Jogadores do Paris Saint-Germain, o francês Kylian Mbappé (aqui) e o uruguaio Edinson Cavani (aqui) já haviam brilhado no sábado (30), quando classificaram suas seleções às quartas de final da Copa da Rússia. Companheiro dos dois no clube parisiense, hoje foi o dia de Neymar fazer o mesmo na vitória de 2 a 0 do Brasil sobre o México. Eleito pela Fifa como melhor jogador em campo, ele marcou o primeiro gol, em jogada que criou e concluiu, aos 6’ do da etapa final. E puxou o contra-ataque no segundo, aos 43’, marcado pelo centroavante Firmino.
Antes do jogo, o técnico colombiano do México, Juan Carlos Osorio, havia dito que jogaria de igual para igual com o Brasil. E o treinador cumpriu o que prometeu. Logo após o apito inicial, a seleção mexicana avançou a marcação ao campo defensivo brasileiro, gerando bastante dificuldade, sobretudo na saída de bola. Pela esquerda, o atacante Vela deu muito trabalho ao lateral-direito Fagner. Mas ele e toda a defesa brasileira voltaram a demonstrar solidez.
Incentivada das arquibancadas de Samara por sua efusiva torcida, a pressão mexicana incomodava, mas não foi convertida em chances de gol. Com o Brasil acuado, coube a Neymar equilibrar as ações. Aos 24’, em jogada individual pela esquerda, ele driblou o lateral-direito Edson Alvarez e bateu para a defesa do goleiro Guillermo Ochoa. Foi a fagulha que acendeu o time e a torcida brasileira, com a bola passando a rondar a área mexicana. Aos 32’, foi a vez do atacante Gabriel Jesus também testar Ochoa.
Com o jogo equilibrado no primeiro tempo, no segundo foi Neymar que pesou a balança a favor do Brasil. Logo aos 5’, diante da área mexicana, ele cortou da esquerda para o meio, levando três marcadores, que colocou fora da jogada com um toque sutil de calcanhar a Willian. Outro destaque da partida, o jovem meia entrou pela esquerda e cruzou. A bola passou por Gabriel Jesus, mas não por Neymar: Brasil 1×0. Na comemoração do gol, o camisa 10 foi erguido nos ombros pelo meia Paulinho.
O México claramente sentiu o baque. Jogador que entrou no intervalo, no lugar do veterano volante Rafa Márquez, Miguel Layún entrou na lateral-direita com a função de marcar e provocar Neymar. Tite foi inteligente ao perceber a intenção e inverteu a posição entre seu camisa 10 e Gabriel Jesus: o primeiro passou a atuar mais pelo meio e o centroavante foi jogar na esquerda. Aos 14’, o técnico herdou um problema para o próximo jogo: o eficiente volante Casemiro levou seu segundo cartão amarelo na Copa e está fora das quartas de final.
Também mais livre com a inversão entre Neymar e Gabriel, Willian fez sua melhor exibição na Copa da Rússia. Aos 18’, em penetração pela direita, ele pedalou sobre a bola, driblou o zagueiro Carlos Salcedo e bateu para uma boa defesa de Ochoa. Aos 25’, num lance fora de campo, diante de Tite e do banco brasileiro, Layún pisou propositalmente no tornozelo de Neymar, que estava caído. Depois do jogo, o técnico Osorio chorou suas mágoas, falou em “palhaçada” e creditou o resultado do jogo à arbitragem, que não deu o cartão amarelo ao desleal jogador mexicano.
Aos 34’, para impedir o domínio de bola pelo meio de campo do México, Tite novamente voltou a intervir na partida. Ele substituiu Paulinho por Fernandinho, que reforçou a marcação no setor. Aos 40’, quem saiu de campo foi o meia Philippe Coutinho, para dar entrada ao atacante Firmino.
Quatro minutos depois, as duas mudanças de Tite foram início e fim do segundo gol brasileiro: Fernandinho lançou Neymar em contra-ataque. O camisa 10 penetrou pela esquerda e bateu a gol de biquinho de pé. Também com o pé, Ochoa desviou a bola para Firmino completar em incisão pela área: Brasil 2×0.
Conquistada a vaga do Brasil às quartas de final na próxima sexta (06), à espera do adversário a ser definido no confronto de daqui a pouco entre Bélgica e Japão, Neymar foi perguntado se essa seria a Copa de Neymar, depois que o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo foram eliminados nas oitavas. Ele respondeu: “Quero que essa seja a Copa do Brasil!”
Oxalá as respostas do craque brasileiro continuem a ser dadas dentro de campo. E na bola.
Chocada fiquei com a pergunta preconceituosa de uma jornalista ao Neymar ,
descabida .Porque ofender? Sem necessidade.
Neymar foi alvo de atitude covarde.E
nada foi feito ,por que ?Porque foi fora do campo?!?!?!
Cara Sandra,
Neymar foi agredido com um pisão em seu tornozelo, enquanto estava caído fora de Campos. É fato. Como é fato que ele mais uma vez reagiu de maneira desproporcional ao lance deleal. Por isso, seu agressor não levou o cartão amarelo. E o agredido novamente atraiu a fúria dos críticos no Brasil e no mundo.
Abç e grato pela participação!
Aluysio