Com a ressalva devida de que este blogueiro, chegado de viagem no final da noite de ontem, não assitiu ao debate promovido pela Record com os cinco prefeitáveis de Campos, o pedido de licença é devido para a reprodução abaixo da leitura que dele fizeram os olhos sempre atentos e, até por questão de idade, menos cansados dos blogueiros Alexandre Bastos (aqui) e Gustavo Matheus (aqui)…
Balanço do debate na Record
Por Alexandre Bastos
O debate da TV Record, realizado na noite de ontem (01), não acrescentou muito ao eleitor campista. A oposição repetiu as mesmas queixas sobre os mesmos temas e a prefeita Rosinha Garotinho (PR) rebateu as críticas com os mesmos argumentos. Além disso, assim como ocorreu no debate do IFF, o candidato José Geraldo (PRP) se destacou pela boa dicção, firmeza e conhecimento de causa sobre as mais variadas áreas. Abaixo, faço uma breve análise sobre o desempenho de cada candidato:
Arnaldo Vianna (PDT) — O ex-prefeito, que na eleição de 2008 não foi nada bem nos debates, melhorou um pouco nesta eleição. Porém, no meu ponto de vista, não foi o suficiente para agradar a grande maioria dos espectadores. Faltou firmeza tanto na apresentação das suas propostas como nas críticas ao atual governo. Travou uma espécie de duelo com o mediador por conta do relógio. No entanto, em muitas respostas, desperdiçou tempo.
Erik Schunk (PSOL) — Entrou no debate com a missão de se colocar como oposição aos governos municipal, estadual e federal. Escolheu a Saúde e a indefinição jurídica como seus principais ganchos. Tendo em vista a proposta inicial, creio que ele cumpriu a sua missão. Para os eleitores mais radicais, Schunk causa mais impacto do que José Geraldo. Isso porque o segundo foca muito as suas críticas no atual governo e fala pouco sobre as gestões anteriores. Pelo lado negativo, faltou um pouco de desenvoltura.
José Geraldo (PRP) — Como já ocorreu nas entrevistas da InterTV e no debate do IFF, o candidato do PRP mostrou que conhece os problemas da cidade apresentou propostas. Tirando um exagero aqui e outro ali, ele foi muito bem. Tranquilo, irônico na dose certa e firme. Sua performance lembrou a presença no Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) na eleição presidencial de 2010. Mesmo com 1% nas pesquisas, roubou a cena.
Makhoul Moussallem (PT) — Logo após o debate o comentário nas redes sociais era sobre o fraco desempenho de Makhoul. Nervoso, travado e com dificuldade para completar os raciocínios, o médico não foi bem. No meu ponto de vista, o grande problema foi o fato do candidato estar muito ensaiado, seguindo uma espécie de roteiro. E foi exatamente esse roteiro que atrapalhou o candidato. Preso aos papéis, ele não conseguiu se soltar para perguntar e responder com tranquilidade.
Rosinha Garotinho (PR) — Quem acompanha a trajetória da prefeita Rosinha sabe que ela raramente desliza em entrevistas e debates. Dessa vez, ela se atrapalhou um pouco no início do debate. Depois, colocou o carro novamente na pista e voltou a guiar com tranquilidade. Usou o tempo para defender o seu governo e apresentar propostas. É importante ressaltar que, em outras cidades, muitos candidatos que estão disparados nas pesquisas optaram por não ir aos debates. Então, a prefeita já merece destaque por ter participado.
Os três patetas
Por Gustavo Matheus
Tosses, pigarros e o grande astro do debate, o relógio. Nessa roda de amigos, onde entre diversos afagos, e pouquíssimos confrontos, somente dois dos cinco candidatos se mostraram prontos para responder e perguntar sem a clássica frase pronta, que como sempre ainda segue vazia.
O candidato Arnaldo Vianna manteve o retrospecto ruim que sempre o acompanhou em debates. Não disse nada, e sem nenhuma agressividade, até mesmo vivacidade, parecia estar embriagado em sono.
A candidata rosinha por sua vez, utilizou do mesmo macete chulo que muitos outros sustentam. Utilizando constantemente as mesmas palavras, esquivava das perguntas, com os mesmos dizeres sem fala. “ Avançar, Melhorar ainda mais, para você que tá em casa”. Mais que isso, a prefeita assassinou o plural por diversas vezes. Sem responder sequer uma pergunta.
O médico sanitarista Erik Shunk, está, a meu ver, entre os dois que buscaram um verdadeiro debate. Questionou a candidata a reeleição diversas vezes, assim como o fez com Arnaldo Vianna e Makhoul, que pareciam se conhecer em uma mesa de bar, trocando carícias e desinformações.
