Para quem não sabia
O que esperar de uma prefeita que, perto de se despedir do poder após oito anos, com desempenho administrativo sofrível nos últimos quatro, perde por isto a chance de fazer seu sucessor nas urnas, derrotada ainda no primeiro turno, e depois adia por duas vezes a primeira reunião de transição com a equipe do opositor eleito, sob a justificativa reincidente de querer estar presente para passar o bastão, mas não dá as caras quando o encontro finalmente acontece? Quem ainda não sabia por que o garotismo está sendo despejado da Prefeitura de Campos que dominou por 28 anos, ontem pode tirar qualquer dúvida.
Idas de quem não ia
A transição entre os governos Rosinha Garotinho (PR) e Rafael Diniz (PPS) foi iniciada quando o segundo enviou ao primeiro um ofício neste sentido, datado de 20 de outubro. Só quase uma semana depois, no dia 26, os rosáceos responderam, marcando a reunião para 3 de novembro. Em 1º de novembro, alegando que a atual prefeita não poderia estar presente, mas queria, se deu o primeiro adiamento, com o encontro remarcado ao dia 7. Só que, neste dia, no lugar da abertura da transição, ocorreu outro adiamento, sob a mesma justificativa: após dizer querer estar presente, Rosinha estaria ausente; mas iria se fosse no dia seguinte.
Presença rosácea
Apesar de ter aquiescido pela segunda vez com o adiamento solicitado pelo mesmo motivo, o governo Rafael impôs o limite: seria a última vez. E ontem, quando a primeira reunião finalmente se deu, o governo que deixará o poder daqui a pouco mais de 40 dias se fez representar por Matheus da Silva José, Thiago Lisboa, Geraldo Venâncio, Roberto Landes, Leandro Siqueira, José Felipe e Fábio Ribeiro. Como você, leitor, pode perceber, nenhum deles era a atual prefeita de direito, ou o ainda de fato, seu marido e secretário de Governo.
Prefeito que foi
Ao contrário de quem substituirá em 1º de janeiro, Rafael esteve presente ao encontro de ontem, até pela expectativa de que Rosinha também estivesse, como alegou querer para adiar a transição duas vezes. Ao centro da mesa, o prefeito eleito pregou concórdia em torno dos interesses do município: “Nós queremos fazer uma transição sem revanchismo, sem perseguição. É um ajudar ao outro pelo bem maior: Campos. Sabemos que acima de todos nós está a nossa cidade, por isso buscamos o diálogo, por isso buscamos o diálogo permanente para que possamos fazer as coisas terem andamento”.
Ausências da paz
Ao observador mais atento, no entanto, não passou despercebido o fato de que, entre seus oito coordenadores da transição cujas presenças foram antecipadas ontem nesta coluna, Rafael escolheu se sentar entre os dois mais violentamente atacados pelo marido da atual prefeita: Fabiana Catalani (Saúde) e Leonardo Wigand (Fazenda). Só que, talvez pelo fato da conversa ter sido cara a cara, com paridade no verbo, não à distância segura e monocórdia do seu blog ou do microfone da sua rádio, quem atacou preferiu confirmar suas núpcias na ausência. E, sem o casal mais famoso da Lapa, tudo transcorreu em paz.
Julgamentos
O juiz Eron Simas começou a julgar ontem os vereadores eleitos que foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de participação no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por voto. A celeridade que a população cobrou nas ruas parece ter tido efeito para marcação das audiências. Vamos aguardar se vai ocorrer o mesmo quanto às sentenças. Em caso de condenação, boa parte da Câmara para a próxima legislatura passa por mudanças, já que 11 eleitos foram denunciados.
Defesa
A denúncia da troca de Cheque Cidadão por votos aponta que candidatos a vereador do grupo governista utilizaram de um programa social da máquina pública para obter vantagens. Os eleitos e réus das ações de ontem não foram ao julgamento, como previsto e assegurado a eles, mas foram representados por advogados que também têm proximidade com a máquina: Fabrício Ribeiro, ex-procurador do município, e Maxuel Barros Monteiro, que é, também, procurador da Câmara.
Com a colaboração do jornalista Arnaldo Neto
Publicado hoje (09) na Folha da Manhã
Com Deus no controle, as mentiras diabólicas não prevalecerão, abrindo caminhos enfeitados de rosas para um novo governo abençoado.
Transição é uma coisa seria e a prefeita adiar para estar presente e não ir por 2 vezes é uma irresponsabilidade do atual governo e um desrespeito ao atual prefeito e todos seus eleitores mesmo que o grupo não esta a altura desta reunião !
Espero que Rafael não faça igual a Pezão que pensou que Governar o RJ era mesma coisa de ser prefeito de Barra de Pirai.(Trecho excluído pela moderação)
Eu resumo no seguinte: Só quem deve tem medo de comparecer, simples assim!
QUEM NÃO DEVE NÃO TEME, TODO CULPADO FOGE Á SUA RESPONSABILIDADE.
Cesar peixoto tu é alienígena???
o cidade do blá blá blá.
Dentro de minha limitação, entendo que quando o RÉU não comparece, o processo corre a revelia, portando o ganho da causa é da parte autora, resumindo todos devem serem condenados e o Ministério Público ganhar a causa não é isso? gostaria que a Justiça me explicasse como funciona.
Nos EUA Obama chamou Trump p/ ir a Casa Branca já na Republica do Chuvisco…….Rosinha não se interessa pela transição……como já diziam…..quem nasce p/ lagartixa nunca chega a jacaré.