Hudisson dos Santos, caminhoneiro de 39 anos, é 1º morto da Covid-19 em Campos

 

Hudisson e o caminhão que dirigia para dar estabilidade à sua família (Foto: Arquivo Pessoal)

 

 

Hudisson Pinto dos Santos, morto pela Covid-19 aos 39 anos, casado e pai de dois filhos pequenos

Acabou de falecer o caminhoneiro Hudisson Pinto dos Santos, morador da Penha de 39 anos, na UTI do Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (CCC) em Campos. Da sua lida nas estradas, ele chegou de São Paulo na quarta (1º) da semana passada. Começou a apresentar sintomas e buscou a UPH do São José no sábado (04). No mesmo dia, fez uma tomografia do Hospital Geral de Guarus (HGG), de onde foi transferido ao CCC, instalado no prédio novo da Beneficência Portuguesa, indo direto à UTI. Na segunda-feira (06) fez o teste rápido, que deu positivo para Covid-19, mas até hoje sem confirmação oficial pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen). Na mesma segunda foi entubado, mas não resistiu e faleceu na tarde de hoje. Era casado e pai de dois filhos pequenos. A única comorbidade informada é a de que era obeso.

Segundo relatos de amigos, Hudisson era uma pessoa quieta e reservada, que vivia para a família e o trabalho. Era muito querido no bairro da Penha, onde residia, não fumava, não bebia e sua obesidade não passava de um excesso de peso, como se pode constatar por suas fotos. Ele trabalhou por cerca de 4 anos como taxista em Campos, até conseguir o emprego como caminhoneiro em uma transportadora de Vitória (ES). Fez a opção para ter carteira de trabalho assinada e benefícios, buscando dar mais segurança à sua família. Na última quinta, ainda sem divulgar seu nome, este Opiniões foi o primeiro a noticiar (confira aqui) a gravidade do seu caso e sua internação na UTI do CCC.

O blog falou no início da noite com Ivaneide, viúva de Hudisson. Ela informou que os dois eram evangélicos e frequentavam a Igreja Batista do Parque Bela Vista. Em isolamento obrigatório, não soube passar informações do velório e do enterro do marido, que estão sendo organizados pela família. Muito abalada, Ivaneide só conseguiu afirmar com a voz embargada, em meio ao choro: “Ele era um homem muito bom!”

 

Atualizado às 19h22 para atualizar com as fotos de Hudisson e o depoimento da sua viúva.

 

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Este post tem um comentário

  1. Lídia

    Ele recebeu a hidroxicloroquina? Provavelmente não, não é? Lamentável que pessoas morram podendo ficar vivas , por conta desse nojo que é a política!

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