Acossado por seus próprios erros, como a desastrada suspensão (aqui) do reajuste salarial de 4,18% ao servidor, e agora por uma blitzkrieg (aqui) de pré-candidatos de oposição a prefeito de Campos em 2020, o governo Rafael Diniz (PPS) finalmente publicou hoje em Diário Oficial (DO) a nomeação do seu novo secretário de Agricultura. Assume oficialmente a pasta o técnico em agropecuária Robson Correa Vieira, o Robinho. Servidor concursado desde 1999, foi uma indicação política do deputado estadual João Peixoto (DC), para selar o apoio deste à reeleição de Rafael.
Além da nomeação de Robinho e da exoneração de Nildo Cardoso (DEM) do cargo, para manter o ex-vereador no governo, também foi publicado hoje no DO a criação da superintendência municipal de Abastecimento. Nela, Nildo passa a responder à secratraria de Desenvolvimento Econômico. E se dedicará na nova superintedência ao seu projeto pessoal, de grande importância aos produtores rurais de Campos e região: reativar a antiga Ceasa.
Nenhum dos fatos oficializados hoje em DO é novidade. Em 5 de maio, a coluna Ponto Final anunciou (aqui) que João Peixoto havia fechado aliança com Rafael para 2020, que provocou as mudanças administrativas de 2019. No dia 10, a coluna do empresário Murillo Dieguez anunciou (aqui) que Robinho seria o novo secretário de Agricultura e que Nildo se dedicaria ao projeto de reativação da Ceasa. E, no dia 16, as duas novidades foram confirmadas (aqui) novamente no Ponto Final.
Para uma gestão municipal que ultrapassou a metade do seu mandato com altos níveis de desaprovação, 2019 é considerado fundamental para correção de rumo, na tentativa da reeleição em 2020. Já no quinto mês do ano de véspera das urnas, demorar 30 dias na oficialização de mudanças para garantir apoio político, é tempo demais. E tempo é tudo que o governo Rafael não pode continuar a perder. A oposição dá reiteradas provas de que não vai mais perder o dela.