A campanha eleitoral ainda não começou, as convenções partidárias serão em junho, sequer há candidatos oficiais. Feitas estas ressalvas, um registro: o PMDB comemora o resultado de uma sondagem que encomendou ao Instituto GPP. Segundo os números divulgados pelo partido, há um empate técnico entre Pezão (10% das intenções de voto), Lindbergh (9%) e Cesar Maia (8%). Garotinho permanece na liderança com 20 pontos, Crivella tem 14. Miro Teixeira ficou com 3,5% das preferências — em outras pesquisas ele tinha 1%.
Publicado hoje na coluna “Informe do Dia”, do jornalista Fernando Molica, no jornal O Dia.
Atualização às 16h33:Aqui, em seu blog, Garotinho já havia repercutido antes deste “Opiniões” a pesquisa do GPP noticiada em O Dia. No entanto, o pré-candidato do PR a governador garantiu ter pesquisa que o colocaria acima dos 20% e Pezão, abaixo dos 10%. Ele, no entanto, não divulgou os números dessa sua pesquisa, alegando não ter sido registrada.
Segundo o jornalista Alexandre Bastos colocou aqui, cobrada pelos vereadores da oposição para dar explicações sobre o “Verão da Gastança” no Farol, a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Patrícia Cordeiro, estaria parafraseando a canção “Beijinho no Ombro”, da funkeira-pop Valesca Popozuda: “Mandando beijinho no ombro para o recalque passar longe”. Na realidade, parece que não é bem assim.
Organizado pela vereadora Linda Mara (Pros) e pelo superintendente de Igualdade Racial (a extinta Fundação Zumbi), Jorge Luiz dos Santos, está marcado para amanhã um ato em defesa de Patrícia e da política cultural que ela comanda no município, contra todas as cobranças que ambas têm sofrido pela oposição na Câmara Municipal. O evento foi marcado numa reunião ontem, na sede da antiga Zumbi, à qual compareceram cerca de 30 artistas ligados à música, ao carnaval e ao folclore, que têm sido atendidos pelas verbas públicas municipais. A concentração do ato será a partir das 18h, em frente ao Chá-chá-chá, com direito a bateria de escola de samba.
Entre um churrasquinho e outro, com molho a campanha carregado na cebola, será que alguém vai aproveitar e responder ao pedido de informação feito pelo vereador Rafael Diniz (PPS) diretamente à presidente da FCJOL, desde 29 de janeiro? Na dúvida, confira abaixo os questionamentos do vereador sobre o emprego do dinheiro público no “Verão da Gastança”, até hoje sem nenhuma resposta:
a) Quantos shows estão na programação do Verão 2014, incluindo os que já ocorreram e aqueles que já estão programados e ainda serão realizados nesse verão?
b) Qual o critério utilizado para a escolha dos artistas locais?
c) Qual foi o valor total destinado aos artistas locais? Requer listagem completa com os nomes dos artistas contratados, valores pagos a cada um deles e número de contratações de cada artista local no período desse verão.
d) Qual foi o valor total destinado aos artistas nacionais? Requer listagem completa com os nomes dos artistas e valores pagos a cada um deles.
e) Quais foram os valores destinados ao som, iluminação, banheiros químicos, camarins, serviços de “buffet”, hospedagens, transporte dos artistas, trios elétricos, telões e palco?
f) Qual foi o orçamento dos eventos ligados ao cinema e literatura?
Amanhã, quarta-feira, dia 16, a partir das 19h30, na sala 507 do edifício Medical Center, o cineasta e jornalista Alexandro Florentino comanda o Cineclube Goitacá. Na mostra intitulada Cinema Verdade, a sessão trará a inovação de exibir um longa de animação, “Valsa em Bashir”, do diretor israelense Ari Folman, que trata das questões sempre polêmicas entre palestinos e judeus. Depois do filme, Alexandro fará a mediação do debate, cuja participação é tão livre quanto a entrada.
Nos 11 posts abaixo, os pré-candidatos a deputado federal e estadual não alinhados aos Garotinho, em Campos e na região, reagiram à previsão feita por Wladimir Garotinho, em entrevista publicada aqui no domingo, onde o presidente municipal do PR disse que a oposição regional ao grupo do seu pai vai eleger apenas um deputado estadual e nenhum federal, no pleito de outubro. Pré-candidato à Câmara Federal, tio de Wladimir e irmão de Garotinho, Nelson Nahim ressalvou não ser “mãe Diná” para fazer previsões eleitorais, que foram também ironizadas por Fabricio Lírio (PRP) e condenadas por Odete Rocha (PCdoB), respectivamente pré-candidatos a deputado federal e estadual.
