Debate fraco entre Donald Trump e Joe Biden a presidente dos EUA

 

Debate entre Donald Trump e Joe Biden na noite de ontem (Foto: AP)

 

Acabou agora há pouco o primeiro dos três debates a presidente dos EUA, para as eleições de 3 de novembro. E foi muito ruim. Mais próximo a um bate-boca de bar sobre futebol entre dois senhores de terceira idade, do que pela disputa do cargo mais importante da Terra.

Foram atuações fracas tanto de Donald Trump quanto de Joe Biden. Sem demonstrar seu habitual domínio diante da câmara de TV, o presidente republicano interrompeu quase sempre o tempo de fala do adversário. E foi por isso várias vezes advertido pelo moderador Chris Wallace. Mas não foi capaz de condenar os supremacistas brancos do seu país.

Biden não explorou devidamente a escandalosa sonegação de imposto de renda do bilionário Trump, revelada (confira aqui) no domingo pelo New York Times. O democrata teve sua dispersão acentuada pelas intervenções do adversário. E se deixou abalar pessoalmente com os já esperados ataques ao seu filho caçula Hunter, acusado de corrupção na Ucrânia.

Trump pode se orgulhar de não ter sido engolido pelo escândalo recente da sua sonegação fiscal. E, para quem achava Biden fraco, ele deu mostras de contudência ao chamar o adversário de “pior presidente da história dos EUA”, “palhaço” e “racista”. Nada que deva afetar quem vota em Trump, a despeito de qualquer coisa, ou quem já votaria em qualquer um capaz de tirá-lo do poder.

A questão que pode decidir a eleição são os 14% do eleitorado dos EUA que, segundo as pesquias, ainda não definiram sua escolha a presidente. Para estes, em um país onde o voto não é obrigatório, o debate não estimulou ninguém a sair de casa em 3 de novembro.

 

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