Em meio a notícias negativas (confira aqui, aqui e aqui) por conta de uma denúncia anônima de assédio dentro da Uenf, a maior universidade do Norte Fluminense gerou hoje uma notícia bastante positiva. De reconhecimento a uma mulher negra e campista de grande contribuição à cultura nacional: “(a atriz e cantora) Zezé Motta, 80 anos, vai receber um título de doutora honoris causa da Uenf”. Foi o que noticiou hoje (confira aqui) o jornalista João Paulo Saconi, na coluna do Laura Jardim, em O Globo.
— Eu fico muito feliz em saber que sirvo de referência. Penso que valeu a pena todas as batalhas que enfrentei até aqui como mulher preta, como atriz e cantora. Tenho muito orgulho em ser uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial no Brasil. Neste 2024 essa homenagem vem com um sabor ainda melhor, pois estou comemorando meus 80 anos de vida e 40 anos de criação do Cidan, Centro de Informação e Documentação do Artista Negro no Brasil. Estou viva, em atividade, lúcida e com prestigio. Ando com a agenda cheia de trabalho. Isso tudo é uma benção, todo dia eu agradeço — disse Zezé, em declaração publicada na íntegra, também hoje, no (confira aqui) site da Uenf.
— A concessão do título de doutora honoris causa a Zezé Motta reflete o compromisso da Uenf com a valorização de figuras que, através de suas obras e ações, contribuem significativamente para o enriquecimento cultural e a promoção da justiça social. Zezé Motta representa os valores de excelência, integridade e dedicação que nossa universidade preza e promove — disse no site da Uenf sua reitora, a professora Rosana Rodrigues. Que completou ao blog:
— Vamos preparar uma belíssima cerimônia! — prometeu a reitora, no evento ainda sem data marcada para entrega do título.