Há pouco, o radialista Savio Gomes enviou seu testemunho da vida e da obra de Cauby Peixoto (1931/2016), morto hoje aos 85 anos, a quem meu pai, ele próprio dotado de afinada voz de baixo, dizia ser o maior cantor do Brasil. Orgulhoso de uma das fonotecas mais completas da planície goitacá, sobretudo do período conhecido como Era do Rádio (no Brasil, entre as décadas de 40 e 50 do século 20), na qual Cauby despontou para o sucesso, segue abaixo o texto sentido do Savio, acompanhado da música que Chico Buarque escreveu ao grande crooner:
Por Savio Gomes
Fiquei sentido com a morte de Cauby Peixoto.
Estou sentido com a morte de Cauby Peixoto.
Ídolo e ícone da Música Popular Brasileira de várias gerações.
Cauby nasceu para a Música com a qual viveu durante 70 anos, sem jamais traí-la, sem jamais haver sido desleal, desigual.
Meus pais o admiravam, minha mãe o conheceu pessoalmente no tempo em que ele iniciava a sua carreira e era conhecido por poucas pessoas. Ele sempre foi amável e parava para conversar com quem o abordasse.
Na matéria da TV que anunciou a sua morte, as pessoas entrevistadas disseram que nestes 8 dias em que esteve internado, mesmo respirando mal, ainda assim cantava para as pessoas no hospital.
Foi para outras paragens o nosso rouxinol Cauby Peixoto, foi juntar-se à Dalva de Oliveira, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Nelson Gonçalves, Elis Regina, Ary Barroso, e tantos outros!
Para o mundo, apagam-se as luzes do cantor Cauby Peixoto, mas renascerá, sempre, em nossos corações.