Silêncios reveladores de Bacellar, Carla e Clarissa, e a Saúde de Campos

 

 

Entrevista de Wladimir (I)

Desde domingo (31), quando a Folha publicou (aqui) entrevista com o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), uma mensagem rodou os grupos de WhatsApp ligadas aos Garotinho: “Na matéria Wlad não fez nenhuma crítica a Gil e Rodrigo, apenas disse que eles precisam deixar claro (sic) suas posições em relação à (sic) Rafael”. O erro de português importa menos. Poeta, Ferreira Gullar dizia: “a crase não foi feita para humilhar ninguém”. Mas quando um político cobra publicamente a posição política de dois políticos, isso só pode ser desconsiderado como crítica por quem ignora o conceito de crítica. É deficiência cognitiva, não só de acentuação.

 

Entrevista de Wladimir (II)

Extraída da entrevista com o deputado, a manchete de capa de domingo foi “Wladimir evita 2020 mas critica Rafael, Bacellar e Gil Vianna”. A mensagem anônima de WhatsApp a considerou “um título pra apimentar e jogar os caras contra Wlad”. Se a edição tivesse dolo de “apimentar”, a manchete de capa poderia ser: “Meu pai e minha mãe não terão papel nenhum em meu governo”. Foi o que o entrevistado soltou quando repetida a pergunta sobre o papel que Anthony e Rosinha Garotinho teriam (ou voltariam a ter) no governo de Campos, caso o filho vencesse a eleição de 2020. Mas não foi usada nem nas manchetes das duas páginas internas.

 

Entrevista de Wladimir (III)

Em resposta às críticas de Wladimir, o deputado estadual Gil Vianna (PSL) ontem disse (aqui): “O pai e a mãe dele acabaram com a cidade, quando fizeram a ‘venda do futuro’. E se ele for eleito prefeito, vai fazer o mesmo”. Por sua vez, o também deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) preferiu “manter o silêncio”. Assim como a prefeita de SJB, Carla Machado (PP), e a deputada federal Clarissa Garotinho (Pros), também citadas na entrevista. Silêncios ensurdecedores: Rodrigo não quer queimar os barcos com “Wlad”, Carla não descarta ser condenada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Clarissa ainda se ressente da votação superior do irmão.

 

Articulação

Como anunciado no último dia 24 de março pela Folha, o médico e ex-vereador Dante Pinto Lucas será o novo diretor do Hospital Geral de Guarus (HGG). Ele coloca como principal desafio do secretário de Saúde Abdu Neme a articulação entre a rede pública e as unidades contratualizadas. Dante, que também já dirigiu o Hospital Ferreira Machado (HFM) e foi vice-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), declara que alguns pacientes atendidos nos superlotados HGG e HFM podem ser levados para leitos ociosos nos hospitais Plantadores de Cana, Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Misericórdia e Alvaro Alvim.

 

Estabilização

Outro grave problema na Saúde de Campos apontado por Dante é a falta de triagem nos atendimentos de emergência, que acabam sobrecarregando o HFM e HGG. O diagnóstico do médico aponta que as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs, ex-UBS) precisam ter condições para estabilizar os pacientes antes de uma eventual transferência. Para isso, ele diz que o município adquiriu respiradores, porém, os equipamentos vão com os pacientes transportados para unidades centrais e acabam tirando a capacidade das UPHs. “Se continuar como está, seriam precisos de mais três HGGs”, relata.

 

São José

No último domingo, o prefeito Rafael Diniz (PPS) postou um vídeo nas redes sociais ao lado de Abdu Neme fazendo uma avaliação dos primeiros dias de ações do novo secretário, que assumiu a pasta no dia 23 de março. Abdu afirmou que existe uma agenda para a inauguração do Hospital São José, na Baixada Campista. “Os equipamentos já estão todos alocados para poderem ser redimensionados na unidade. Estamos só aguardando a finalização da questão do laboratório”, disse Neme, que completou falando do desafio de zerar a fila para atendimento no município.

 

Subsecretaria

Rafael também chamou a atenção no vídeo para a importância dos servidores da Saúde e parabenizou Abdu pelo início de trabalho. “Mais do que isso, nesse momento em que a gente se aproxima ainda mais da população, mas também de todos os servidores da Saúde que são fundamentais nesse processo”. Aliás, o prefeito publicou no Diário Oficial de ontem a nomeação de Fabiana Catalani para a subsecretaria de Saúde. A médica será a número dois da pasta depois de comandar a secretaria desde o início da gestão Diniz até ser substituída por Abdu Neme.

 

Com Aldir Sales

 

Publicado hoje (02) na Folha da Manhã

 

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Este post tem um comentário

  1. cesar peixoto

    Eu não acredito com o novo secretário de saúde vai ter melhora na saúde de Campos, eu faço um apelo para a folha da manhã que é um jornal conceituado na nossa cidade faça uma filmagem no hospital de Travessão na próxima segunda-feira na parte da manhã para ver como está a situação da saúde nesse Distrito

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