De um lado da avenida, a esquerda lacradora vende gato por lebre (aqui) com uma “índia” branca, pós-moderna e cosmopolita. Simulando choro no Baixo Augusta pelo “cocar do ‘meu povo’”. Até o cacique Raoni assumir seu lugar de fala em Salvador para (aqui) despir de qualquer fantasia o estelionato identitário. Que, na iluminação do neopentecostalismo do Leblon, pretendia censurar até o tradicional carnaval da periferia carioca do Cacique de Ramos.
Do outro lado, os tios e tias do WhatsApp. Que não cabem mais nas fantasias em que deitaram e rolaram em outros carnavais. Embora muitos, na surdina faladeira do resto do ano, insistam. Mas agora todos posers da moral, dos bons costumes e dos valores cristãos. Porque Bolsonaro foi retratado como palhaço pela Vigário Geral, ridicularizado nas suas “flexões de braço” pela São Clemente e questionado como “Messias de arma na mão”, pela Mangueira.
Acabou o carnaval. O difícil agora é arrancar a máscara da cara dessa gente.