Para quem acompanha futebol, é normal notar seu efeito trágico sobre os homens. Trágico no sentido dado pelos gregos antigos, não de se fazer tragédia. E, numa Copa do Mundo, o efeito se acentua quando impresso nos jogadores, em resumo de uma nação.
Quem assistiu ao Mundial de 94, nos EUA, como não lembrar do choro de rogozijo do atacante Rashidi Yekini (1963/2012), envolto nas redes da Bulgária, após marcar o primeiro gol da Nigéria na história das Copas?
No mesmo Mundial, embora a maioria lembre o pênalti decisivo perdido pelo atacante Roberto Baggio na final, que deu o título ao Brasil sobre a Itália, como esquecer o imerecido pranto de desconsolo do zagueiro Franco Baresi, caído de joelhos após desperdiçar a sua cobrança?
Nessa balança tênue entre o céu e o inferno, foi o mesmo drama estampado agora há pouco na face do craque egípcio Mohamed Salah, após ser obrigado a presenciar do banco o gol do zagueiro uruguaio José Gimenez, que definiu o placar aos 43 minutos do segundo tempo. Sem seu grande nome, o Egito marcou sob pressão nos dois tempos e claramente jogava pelo empate.
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Vindo de uma contusão no ombro há apenas 20 dias, Salah foi poupado para o jogo decisivo do Egito contra a Rússia, que ontem (14) goleou a Arábia Saudita por 5 a 0. Curado ou não, Salah deve entrar em campo na próxima terça, dia 19. E, se não for o suficiente para garantir sua presença na próxima fase, azar o da Copa.
Em que pese a simpatia natural pelos donos da casa, quem gosta de futebol torce para que Egito e Uruguai se classifiquem no Grupo A às oitavas de de final. Na dúvida, confira abaixo alguns lances do melhor jogador da liga inglesa na última temporada e maior craque do Magreb (a África do Norte dos islâmicos) de todos os tempos: