Marquinho, Dudu, Thamires, Anderson e Abdu?
Não há nenhuma pesquisa a vereador de Campos registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à eleição de 6 de outubro. Mesmo se houvesse ou houver, pesquisas a eleição proporcional são sempre bem mais imprecisas que as de eleição majoritária, como a prefeito. Sem dado estatístico, o que se comenta nos bastidores, no entanto, é que algumas candidaturas a vereador estariam brigando, mais que pela eleição, pela maior votação à Câmara Municipal de Campos. A do seu atual presidente, Marquinho Bacellar (União), a de Dudu Azevedo (REP) e de Thamires Rangel (PMB). Além dos edis Abdu Neme (PL) e Anderson de Mattos (REP).
Disputa de caciques
Em seu 5º mandato de vereador, Abdu foi o mais votado ao cargo em 2020. Dublê de pastor e vereador, Anderson será o primeiro da Igreja Universal, que tem cadeira cativa na Câmara de Campos em rodízio desde 1992, a tentar bisar o mandato. Mas o primeiro é candidato de força individual, e o segundo de uma agremiação religiosa. É atrás dos outros três que está a grande disputa dos caciques eleitorais locais e seus grandes egos: Marquinho, do irmão e presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União); Dudu, do amigo e prefeito candidato à reeleição, Wladimir Garotinho (PP); e Thamires, do seu pai, o deputado estadual Thiago Rangel (PMB).
Surpresas, céu e terra
Pesquisas e bastidores à parte, toda a eleição a vereador de Campos costuma trazer surpresas. Às vezes, aqueles de quem se espera votações consagradoras não chegam nem a se eleger. Como, quase sempre, são eleitos nomes pelos quais ninguém dava muita coisa antes da apuração das urnas. Ademais, se todas as previsões dos partidos e federações a vereador se confirmassem, Campos teria que ter umas 100 cadeiras em sua Câmara, no lugar de 25. Mas é certo que Rodrigo, com Marquinho; Wladimir, com Dudu; e Thiago, com Thamires, moverão céus e terras para mostrar quem tem o maior cacife eleitoral. A ver.
Pesquisa com Carla e Thiago
A única pesquisa de Campos até aqui registrada (confira aqui) no TSE, da Prefab Future, foi a prefeito. Nela, Wladimir teve na consulta estimulada 53,7% de intenção de voto. E aprovação de governo de 70,5%. São números que indicam possibilidade de reeleição no 1º turno, como indicavam todas as pesquisas de 2023. O que, se confirmado na urna, pode trazer a reboque a maior bancada de vereadores. O problema é que essa última pesquisa é de 26 de abril, quando os deputados estaduais Carla Machado (PT) e Thiago ainda eram prefeitáveis. Carla teve 18,7% de intenção de voto na estimulada, com 2,5% de Thiago. Só que os dois desistiram da disputa.
Madeleine, Thuin e Jefferson
A delegada de Polícia Civil Madeleine Dykeman (União) teve 6,8% na consulta estimulada do final de abril. Sem Carla e com o apoio de Rodrigo, tudo indica que ela assumirá o 2º lugar da disputa, mesmo que à distância de Wladimir. Pesquisas internas, tanto dos Garotinhos, quanto dos Bacellar, indicam isso. Mas é preciso a confirmação por números registrados no TSE. Atual vereador, Raphael Thuin (PRD) seria vice de Thiago. Após este pular fora, assumiu a candidatura a prefeito. Se terá os votos ou apoio efetivo do deputado, é tão incerto quanto dizer que o professor Jefferson Azevedo (PT) herdará votos e apoio da correligionária Carla.
Publicado hoje na Folha da Manhã.
Eu voto em Dudu