Como reitor da Uenf adiantou, RJ avança para pagar atrasados

 

Reitor da Uenf, Luis Passoni (Foto: Rodrigo Silveira – Folha da Manhã)

 

 

Em redes sociais e blogs, manifestações ligadas à Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf) têm ironizado a postura do reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), professor Luiz Passoni, no sentido de tentar negociar junto ao governo do Estado uma solução à crise financeira que levou à greve na principal insituição de ensino superior de Campos e região.

Certo que, com o descumprimento das promessas anteriores feitas pelo governo Luiz Fernando Pezão (PMDB), a tática de manter a paralisação e a mobilização da categoria não é desinteligente. Foi, inclusive, o que registrou hoje (aqui) a coluna “Ponto Final”.

O que deveria ser evitado, no entanto, é tentar ridicularizar os esforços do reitor da Uenf em manter aberto o canal de negociações. Ontem, no Rio, ele teve reuniões na Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro (Faperj), na secretaria estadual de Ciência e Tecnologia e na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Fruto dessas reuniões, Passoni adiantou que o governo estadual esperava começar a pagar os salários atrasados da Uenf e demais universidades estaduais a partir de dois aportes financeiros. Além do ajuste fiscal com a União, a venda da folha de pagamento dos servidores, cuja licitação da agência bancária vencedora estava próxima de ser fechada — como este blog adiantou ontem aqui.

Prova da boa intenção do trabalho do reitor da Uenf e do valor das informações obtidas em suas negociações no Rio, é que hoje foi anunciado que o Bradesco arrematou em leilão a gestão da folha de pagamento do governo do Rio pelos próximos cinco anos. Com isso, o banco desembolsará R$ 1,318 bilhão já na semana que vem. E Pezão regularizará as folhas de maio, junho e parte de julho.

A informação foi dada aqui pelo jornalista Ancelmo Góis, de O Globo, e repercutida aqui no Folha1, pela Suzy Monteiro.

Na luta pela manutenção e reabertura da Uenf, que deveria ser de toda Campos e Norte Fluminense, não há lado mais ou menos certo. Respeitadas as naturais diferenças de entendimentos e posições, quem resiste e quem negocia são complementares.

 

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