Como todas as pesquisas projetavam (confira aqui e aqui), as eleições a prefeito que a oposição queria vender como disputadas em Campos ocorreram, na verdade, nos municípios vizinhos de São Francisco de Itabapoana e Quissamã. As duas foram decididas na reta final por duas mulheres, as respectivas prefeitas Francimara Barbosa Lemos (SD) e Fátima Pacheco (União).
Nas duas últimas semanas antes da urna de domingo (6), projetando uma eleição voto a voto a partir das pesquisas e das ruas, Fátima arregaçou as mangas para fazer do vice-prefeito, Marcelo Batista (PP), seu sucessor como novo prefeito de Quissamã. Como Francimara fez para eleger a vereadora e ex-secretária de Educação Yara Cynthia (SD) como prefeita de SFI.
Com a ajuda de Francimara, Yara derrotou o ex-prefeito Pedrinho Cherene (União) por 15.312 votos a 13.681 (diferença de apenas 1.631 votos), ou por 49,64% a 44,35% dos válidos (diferença de 5,29 pontos). Com a ajuda de Fátima, Marcelo bateu o ex-prefeito Armando Carneiro (PL) por 8.256 votos a 7.921 (diferença de apenas 435 votos), ou por 51,02% a 48,36% dos válidos (diferença de 2,66 pontos).
Sem coincidências, nos números e nas circunstâncias, as vitórias de Marcelo em Quissamã e de Yara em SFI foram muito semelhantes. E só vieram graças à capacidade de mobilização na reta final, respectivamente, das prefeitas Fátima e Francimara. Com duas mulheres, o tão falado peso da máquina decidiu as duas disputas a prefeito mais acirradas da região.