José Geraldo foi sem dúvidas, o destaque positivo. Mostrou vontade, gana, e acima de tudo preparo ao falar, se revelando o único orador em questão. Pisando com veemência no gogó da prefeita, expondo-a ao vazio intelectual que a mesma possui, ele não deu descanso para ninguém. Demonstrando querer divulgar seus planos de governo, e a fraca governabilidade atual, foi ele o único a requerer o tempo perdido pelo louco relógio da TV Record.
E por fim, a parte cômica do debate, se assim podemos nomeá-lo. Makhoul Moussalem, foi ele o dono de uma das piores apresentações públicas de um prefeitável já vista por esses meus olhos. Ficou claro o nervosismo dele, pigarreando, tossindo, e não falando absolutamente nada que fizesse o mínimo de sentido. Foi digna de pena, a atuação do segundo colocado na ultima pesquisa Precisão. Não sei depois desta ridícula aparição, se essa colocação seguirá assegurada.
No fim, vimos coisas incríveis, como Arnaldo soltando coraçãozinho para câmera, garotinho caminhando em direção a rosinha para lhe proferir um sonoro esporro, “Arthur Bernardes sua anta!!”, retirando seu fantoche rosa da bancada. Makhoul trocando as pilhas do ponto tarde demais, e muitos outros pífios fatos.
Para que debates se nada acrescentam ,só se sai bem quem é atriz
Voto em Makhoul, mas ele estava muito travado como se tivesse que seguir um script, parecia perdido, gripado e nervoso. Talvez se deixassem ele “solto” se sairia melhor.
A grande surpresa foi o José Geraldo que convidou os telespectadores para irem amanhã aos hospitais HGG e Ferreira Machado para verem pacientes nos corredores, além da farmácia da prefeitura faltando remédios. Marcou ponto também quando disse que as casas construídas pela prefeitura são na verdade “morar infeliz” onde o esgoto corre a céu aberto, moradores desassistidos por terem sido construídas em locais sem a mínima infraestrutura e falta de segurança onde os moradores tem que subir o muro dado às milícias do tráfego no local. Falou também que a prefeita tinha prometido que em 2008 iria usar as cerâmicas e, no entanto a Odebretch usou somente pré-moldados na construção das casas. Este chegou a encurralar a prefeita em alguns momentos com um discurso contundente e coeso, mostrando que está por dentro de tudo que acontece na cidade.
Eric Shunk também marcou presença atirando contra as três esferas de governo, ressaltando que implantaria a Licitação Eletrônica para maior transparência. Afirmou com todas as letras que tem dois candidatos (Rosinha e Arnaldo) concorrendo com sérios problemas na justiça que podem até ganhar as eleições, mas correm o risco de sair antes da hora.
Arnaldo perdeu tempo brigando com o relógio, porém um pouco melhor que em 2008, apresentou um discurso gasto, sabendo-se que o mesmo ainda está inelegível.
Rosinha estava nervosa, esqueceu o nome de uma rua, mas no bloco seguinte lembrou. Tiraram o ponto dela neste debate daí garotinho fez falta para lhe soprar no ouvido as respostas. Foi mediana.
Geraldo conseguiu mais um minuto sendo o único candidato com três minutos na despedida.
Vamos aguardar o próximo debate no dia 4 na Inter TV para ver se Makhoul arruma uma testosterona para ter mais “punch” nas respostas.
Gente, perfeita a pontuação nos detalhes. Não sou petista, mas fiquei sabendo que o Makhoul saiu passando mal, da entrevista.
O NOSSO POVO TEM UMA CERTEZA, LUGAR DE MÉDICO É NO HOSPITAL OU NO CONSULTÓRIO. CAMPOS JÁ QUASE QUE “MORREU” NA MÃO DE DR. ARNALDO, DR. MOCAIBER E DEUS ME LIVRE DE MAIS UM DOUTOR. MÉDICO PREFEITO! TÔ FORA!!!NO MÁXIMO MINISTRO OU SECRETARIO DE SAÚDE! MÉDICOS ESTUDAM PARA CUIDAR OU TRATAR DA SAÚDE DO SER HUMANO E NÃO DE UMA CIDADE!!!
Ricardo tua memória é muito curta Garotinho só se elegeu tendo médicos como vice,a saber: Dr Adilsom Sarmete e Dr Arnaldo
Quem colocou o Hospital Ferreira Machado aonde está foi Dr Arnaldo,antes só tinha uma sala aonde funcionava um serviço precário de tuberculosos.Quem construiu o Hosp Geral de Guarus foi dr Arnaldo,só para citar as obras mais importantes.
