Antes de iniciar a entrevista com Nelson Nahim (PR), na manhã da última sexta, seguinte à decisão do TSE da noite anterior (divulgada aqui, em primeira mão, pelo blog do Marcelo Bessa Cabral), que pode determinar a eleição suplementar à Prefeitura de Campos por via indireta, fiz um desabafo com o prefeito interino e seu secretário de Comunicação, Mauro Silva, que o acompanhava: Se isso se confirmar, será o terceiro aborto jurídico cometido com Campos, fechando o ciclo, ironicamente, na terceira instância da Justiça Eleitoral.
Em jurisdição local, o primeiro aborto foi a cassação de Carlos Alberto Campista da Prefeitura, por decisão da juíza Denise Appolinária, em 13 de julho de 2005. Condenado com base no testemunho de um cabo eleitoral de Pudim, Campista fazia um governo probo, austero, de aparente ruptura com as bases populistas sedimentadas por Garotinho desde 1989 e todos seus demais sucessores. Depois disso, talvez como paga por ter fechado as torneiras da administração por meros seis meses, o ex-prefeito passou a habitar numa espécie de limbo político.
O segundo aborto, já na instância seguinte, foi a absolvição de Anthony e Rosinha Garotinho, em 10 de novembro daquele mesmo 2005. Condenado a três anos de inelegibilidade, por toda a sorte de utilização da administração estadual e a apreensão de R$ 318,2 mil dentro da sede do PMDB, durante a eleição de 2004, na mesma sentença que cassou Campista, o casal acabou absolvido pelo voto de minerva do então presidente do TRE, Marlan de Moares Marinho. Coincidentemente, seu irmão seria pouco depois nomeado ao Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro pela governadora Rosinha.
Embora a decisão da última quinta no TSE, instância máxima da Justiça Eleitoral, obedeça a um princípio mais lógico e insuspeito, resguardar as urnas eletrônicas pelo tempo estabelecido em lei para possibilidade de recontagem, caso a eleição suplementar se confirme pela via indireta, posto que em 2011 já se terá entrado no terceiro ano de mandato, o resultado prático, no entanto, será o mesmo: mais um aborto praticado no útero cansado de uma cidade, corpo coletivo para o qual a democracia foi criada e cujo feto insepulto jazirá novamente em plena Praça São Salvador. E o odor penetrará às narinas de todos nós.
Oxalá não tenhamos nos acostumado com o cheiro…
Volto a comentar: “DECIDIR POR UM UNIVERSO DE MAIS DE 259 MIL ELEITORES O DESTINO DE CAMPOS NA CÂMARA MUNICIPAL É UM DESATINO”,será que o TRIBUNAL ELEITORAL não sabe que é muito fácil um grupo com dinheiro à rodo compra at´e quem não tem preço? Não acuso nenhum VEREADOR em particular,seria leviano,mas será entre 17 podemos confiar em todos numa cidade onde os ROYALTIES são BILIONÁRIOS? Até gente de fora pode vir se candidatar e abusar do poder econÔmico sem aparecer.Temerário é.Uma eleição tradicional é mais limpa e honesta para cerca de 500 mil habitantes.Disseram que Nélson Nahin leva vantagem pois 9 dos 17 estão com ele ,mas 1 pode mudar tudo,e ele perder,não confio em ninguém nesse assunto,TODOS os CANDIDATOS,seja ARNALDO<ZEZÈ<ODETE,MATTOSO,etc…correm o mesmo risco,dinheiro na mão é vendaval! E um "prefeito laranja" aparecer?Não pode?Quantos deputados do RIO "compraram candidatos daqui e cabos eleitorais" ? QUERO ESCOLHER O MEU PREFEITO!!!!
ORA SE “O PODER EMANA DO POVO E POR E POR ELE É EXERCIDO ATRAVÉS DE SEUS REPRESENTANTES ELEITOS OU DIRETAMENTE”.O POVO É SOBERANO E A ELE PERTENCE TODO O PODER.QUERO EXERCER O MEU DIREITO DE ESCOLHER O MEU PREFEITO E NÃO PASSAR POR UMA MARIONETE DE 17 FIOS DE NYLON EM UM ESPETÁCULO,ONDE A PLATÉIA ASSISTE AMORDASSADA.SEM QUERER OFENDER NINGUÉM,NEM TAMPOUCO NENHUM DOS DEZERSSETE VEREADORES.MAS DEIXO AQUI UM ALERTA HOJE,ESCOLHEM NOSSO PREFEITO AMANHA ESCOLHERÃO O QUE?O VOTO É MEU E QUERO VOTAR EM QUEM EU QUISER!QUERO DEMOCRACIA!E QUE PREVALEÇA A CONSTITUIÇÃO.QUE DEUS ESTEJA CONOSCO.