Com Magal e Madureira condenados pelo TRE, cerco se aperta

 

 

 

Após Magal, TRE condena Madureira

Ao que parece, a última esperança dos envolvidos na operação Chequinho será mesmo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após o vereador Jorge Magal (PSD) ter sua condenação pela Justiça Eleitoral de Campos confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na segunda-feira (03), 24 horas depois, foi a vez do edil Vinícius Madureira cumprir ontem a mesma via crucis jurídica. Se o primeiro cederia sua vaga na Câmara ao suplente Thiago Godoy (PR), Madureira daria lugar a Josiane Morumbi, também do PRP. A diferença é que Godoy também é investigado na Chequinho, constrangimento que Josiane não enfrenta.

 

Pressão da Chequinho

Entre advogados eleitorais, assessoria do TRE e os próprios envolvidos, ninguém parece ter certeza das consequências a curto prazo. Por enquanto, o mais provável é que as penas, como cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos, só devam ser aplicadas após a apreciação dos embargos no TRE. Mas com o pedido de prisão de quatro envolvidos na Chequinho — os ex-vereadores Miguelito (PSL) e Ozéias (PSDB), a ex-secretária de Desenvolvimento e Ação Social Ana Alice Ribeiro e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão Gisele Koch Soares — e a confirmação das condenações em segunda instância, a pressão aumenta a cada dia.

 

Alerj mais distante

Antes da confirmação da sua condenação, Vinícius Madureira falou com a coluna. Também advogado, ele apostava na absolvição no TRE. Agora, caso perca o mandato de vereador e se torne inelegível até 2024, irá por terra também a possibilidade de disputar um mandato de deputado estadual em 2018. Depois do seu PRP sair de nenhum vereador na última legislatura, para eleger três na atual — além de Madureira, Silvinho Martins e Jorginho Virgílio —, a presidente estadual do partido, Eliane Cunha, apostava no jovem e bem votado vereador para tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).


Fé na Chequinho

Como o “Ponto Final” noticiou ontem, o vereador Pastor Vanderly (PRB) disse ser “conversa fiada” a versão de que o ex-governador Anthony Garotinho (PR) estaria tentando encaixá-lo no governo carioca de Marcelo Crivella (PRB), para abrir uma vaga na Câmara de Campos ao primeiro suplente Albertinho (PMB). O desmentido foi confirmado à coluna pelo ex-vereador Alexandre Tadeu (PRB), segundo suplente da coligação PRB/PMN. Parece ser tanta a crença nas condenações da Chequinho, na qual Albertinho também é investigado, que Tadeu disse ter certeza: seria ele o beneficiado direto, caso uma vaga fosse aberta.

 

Julgamento

 Para o Palácio do Planalto saiu melhor do que a encomenda o resultado da primeira sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última terça-feira, para o julgamento da chapa Dilma-Temer. O julgamento foi adiado e só deve ser retomado no fim do mês. O que não se esperava ouvir, porém, era o novo prazo estimado pelo presidente da Corte Eleitoral, Gilmar Mendes: conclusão do julgamento ainda neste semestre.

 

Identificação Nacional

 Ter de andar com vários documentos pode ser algo a ser esquecido no Brasil daqui a pouco tempo. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou, ontem, o projeto que propõe reunir dados biométricos e civis, como Registro Geral, Carteira Nacional de Habilitação e o título de eleitor em um único documento, a Identificação Nacional. A proposta ainda precisa passar por votação no plenário da Casa.

 

Reforço

 Novos lotes que totalizam 1 milhão de doses de vacina contra a febre amarela serão disponibilizados pelo ministério da Saúde para o Estado do Rio de Janeiro nas próximas semanas. Com as novas remessas, a secretaria de Saúde seguirá com a estratégia que vem sendo adotada desde janeiro, dando prioridade na destinação das vacinas para os municípios elencados como prioritários, com base na avaliação constante do cenário epidemiológico.

 

Com a colaboração do jornalista Arnaldo Neto

 

Publicado hoje (06) na Folha da Manhã

 

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