Após os intermináveis e aborrecidos 17 minutos de queima de fogos em Copacabana, enfim nos chega 2018. Com ele, conforme lembrado por este escriba na última postagem, uma série de desafios e momentos-chave que definirão os rumos da sociedade brasileira pelos próximos anos. Ainda em Janeiro, teremos a sinalização do calendário da votação da Reforma da Previdência e, suprassumo dos acontecimentos políticos do primeiro semestre, o julgamento de Lula no TRF-4. Porém, dada a sequencia de postagens neste blog, pretendo tecer um ou dois comentários a respeito da política municipal antes de retomar — em outro momento — assuntos para além da planície.
Li com detida atenção as análises realizadas (aqui) a respeito do primeiro ano de Diniz em Campos. Embora eu deva concordar com a análise anterior do editor deste blog com relação ao aumento das críticas ao governo em relação ao levantamento realizado (aqui) por esta Folha em meados do ano passado, ainda observo uma grande expectativa e tolerância da população com relação ao desenrolar da (não tão) nova gestão. Salvo algumas opiniões pontuais, a maior parte dos populares compensou as críticas realizadas com o reconhecimento do desafio financeiro a ser enfrentado e desejos sinceros de sucesso da gestão atual.
Por outro lado, representantes da área acadêmica campista elevaram o tom das críticas e demonstraram menos paciência com o prefeito e sua equipe. O reconhecimento do esforço para equalizar as contas públicas começa a dar lugar à impaciência para uma virada de chave no discurso. Ponto pacífico, a necessidade da superação do discurso da “herança maldita” esteve presente na maior parte das análises. Dentre diversas observações pertinentes, houve espaço até para o clamor de uma orientação à esquerda que legitimasse o governo, algo completamente descabido. Não apenas porque a marca ideológica não confere certificado de qualidade a qualquer gestão — o Brasil possui um riquíssimo histórico de exemplos de fracassos à direita e à esquerda em termos de políticas públicas — mas porque a um governo municipal quase não é deixado espaço para militar politicamente em torno de determinados valores que só fazem sentido em abordagens nacionais.
As únicas hipóteses de sucesso colossal da gestão sem qualquer grande movimento são uma explosão nos preços de petróleo que levem as transferências de royalties às alturas ou uma retomada econômica tão forte que reverta rapidamente os danos causados por anos de irresponsabilidade em níveis federal, estadual e municipal — cenários extremamente improváveis.
Após um ano de governo, já chega ao limite o prazo para que o governo consiga emplacar alguma marca positiva a ser associada à gestão Diniz. Assim como FHC I teve seu processo de controle inflacionário, Lula I e II teve o Bolsa Família e o PAC como carros-chefe e Cabral pautou sua gestão na suposta revitalização do Rio, Rafael Diniz e sua equipe precisam desenvolver algum projeto transformador de longo prazo para o município, ainda que este seja um amarrado de iniciativas descentralizadas de gestão.
De acordo. Também concordo que deve ser um conjunto de iniciativas descentralizadas. Apostar todas as fichas em grandes projetos externos, sobre os quais não temos nenhum poder de decisão, é a repetição das tragédias da cana, do petróleo e, agora, do Porto. Não são sustentáveis, não têm suporte na produção física local
Tirando o péssimo governo, o unico “projeto transformador a longo prazo” que rafael diniz esta elaborando é tentar fazer do melhor amigo um deputado federal. Ele vai perceber nas urnas de como está o péssimo governo dele… Votei nele por detestar garotinho, mas já estou sentindo saudades desta praga campista… eee Campos, que fase….
Que beleza se os Royalties fossem extintos, ninguém iria querer ser prefeito ou vereador em Campos, assim a cidade seria dormitório dos que trabalham em São João da Barra que caminha para independência, rsrsrsr, já estou de malas prontas…
Eu vou votar para deputado Federal e Estadual em candidatos de fora,votar em vereador que está um ano e nada fez de novo em nossa cidade,nunca mais