Transporte público de Campos — Opiniões no “Opiniões”

Opinião
Jornalista Ricardo André Vasconcelos
Jornalista Ricardo André Vasconcelos

Rosinha e a greve/locaute nos transportes coletivos

Publicado aqui, pelo jornalista Ricardo André Vasconcelos

 

A prefeita Rosinha Garotinho cumpriu o seu dever, mesmo com atraso de alguns dias, e resolveu garantir a circulação dos ônibus e minimizar os efeitos de uma greve iniciada há seis dias. Mais que um direito, é dever da chefe do executivo municipal zelar pelo funcionamento dos serviços dos quais a municipalidade é o poder concedente. E, para isso, contou com o auxílio precioso do promotor Marcelo Lessa Bastos, coordenador da Promotoria dos Direitos Coletivos e Difusos do Ministério Público que, não só orientou a equipe da prefeita, como foi pessoalmente às garagens para que fosse cumprido um ato municipal e uma decisão da Justiça do Trabalho, e também cedeu o auditório do MP para a coletiva à imprensa.

Por enquanto ainda não seu certo, mas não esperava-se das autoridades atitude diferente: o interesse público está acima de tudo. Segundo a prefeita informou agora há pouco em entrevista à Rádio Band-FM, 18 ônibus estão rodando.

No entanto, é desonesto não analisar que a greve/locaute deflagrada no sábado, exatamente no dia do início do Campos Folia – o nosso Carnaval fora de época – como um movimento político extremamente delicado que desaguou num imblóglio do qual, para sair, é preciso menos bravatas e mais humildade para admitir eventuais erros e encontrar saídas. Sim, locaute porque qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que as empresas de ônibus estimulam, apoiam e patrocinam a greve.

Na base da polêmica não está só a reivindicação justa dos 16% de reajuste para motoristas e cobradores, como também e principalmente, o descongelamento das tarifas que, desde a criação do programa de passagem social em 2009, é mantida em R$ 1,60. Sendo R$ 1,00 pago pelo passageiro e os R$ 0,60 subsidiados pela Prefeitura de Campos. Os empresários reclamam, também com justa razão, que os preços dos combustíveis, pneus, salários e outros insumos, subiram neste cinco anos e cinco meses e que o preco da tarifa precisa ser recomposto. A PMCG, por sua vez, alega que tem um edital de licitação na praça, marcada para o próximo dia 26 de maio, em que a tarifa sobe para R$ 2,40 para as empresas que ganharem as linhas.

A licitação para escolha das empresas de ônibus para operar as linhas. Esta sim, talvez seja a mãe de todas as soluções e toda a indignação das empresas. Há décadas sabe-se que as empresas de ônibus operam com “concessões a título precário”, ou seja, provisoriamente e sabe Deus como as concessões são dadas, cassadas e renovadas…

O que os empresários reclamam é que muitas das empresas estão hoje em situação de pré-insolvência (algumas já quebraram), justamente porque se endividaram contando com os subsídios do programa da passagem social que, congelados, comprometeu-se as finanças e hoje poucas ou nenhuma empresa local têm condições de igualdade para competir na licitação com outras de fora.

Sabe a prefeita que uma das principais reclamações da população hoje é o péssimo transporte coletivo no município. São horas de filas, veículos em condições lastimáveis, horários desrespeitados…

Sobre as cabeças de todas ainda pesa a ameaça feita e repetida pela prefeita, de municipalizar os transportes coletivos.

Taí um bom debate para ser travado de forma desarmada, com os ônibus nas ruas e foco no interesse público. Só no interesse público.

Poeta Dante Alighierei
Poeta Dante Alighierei

Sinais

Publicado aqui, pelo leitor Frias

 

Ultimamente, nossa cidade tem vivido momentos de grande turbulência, em face de diversas manifestações populares, e de entidades classistas, na sua maioria, pela péssima ou falta da prestação de serviços públicos essenciais, somada a justa e legítima reivindicação salarial.

Capitaneada por um grupo que almeja alcançar a direção de nosso Estado, recebemos sinais diários, de que a coisa é muito mais séria do que parece. Com o “modus operandi”, inaugurado com a campanha dos royalties, onde houve bloqueio de vias públicas e utilização de barricadas com pneus flamejantes (lembram), essa prática tornou-se corriqueira e pretexto a qualquer insatisfação popular.

Ao ler as notícias, hoje pela manhã, me chamaram a atenção, as ações dos poderes públicos na apreensão de coletivos nas empresas. Ora, muito célere a atuação desses poderes em dar respostas ao povo, ainda que de forma precária e insuficiente. Mas, gostaria mesmo, é de ver esta agilidade, quanto ao caso “ Meninas de Guarus”, as graves denúncias do Programa “ Cartão Cidadão” e tantas outras, que adormecem no limbo da obscuridade.

É assim que tratam trabalhadores e empresários, travestidos no, “minha cidade meu amor”, usam a violência, que gera mais violência, para tentar sanar uma questão salarial, que eles, como parte, deveriam encontrar solução. Considero o transporte coletivo em nossa cidade, um dos mais caros do País, uma vez que, subsidiado pelo erário (tesouro público), é pago por todos os munícipes, inclusive, dos que dele não se utilizam.

Li, que a Chefe do Executivo Municipal, reclamou de pessoas “de fora” em manifestações, que discriminação é essa, por exemplo, temos várias empresas “de fora”, que prestam serviços milionários e não essenciais em nosso rico município, (EMEC, PCE,etc.) contratadas e bem pagas por ela. Isso pode!

Vamos aguardar o desenrolar desta tragicomédia, mas de antemão, espero que não se inaugure uma nova fase de manifestação, tão corriqueira em outros cantos do país. Ao povo… bem, ao povo, resta apelar para a ajuda divina, porque destes governantes de “deus”(não é erro de grafia) só virá “Beijinho no ombro”.

“Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno. – Dante Alighieri

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Este post tem 4 comentários

  1. Marcia

    Será que falta mais alguma coisa espantosa a acontecer
    na câmara de vereadores de Campos depois do “beijinho no
    ombro” da Excia Linda Mara?
    Que que e isso minha gente!?

  2. Jane

    Acredito que a(s) Empresa(s) ganhadora não será de Campos, e muito menos conhecida.

  3. HUGO ALMEIDA

    Pena que o MP não seja tão célere em outras questões graves que ocorrem no Município!

  4. manoel

    acredito que os rodoviarios e patroes querem o melhor parapopulaçao, mas infelizmente a prefeita nao ver ou nao quer ver o problema que o setor vive. ninguem consegue suportar tanto tempo se ter um reajuste de salario, entao nao pode ser difrente com o reajuste da passagem. estou vendo o mesmo filme, empresas fechando as portas em campos,da mesma forma que aconteceu com as usinas,coca cola,etc. esse concerteza e o desejo da casal GAROTINHO.lembrete, por qual motivo o MPE, nao obriga a prefeita da o reajuste da passagem. SOMOS ELEITORES E TAMBEM QUEREMOS O NOSSO DIREITO RESPEITADO.

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