
Pré-candidato à reeleição em 6 de outubro de 2026, daqui a 1 ano e meio, o presidente Lula (PT) segue em queda livre nas pesquisas. Foi o que mostrou ontem (confira aqui) a pesquisa AtlasIntel e, hoje, a nova pesquisa Quaest. Na qual Lula cresceu 7 pontos de desaprovação nos dois últimos meses: dos 49% de janeiro à maioria dos 56% dos brasileiros em março. Como caiu, no mesmo período, 6 pontos na aprovação: de 47% aos atuais 41%.

Desaprovado pela maioria da população nas regiões Sudeste (60%), Sul (64%) e Centro-Oeste/Norte (52%), a aprovação da gestão Lula3 teve queda acentuada até na região Nordeste. No tradicional reduto eleitoral petista, caiu 7 pontos de aprovação nos últimos dois meses: de 59% aos atuais 52% dos nordestinos. Enquanto os que desaprovam o Governo Federal, no mesmo período, cresceram 9 pontos na região: dos 37% de janeiro aos atuais 46%. Hoje, Lula tem só 6 pontos a mais de aprovação sobre a sua desaprovação no Nordeste.

Feita com 2.004 eleitores, com margem de erro de 2 pontos para mais ou menos, entre os dias 27 e 31 de março, a pesquisa Quaest foi a primeira realizada integralmente após o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar, no dia 26, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na condição de réu por tentativa de golpe de Estado. Mas não parece ter afetado sua popularidade. Entre os dois governos, 43% dos brasileiros consideram o de Bolsonaro melhor que o Lula3, que é melhor para 39%.

Apesar do empate técnico, no limite da margem de erro, na comparação direta entre os dois governos, é a primeira vez que o de Lula foi numericamente considerado pior que o de Bolsonaro. Isso, dentro da série histórica de sete pesquisas Quaest, desde junho de 2023.
De fato, o Lula3 ficou numericamente atrás não só de Bolsonaro, como dos dois primeiros governos Lula, entre 2003 e 2011. A maioria de 53% dos brasileiros, crescimento de 8 pontos desde os 45% de janeiro, considera a gestão atual pior que as do passado. Como despencou 12 pontos, nos últimos dois meses, os que consideram o terceiro governo melhor que os dois primeiros: de 32% dos eleitores aos apenas 20% atuais.
