Moraes divide o Brasil: 46% querem seu impeachment, 43% não

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Não é novidade que a condução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes divide o Brasil. Essa divisão foi expressa em números pela pesquisa Quaest de agosto: 46% dos brasileiros são favoráveis ao impeachment de Moraes, o que só pode ser feito no Senado, com 43% contra e 11% que não opinaram. Na margem de erro de 2 pontos para mais ou menos, é um empate técnico.

Com números não tão próximos, a divisão também se dá sobre a aplicação da Lei Magnitsky, criada nos EUA para sancionar financeiramente acusados de crimes contra direitos humanos em outros países, sobre Moraes por sua ação no julgamento da tentativa de golpe de Estado no Brasil entre 2022 e 8 de janeiro de 2023. Para 49% dos brasileiros, a Magnitsky sobre o ministro do STF é injusta. Ela é justa a 39%, 10 pontos a menos, enquanto 12% não opinaram.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Entre os quatro institutos de pesquisa do Brasil que mais acertaram (confira aqui) a votação de Lula (PT) e Bolsonaro no 2º turno presidencial de 2022, a Quaest ouviu 2.004 eleitores, entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos para mais ou menos. E divulgou sua consulta em quatro partes: aprovação de governo (confira aqui) no dia 20, eleitoral (confira aqui) no dia 21 e sobre Bolsonaro no STF (confira aqui)  no dia 25 e sobre Moraes no dia 26.

William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE

— A Quaest de agosto apurou que 49% dos brasileiros consideram injusta a aplicação da lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, enquanto 39% consideram a punição como justa. Já no caso do impeachment do ministro do STF, a divisão é maior, registrando empate técnico: 46% dos brasileiros querem a saída do ministro da Corte e 43% são contra. Os brasileiros do Nordeste, com até 5 salários-mínimos de renda familiar e que votaram em Lula no 2º turno presidencial de 2022, são os mais favoráveis a Moraes — detalhou William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.

 

fb-share-icon0
Tweet 20
Pin Share20

Deixe um comentário