por servidores terceirizados, muitos uniformizados, ainda assim era bem aquém dos 30 mil aos quais Anthony bravateou estar falando em seu discurso.
Enquanto a defesa dos interesses do município continuar a ser usada para justificar os interesses eleitorais de quem só sabe fazer política considerando os adversários como inimigos, à certeza de que nada de fato mudará, com ou sem royalties, numa reprise do que se assiste em Campos desde 1988, se sobrepõe outra. É a certeza de que a batalha real dos royalties, em sua última linha de resistência, já está sendo travada no Supremo Tribunal Federal (STF), onde a ministra Carmem Lúcia analisa as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) dos estados e municípios produtores.
Pelo menos lá, no Planalto Central, diferente do que parece ocorrer na Planície Goitacá nos últimos 25 anos, e como já havia provado a aprovação da nova lei dos royalties no Congresso Nacional, não adianta querer ganhar no grito.
Publicado hoje na coluna Ponto Final, da Folha da Manhã.
O pequeninho sofre de uma doença: VISÃO DUPLA,i.é. enxerga dobrado(rs)
Não tinha, nem tenho a menor dúvida que estes videos serão usados “A posteriori”
criticas do sanguesuga, e (trecho excluído pela moderação) de trilhos, sao elogios para qualquer cidadao.
Todos nós sabemos que esse comportamento de esbravejar aos quatro cantos defendendo o que era fava contada no congresso, é propaganda eleitoral antecipada para Governo do Estado e Deputados.
Abanar a capa da Constituição, pedindo que ela seja respeitada pelo STF, quanto aqui, eles rasgam despudoradamente a dita, é falsidade ideológica, amparada pela OAB, que aqui, dá-se por satisfeita.
Nós fomos lá desfraldar a bandeira de apoiamento, mas também da TRANSPARÊNCIA no uso do dinheiro.
Lideranças políticas regionais mesmo, nenhuma.
Público, que não os mesmos, também quase nehum.
Número estimado? achamos que umas 6.000 pessoas no total, mesmo assim por conta do encerramento do horário no comércio.
Que vai pros palanques nas próximas eleições, como falou a Maria, NÃO TENHHAM A MENOR DÚVIDA. ESSE FOI O PROPÓSITO SUBJETIVO DO ATO.
JOSEGERALDO.