Gustavo Alejandro Oviedo — Notas Vizinhais

 

 

 

O áudio de Whatsapp, vazado semana retrasada, onde o vereador Claudio Andrade exige àqueles que ocupam cargos de DAS, RPA e assessoria a atualização do conteúdo relacionado ao legislador no Facebook revela algumas coisas a mais do que a ambição do edil. O episódio mostra, principalmente, para que servem os DAS, RPAs e os assessores indicados pelo vereador, os quais são pagos com verba pública. Se a demora em replicar as mensagens na rede social significa demissão imediata, não há dúvidas de que essa é a tarefa mais importante que cumprem. Sugestão: a Câmara poderia destinar uma verba para contratar 25 assessores de imprensa, um por cada vereador. Dessa forma, a Prefeitura se pouparia de ter parte de seus funcionários perdendo tempo frente à tela do smartphone.

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Até o dia 28 de abril Campos contabilizava 75 assassinatos. Se o número se repetir nos próximos dois quadrimestres, 2018 poderá finalizar com 225 homicídios, 30% a mais do que em 2017, e que elevaria a taxa de referencia para 45 assassinatos cada 100 mil habitantes. Para se ter ideia da magnitude da tragédia, em toda a Espanha (46 milhões de habitantes, quase 100 vezes a população de Campos) houveram apenas 308 homicídios em todo 2017.

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Semana passada foi noticiado o adiamento da licitação pública para contratação de empresa a efetuar a manutenção da iluminação pública do município. O valor do contrato é de 14 milhões por 12 meses de serviço, ou seja,  1,16 milhões por mês. Considerando que a empresa contratada emergencialmente para fazer esse serviço o está realizando hoje a um custo de 330 mil reais por mês, o adiamento não é uma má noticia, ao menos para o bolso do contribuinte campista.

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Com o dinheiro que a Prefeitura está poupando, ao não poder fazer a licitação da iluminação pública, bem que poderia suplementar o serviço de manutenção das praças. A do Flamboyant (Caldas Viana e Oswaldo Tavares) está largada. Ou talvez comprar asfalto para cobrir o buracão que se encontra na interseção das ruas Caldas Viana e Cardoso Moreira, no parque Turf Clube, e que já tem mais de três meses de existência.

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Os contornos da Avenida Arthur Bernardes, entre a 28 de Março e a Uenf, tem um corredor de vegetação silvestre, preservado talvez pela estagnação imobiliária, que funciona como uma área verde involuntária, e que limpa os olhos de quem passa pelo trajeto de carro, bicicleta ou ao fazer corrida. Nos faz  esquecer, por alguns minutos, da feiura urbana, da falta de árvores nas calçadas e fundamentalmente, da ausência de um parque municipal. Infelizmente, aos poucos, essa área verde está sendo eliminada, para dar passo ao progresso.

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Terminemos esta coluna com uma boa notícia. O Teatro de Bolso está mais vivo do que nunca, com uma programação que fomenta e difunde os talentos da dramaturgia campista. Nas últimas semanas vem comemorando seus 50 anos com uma vasta programação, a qual pode ser conferida na sua página de Facebook, aqui. Eis ai um bom exemplo de como a administração municipal pode e deve agir em matéria cultural: oferecendo o espaço e a oportunidade para aqueles que queiram mostrar sua arte, sem subsídios ou contratações suspeitas. O sucesso de cada espetáculo deve depender do talento e do entusiasmo de seus criadores, e da preferência do público. O Teatro de Bolso da a eles a chance de se mostrarem. Você pode não gostar de teatro, mas passar pela Beira Rio e ver o TB todo iluminado e com seu hall lotado de jovens, à espera da função, é sempre uma cena bonita de assistir.

 

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