Makhoul presta esclarecimentos acerca do debate na Record
Em respeito à população de Campos e à organização do debate promovido pela Rede Record na noite desta segunda-feira, gostaria de esclarecer que na tarde do dia 01, sofri uma forte crise de sinusite que achei que fosse me impedir de participar do debate. Como considero o debate de ideias talvez a coisa mais importante de uma campanha eleitoral me mediquei buscando me recuperar a tempo.
Melhorei da sinusite, mas o cansaço acumulado e alguma reação adversa ao medicamento me causaram uma crise hipertensiva que se agravou a partir do início do segundo bloco do debate, me deixando completamente atordoado, sem conseguir ouvir, pensar e nem falar direito.
Aqueles que me conhecem certamente notaram que havia algo errado.
Lamento a falta de condições físicas ideais para ter o desempenho que todos de mim esperavam. Agradeço a preocupação manifestada durante todo o dia de hoje e informo que já estou me sentindo bem, recuperado e bem disposto. Podem confiar que estou preparado para continuar a nossa luta e mostrar do que somos capazes no próximo debate e no dia da eleição.
Forte abraço e até a vitória!
O Makhoul passou mal, isso ficou claro na entrevista. E isso já foi confirmado por ele. Então, vamos dar mais um crédito para o próximo debate.
Do blog do Roberto Moraes
TSE, em decisão monocrática, nega recurso de Arnaldo
Em decisão monocrática, o ministro do TSE, Dias Tofolli negou recurso do candidato a prefeito, Arnaldo Vianna. Com a decisão os votos de Arnaldo Vianna no próximo domingo serão considerados nulos.
IMPUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA – REGISTRO DE CANDIDATURA – RRC – CANDIDATO – INELEGIBILIDADE – REJEIÇÃO DE CONTAS PÚBLICAS – VIDA PREGRESSA – CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE – PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS – CARGO – PREFEITO – PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR – PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO
Decido.
Não observo, na espécie, a presença dos requisitos para a concessão da tutela de urgência.
A pretensão do autor de participar de todos os atos da campanha eleitoral enquanto o seu registro estiver sub judice já está assegurada pelo art. 16-A da Lei nº 9.504/97 que assim dispõe:
Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.
Nesse sentido, colaciono o seguinte precedente deste Tribunal:
Recurso especial. Processo de Registro. Atribuição. Efeito suspensivo.
1. O art. 43 da Res.-TSE 22.717 estabelece que o candidato que tiver seu registro indeferido poderá recorrer da decisão por sua conta e risco e, enquanto estiver sub judice, prosseguir em sua campanha e ter seu nome mantido na urna eletrônica, ficando a validade de seus votos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.
2. Em face do que expressamente dispõe essa disposição regulamentar, torna-se desnecessária a atribuição de efeito suspensivo a recurso especial pretendido por candidato em processo de registro [Grifei].
Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgR-REspe nº 33519/PE, PSESS de 28.10.2008, Rel. Min. Arnaldo Versiani) (Grifei)
No que se refere à antecipação do provimento do recurso especial, a fim de que seu registro seja deferido e, por conseguinte, seja reconhecida a validade dos votos que lhe forem atribuídos para fins de proclamação do resultado, a providência possui natureza nitidamente satisfativa, o que é vedado em ação cautelar.
De todo modo, neste juízo de cognição sumária, não vislumbro a presença do fumus boni iuris.
A jurisprudência firmada no âmbito desta Corte é de que “as condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas a cada eleição. O reconhecimento ou não de determinada hipótese de inelegibilidade para uma eleição não configura coisa julgada para as próximas eleições (REspe nº 43342-43/AL, DJE de 15.9.2011, Rel. Min. Arnaldo Versiani).
Logo, mesmo que o Tribunal tenha assentado a inexistência de inelegibilidade em pleito passado, tal decisão não vincula a aferição das condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade para o pleito vindouro.
Demais disso, a análise de eventual direito à proclamação como eleito só teria lugar se o candidato efetivamente vier sagrar-se vitorioso nas urnas.
Ante o exposto, nego seguimento à ação cautelar, com base no art. 36, § 6º, do RITSE, prejudicada a análise do pedido de liminar.
Publique-se em sessão.
Brasília-DF, 02 de outubro de 2012.
Ministro Dias Toffoli, Relator.”
PS.: Atualizado às 23:40: Abaixo os detalhes da tramitação e da decisão do TSE:
Decisão do TSE negando Liminar a Arnaldo Vianna 02-10-2012
http://robertomoraes.blogspot.com.br/2012/10/tse-em-decisao-monocratica-nega-recurso.html
Meus amigos, eu quero que vcs observem a reportagem, analizem o fato e pensem, será que esse e o candidato serto. Meus amigos, estamos falando de acusações gravissimas. O delegado da PF não iria prender uma pessoa puro, pois ele estaria pondo sua reputação em jogo, e mais ele deu entrevista confirmando todos os fatos para todo o pais.