Não é a primeira vez que tomo a liberdade de republicar um texto escritos pelo jornalista Martinho Santafé na democracia irrefreável das redes sociais. E, dada a consonância no pensamento e admiração pelo estilo, tenho a forte impressão de que não será a última.
Num país que a esquizofrenia política pretende cindir entre coxinhas e mortadelas, em opostos comuns pelo raciocínio rançoso nos dois lados, confira aqui e na transcrição abaixo:
Nem coxinha, nem mortadela. O grande embate político brasileiro, hoje, não é ideológico, mas entre os que querem continuar roubando dinheiro público para se perpetuarem no poder e os que exigem um país menos corrupto e mais eficiente, onde os serviços públicos realmente funcionem, justificando os elevados impostos diretos e indiretos que pagamos.
Nesse momento tão conturbado, ideologia é um ato diversionista daqueles que querem manter seus privilégios. Basta observar o quadro atual. Parlamentares dos principais partidos estão se unindo nos bastidores para melar a Lava Jato e encontrar mecanismos que anistiem seus crimes, contando com a cumplicidade de empresários e até de juristas da mais alta Corte. O que não falta é “solidariedade” para esses bandidos.
Se os cidadãos não reagirem à altura dessa ofensiva descarada, teremos mais duzentos anos de atraso. E a culpa, aí sim, será nossa!
Parece que houve mais uma recaída no chiqueiro dos obsessores carnados, que tem como única ideologia seus muitos recalques. Por aquilo que é obrigado a ver sempre que usa o espelho na função menos heterodoxa de mirar o próprio reflexo, em contraponto cruel ao que, por absoluta falta de caráter, nunca será. Recordar é viver: https://opinioes.folha1.com.br/2010/10/07/porco-ser-que-aconselha-o-que-ignora/