Chegamos, então, à marca de 6 meses de governo. Nunca entendi muito bem o porquê da mística dos 100 dias de um governo. Por que não 180? Convenhamos que 100 dias não são suficientes para mudar o rumo de uma cidade do tamanho e complexidade de Campos. Mas 180 dias são mais que suficientes para impor uma marca, um estilo. Talvez possamos afirmar que 100 é pouco para administrar, mas 180 é muito para comunicar. Num país que fabrica uma crise política a cada semana, tanto os 100 dias quanto os 180 passaram voando para a administração Diniz.
Receber a Prefeitura em estado pré-falimentar num ambiente de crise política e econômica a nível nacional e estadual não é um fato a ser desconsiderado. A restrição de recursos financeiros não esteve presente na realidade brasileira (em todas as esferas) nos últimos 15 anos. Por muito tempo, foi relativamente fácil sustentar o aumento ininterrupto de gastos e a torneira parecia jorrar dinheiro para qualquer que fosse o destino: obras, transferências de renda, subsídios aos amigos do poder e planos megalomaníacos. Da Transposição do Rio São Francisco, passando pelo Comperj e chegando ao Cepop e à Cidade da Criança, não havia má ideia que não encontrasse algum dinheiro do povo disponível para ser desperdiçado. E, obviamente, não nos esqueçamos da corrupção avassaladora.
A conta chegou para todos os governos. Seja pela limitação orçamentária, seja pelo entendimento de que as finanças públicas devem ser, antes de tudo, sustentáveis — e o Prefeito parece encaixar-se no segundo grupo — não iremos encontrar nos próximos quatro anos nada parecido com a loucura de gastos que pautou os governos populistas dos últimos anos. O gasto público precisará passar por uma onda de racionalidade, que invade terras tupiniquins, aparentemente, a cada ciclo de 20 anos. Que, dessa vez, possamos entronizar esta prática mesmo em momentos de bonança.
A escolha de um corpo técnico foi importante. Mais importante ainda é o corpo técnico assimilar que as engrenagens do poder público têm vida própria e reagem a qualquer tentativa de mexer nos incentivos que culminam num alto custo para o pagador de impostos e um retorno sofrível para a população. As mudanças não ocorrem da noite para o dia e é necessária bastante competência (política e técnica) para que a própria tentativa de alterar o estado das coisas não gere ainda mais paralisia pela reação do status quo.
Uma vez que falta tempo para que alterações mais substanciais em práticas de gestão possam frutificar, convenhamos que a administração atual vem falhando na comunicação de suas ações. Até agora, as mudanças de maior repercussão foram o fechamento do Restaurante Popular, a alteração da Passagem Social e o congelamento do Cheque Cidadão. Particularmente, acho ótimo que a administração esteja preocupada com a sustentabilidade de políticas sociais e com seus resultados efetivos. O grande problema é que outras ações impopulares, mas necessárias dificilmente serão tomadas se a administração continuar falhando ao comunicar-se com a população. E não nos enganemos: as más notícias ainda virão às pencas, dado o caótico estado fiscal do governo federal, estadual e municipal.
A eleição em primeiro turno e a inegável herança maldita ainda conferem ao Prefeito bastante força. Porém, dizer que a a “venda do futuro” compromete o orçamento, embora seja verdade, não ajudará muito mais a partir de agora. A narrativa não é nova e já sustentou a paciência da população até o momento. Esticar demais esta corda pode jogar Diniz no mesmo limbo do seu antecessor e aumentar a descrença da população em relação à capacidade da política de tornar sua vida melhor.
Esse prefeito e (trecho excluído pela moderação) enganador ele nunca precisou comer em um restaurante popular,porque ele ja nasceu em berco de ouro, heranca do seu avo zeze barbosa,(trecho excluído pela moderação).Por que nao mostra as obras que foram realizadas no centro,nos bairros e nos distritos pela prefeita Rosinha
Sao 180 dias de desgoverno, ate agora nada mudou a nao ser pra pior.Rafael o povo queria mudanca, mas nada mudou, pega o seu banquinho e sai de mansinho.Rosinha pode nao ter feito um otimo governo, mais fez muitas coisas, e voce que ate hoje nao fez nada