Deputado estadual candidato à reeleição, João Peixoto preferiu não polemizar, se limitando a dizer que a oposição em Campos pode fazer mais, desempenho arriscado por Alexandre Lourenço (PT), também pré-candidato à Alerj, que acredita na eleição de um deputado federal e dois estaduais entre os oposicionistas locais.Também pré-candidatos a estadual, a ex-prefeita Carla Machado (PT) e o deputado Roberto Henriques (PSD) lembraram de previsões eleitorais equivocadas feita pelos Garotinho no passado. Já Makhoul Moussallem (PT) e os vereadores Nildo Cardoso (PMDB) e Marcão (PT) — os dois primeiros, pré-candidatos a federal; o terceiro, a estadual — preferiam devolver as previsões, apostando que o deputado federal Anthony Garotinho (PR) vai desistir de ser candidato a governador do Rio, ou não chegará ao segundo turno. Por sua vez, Erik Schunk, pré-candidato do Psol à Alerj, advertiu: “o jovem presidente do PR, como sua família, ainda acha que vive num feudo”.
Abaixo, em seus links respectivos, o que disse cada um dos 11 pré-candidatos da oposição:
“Há pouco tempo atrás Wladimir Garotinho achava que poderia ser candidato a deputado estadual e lhe foi tirada a oportunidade de mostrar seu potencial político. Na eleição de 2010, se falava que Pudim havia deixado de ser candidato a deputado federal para ser o mais votado na disputa para a Alerj, mas este acabou ficando só como suplente. Nos comícios em 2012, criticavam muito meu irmão Fred, e ele acabou sendo o quarto mais votado para a Câmara de Campos. Afirmavam que nosso grupo perderia a eleição em SJB, enfim, foi um festival de besteiras! Em pesquisas divulgadas no fim do ano passado, meu nome apareceu bem posicionado nos municípios de Campos, São Francisco e São João da Barra. Nem por isso me arrisco hoje a fazer qualquer previsão e me considerar eleita. Após as convenções é que seremos candidatos de fato e a eleição será daqui a seis meses, onde ainda muita água passará embaixo da ponte. O eleitor a cada ano está mais crítico, mais desapontado com a política e já conhece as práticas retrógradas utilizadas por alguns para alcançar seus objetivos. Acredito que deverão levar em consideração o passado e as propostas de cada candidato. Não basta discurso bonito e vazio e muito menos ‘previsões’ (aqui). É necessário, trabalho e consciência política”.
(Carla Machado, pré-candidata a deputada estadual pelo PT)
“Dou o desconto porque o rapaz é novo, não tem experiência. Na sua projeção passada, para vereador, ele disse que a oposição não faria nenhum. Fez quatro e teria até oito, se muitos não estivessem dos dois lados. Nisso, até o pai dele errou. Pergunta ao pai dele se sabia que a oposição, além de eleger quatro, faria o mais votado, posição que 6.339 eleitores me permitiram conquistar. Para o pai dele, os dois mais votados seriam “Tô Contigo” (Alexandre Tadeu) e Mauro Silva. Se o pai dele errou, quanto mais o menino que está começando agora. O rapaz está acompanhando os pré-candidatos do PR, que é o único partido que está fazendo campanha. Vamos deixar a campanha ir para a rua. É muito cedo ainda, as costuras estão começando agora, faltam coligações, como dizer quem será eleito? Ele errou antes e vai errar de novo. O cálculo dele (aqui) está errado. Mas vou fazer uma previsão também: O PR não vai para o segundo turno na eleição a governador. Vamos ver quem vai acertar”.
(Nildo Cardoso, vereador e pré-candidato a deputado federal pelo PMDB)
“Fechamos as eleições de 2012 com 103 mil eleitores que fizeram questão de votar na oposição. Este fato, por si só, já credencia que é possível sim eleger ao menos um deputado federal da oposição em 2014. Fica evidente que Wladimir está querendo induzir (aqui) o eleitor que naturalmente, pela distância do pleito, ainda não sabe em quem vai votar no próximo pleito. Agora, opinião por opinião, acho que o pai dele provavelmente não será candidato a governador e se o for, provavelmente não irá para o segundo turno”.
(Makhoul Moussallem, pré-candidato a deputado federal pelo PT)