No fim da noite de ontem, busquei como de hábito, mas não encontrei a análise do jornalista Ricardo André Vasconcelos, blogueiro que considero o de maior conceito no horizonte virtual da planície, sobre o quadro político de Campos após a confirmação do afastamento de Rosinha, por unanimidade, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como eu, Ricardo não acompanhou o julgamento em tempo real, deixando para fazer sua avaliação (aqui) no início da madrugada, alguns minutos após a publicação da minha, no post abaixo.
Ao conferir somente hoje o texto do experiente jornalista, tenho algumas discordâncias que gostaria de respeitosamente explicitar, em nome do debate. Em primeiro lugar, a julgar pelo que o próprio prefeito Nelson Nahim (PR) adiantou em entrevista a este blog (aqui), republicada na edição impressa da Folha do último domingo, seu deadline para montar um governo com equipe própria não é a decisão de ontem do TSE, mas quando (e se) o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcar eleições complementares à Prefeitura.
Como a entrevista foi extensa, cabe o destaque:
“Folha – Qual é o seu deadline entre o prefeito interino de Rosinha e alguém disposto realmente a fazer um governo com cara própria? Seria o julgamento dela no TSE, adiado para semana que vem?
Nahim – Muitas coisas eu fiz porque precisam de ações imediatas. Algumas coisas, a longo prazo, eu prefiro aguardar essa decisão (…)
Folha – Mas não há um prazo?
Nahim – Sinceramente, não. Muito se fala no julgamento do recurso de Rosinha. Mesmo que Rosinha não volte, ainda há o julgamento do mérito.
Folha – E se uma nova eleição for marcada?
Nahim – Aí, sim”.
Lógico que as críticas feitas pelo próprio Nahim, na mesma entrevista, sobretudo na área de Saúde, apontam quais seriam as primeiras mudanças no estafe herdado de Rosinha, mas não custa lembrar que o mesmo Nahim, ouvido ontem, pela jornalista da Folha Jane Rangel, após o julgamento do TSE, confirmou que, pelo menos por ora, ele não pensa em mudar nomes na equipe. Além da edição impressa de hoje da Folha, isso foi ressaltado ainda ontem nos blogs dos jornalistas Alexandre Bastos (aqui) e Suzy Monteiro (aqui).
Conclusão: o governo Nahim, composto por nomes da sua escolha, pode ainda demorar um pouco para realmente começar.
O segundo porém à análise do Ricardo não se trata nem de uma discordância, mas de uma dúvida, já exposta entre as seis perguntas capitais a Campos que considero abertas pela definição momentânea de Brasília, expostas no post abaixo: “Quantos dos nove vereadores de Rosinha permanecerão dispostos a votar pela assunção de Edson Batista (PR) na Câmara? Quantos demonstrarão a mesma fidelidade aos Garotinho, cada vez mais longe do poder, pela qual o suplente de Nelson Nahim (PR) é tão conhecido?”.
Em relação à polêmica assunção de Edson, que tem emperrado pelo menos as últimas cinco sessões da Câmara, o blog se sente muito à vontade para levantar a dúvida, pois foi o primeiro a noticiar a reunião entre o presidente em exercício Rogério Matoso (PPS) e o líder governista Jorge Magal (PMDB), na tarde de quarta, quando ficou acertado que a questão seria finalmente levada a plenário na sesão da próxima terça, dia 24. Confira aqui.
Por fim, concordo em gênero, número e grau com as duas últimas considerações de Ricardo:
1 – “Rosinha ainda ainda tenta reverter a cassação, mas depois da sessão desta quinta-feira, suas chances são mínimas”.
Quem conhece um pouquinho o “espírito” do little boy, sabe muito bem que desconfia de todos e confia, hoje principalmente, só nós membros de sua clâ.
Assim, veremos um racha daqueles lá pelas bandas dos OLIVEIRAS.
Contudo, Nahim, que não é bobo de ninguém, se preparará para a guerra que virá logologo.
Assim, podemos ter uma mudança de lado a lado. Podendo, o que se diz aliado hoje poderá ser o desafeto de amanhã.
Esperemos para conferir depois.
Aluysio,
Grato pelas palavras generosas.
Acredito que o prefeito interino é o maior beneficiário no atual cenário político local. Com a caneta mágica nas mãos não será difícil “convencer” a maioria dos vereadores a renovar-lhe o mandato de presidente da Câmara e mantendo-o prefeito interino. Em outro cenário, a eleição suplementar, não falta a Nahim jogo de cintura para ser escolhido candidato pelo seu grupo que, como se imagina, prefere outro (Edson Batista).
Um abraço
Ricardo André
Os nossos ilustres vereadores pensam mais neles do que no povo, sendo assim eu acho que Naim se quiser continuar sendo prefeito vai ter que ficar refém deles. E o resultado disso vai ser a máquina da prefeitura inchada, porque os vereadores vão querer colocar seus cabos eleitorais lá para poder garantir um votinho nas próximas eleições, e obras superfaturadas para eles poderem fazer caixa, enfim vamos ter tudo que acontecia antes de volta.
ao jornalista aluysio,
desculpe fazer neste blog a mesma estranhesa, como leitor assíduo, que fiz no ponto de vista, de cristiano. Achei injusto o crédito de muitos blogs que falaram do recurso e das mudanças de Nahim daqui prá frente (iniciadas na entrevista muito boa aqui neste blog pelo prefeito Nahim), sem falar no que também disse Belido no blog dele. Os assuntos são os mesmos e a análise dele bate com as mudanças, mas só o dele não foi citado???
leio quase todos os dias os blogs da folha da manhã, do estou procurando o que fazer, do ricardo andre, do belido, do roberto morais…e achei que devia dizer da discriminação deste blob..desculpe!!!
PAULO RENATO TREVISANO