Lula 2026 atrás no 2º turno de Bolsonaro, Tarcísio e Marçal

 

Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Pablo Marçal (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Bolsonaro no STF não é “Lula 2026”

Em qualquer texto de noticiário ou opinião sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), virou comum que lulopetistas comentem nas redes sociais com a torcida “Lula 2026” ou “Lula Tetra”. Mesmo que nenhuma pesquisa indique, até aqui, nenhuma relação de uma coisa com a outra.

 

Bala de prata ou festim?

Ontem, foi divulgada a nova pesquisa AtlasIntel. Com 4.659 eleitores entre os dias 20 e 24 de março, foi feita antes de Bolsonaro e outros sete acusados serem considerados réus pelo STF no dia 26. Ainda assim, não trouxe resultados animadores a quem supõe que a eventual condenação e prisão do ex-presidente seria uma bala de prata à reeleição de Lula em 2026.

 

Bolsonaro à frente de Lula

Condenado por inelegibilidade desde 2023, Bolsonaro lidera em março de 2025 a presidente. À pergunta “Se as eleições presidenciais fossem acontecer neste próximo domingo e se os candidatos fossem os mesmos de 2022, inclusive Lula e Bolsonaro, em quem você votaria?”, o ex-presidente teve 45,6% de intenções de voto na AtlasIntel, contra 40,6% do atual.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Governo segue em queda de aprovação

Por sua vez, ao contrário de Bolsonaro, Lula segue em tendência de queda de popularidade. Entre fevereiro e março na série AtlasIntel, a maioria que desaprova seu governo oscilou para cima: de 53% a 53,6%. E para baixo na aprovação: dos 45,7% de fevereiro aos 44,9% de março.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

É a inflação, estúpido!

Não é preciso pesquisa para saber o principal motivo da erosão popular do governo Lula. Mas a AtlasIntel confirmou o que todos descobrem ao fazer compra. Perguntados se “A inflação e o aumento dos preços são uma grande preocupação para você no momento?”, 86,6% dos eleitores responderam que sim, contra apenas 13,4% que disseram não.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Entre elegíveis, Lula à frente no 1º turno

Entre os pré-candidatos hoje elegíveis em 2026, Lula ainda lidera ao 1º turno presidencial. Onde tem 41,7% de intenção, seguido de Tarcísio de Freitas (REP), com 33,9%. Ainda que o governador de São Paulo não tenha lançado sua pré-candidatura a presidente. E nem deva fazê-lo este ano, para preservar sua aliança com Bolsonaro.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Atrás de Bolsonaro, Tarcísio e Marçal no 2º turno

A situação é mais delicada quanto ao hoje provável 2º turno presidencial de 2026. No qual Lula ficou atrás de Bolsonaro (46% a 48%), de Tarcísio (46% a 47%) e até de Pablo Marçal (46% a 51%). Contra os dois primeiros, o petista ainda ficaria no empate técnico. Mas, hoje, perderia o 2º turno para Marçal fora da margem de erro da AtlasIntel, de 1 ponto para mais ou menos.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Alta confiabilidade

“Com alta confiabilidade e testada em diferentes países, essa medição inovadora da AtlasIntel coleta o humor do eleitorado através de técnicas estatísticas sofisticadíssimas, com tecnologia de ponta e baseada em big data. E aferiu 53,6% de desaprovação ao Lula 3”, observou William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.

 

“Brasil de Lula preso no passado”

Jornalista alemão de linha editorial progressista, Philipp Lichterbeck é especializado em América Latina e residente na cidade do Rio de Janeiro. No dia 26, ele publicou (confira aqui) um artigo de análise no conceituado site DW Brasil. Que, para explicar o presente, intitulou “Brasil de Lula está preso no passado”.

 

Como Joe Biden nos EUA?

Antes de a pesquisa AtlasIntel divulgada ontem projetar no hoje as urnas presidenciais de 2026, o alemão meio que a resumiu em seu texto. Que concluiu: “Se Lula não mudar de rumo rapidamente, abrirá o caminho, assim como Joe Biden fez por teimosia geracional nos EUA, para um bolsonarista como Tarcísio de Freitas chegar ao Palácio do Planalto no próximo ano”.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Missa de 10 anos de Antônio Roberto Kapi às 19h desta 4ª

 

Antônio Roberto de Góis Cavalcanti, o Kapi (Foto: César Ferreira)

 

Às 19h desta quarta (02) será celebrada a missa de 10 anos de morte de um dos maiores artistas que Campos produziu: o diretor teatral e poeta Antônio Roberto de Góis Cavalcanti, o Kapi. Será na Capela de Nossa Senhora das Graças, na rua Olímpia Rosa Freitas, nº 7, no Parque Barão do Rio Branco, próximo ao Guarus Plaza Shopping.

 

 

Ato antirracista nesta quinta contra veto do prefeito

 

(Foto: Divulgação)

Às 17h desta quinta (03) está marcado o ato “Juventude por uma Educação Antirracista” na Praça do Liceu, tanto na Câmara Municipal de Campos, quanto na sede da OAB-Campos. O objetivo é protestar contra o veto do governo Wladimir Garotinho (PP) à Lei Municipal 9.490, de 25 de abril de 2024. Que é relativa ao projeto “Por uma Infância sem Racismo” às escolas municipais, de autoria do vereador governista Abdu Neme (PL).

O ato desta quinta foi também motivado pelo repúdio aos ataques racistas do advogado José Francisco Barbosa Abud (confira aqui, aqui, aquiaqui, aqui e aqui) contra a juíza Helenice Rangel Gonzaga Martins, titular da 3ª Vara Cível de Campos. O caso ganhou repercussão nacional no dia 20. Só dois dias depois do veto do prefeito a um projeto de um vereador da sua base ser mantido (confira aqui) na sessão da Câmara Municipal do dia 18.

O prefeito questionou a associação do seu veto com o caso da juíza, que tem sido feito nas redes sociais. E reafirmou o motivo orçamentário da sua decisão:

— O veto foi feito porque não existe previsão orçamentária e nem estudo de impacto financeiro, como manda a lei orgânica do município. Colocar-me no mesmo patamar de um ato racista contra a magistrada não é correto —  contestou Wladimir.

Em 15 de maio de 2024, o veto ao projeto tinha sido publicado em Diário Oficial. Com a justificativa: “A promoção de rotinas de atendimento específicas para famílias indígenas e negras no âmbito do Poder Público Municipal pode gerar segmentação e discriminação positiva(…) A execução da campanha proposta demandaria recursos significativos, os quais não foram devidamente previstos na legislação, podendo comprometer o equilíbrio financeiro do município”.

A concentração e confecção de cartazes ao ato antirracista às 17h desta quinta, contra o veto do prefeito, está marcada para às 15h, no prédio do novo prédio da UFF-Campos.