Desde 15 de dezembro, o blog anunciou (confira aqui): Fábio Ribeiro (PSD) será o novo presidente da Câmara. O acordo então feito entre o prefeito eleito Wladimir Garotinho (PSD) e o deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) azedou, depois que o grupo político do último, que elegeu seis vereadores, passou a exigir (confira aqui) a 1ª vice-presidência na nova Mesa Diretora. Mas Wladimir flanqueou os Bacellar, como a tática militar chama o movimento para evitar o confronto frontal e cercar o inimigo, ao firmar um acordo no último domingo (20) com seu adversário no segundo turno a prefeito, Caio Vianna (PDT). Que fez quatro vereadores e, na nova Mesa Diretora, deve ter Leon Gomes (PDT) como 1º secretário. O 1º vice-presidente, cargo que os Bacellar queriam, será do garotista Juninho Virgílio (Pros).
Em reconhecimento tácito da derrota, Rodrigo Bacellar liberou seus vereadores antes do Natal para a eleição interna pela Câmara Municipal. Dois deles, Silvinho Martins (MDB) e Rogério Matoso (DEM) indicaram ontem (confira aqui) que podem seguir o exemplo de Marcione da Farmácia (DEM), apoiando os Garotinho na disputa pela Mesa Diretora. Hoje, outro vereador dos Bacellar, Igor Pereira (SD) revelou ao blog que seguirá o mesmo caminho. Após chegar a ser apontado como alternativa dos Bacellar como candidato à presidência contra Fábio Ribeiro, o edil Nildo Cardoso negou a possibilidade. E revelou que Fábio, em quem admitiu poder votar, “foi o único a pedir meu voto para presidente”.
Se conseguir o apoio até de Nildo, Fábio poderia chegar a 23 entre os 25 votos. Caso consiga, hoje ficariam de fora apenas os vereadores Marquinho Bacellar (SD) e Abdu Neme (Avante). Helinho Nahim (PTC), primo de Wladimir, chegou a ser dúvida, depois que seu pai, o ex-prefeito Nelson Nahim (MDB), usou as redes sociais na noite de ontem para declarar, antes de apagar a postagem na manhã de hoje:
— Quero pedir desculpas a todas as pessoas que pedi para votar em Wladimir no segundo turno para prefeito de Campos. Desejo a ele sucesso na administração da nossa cidade, mas não posso admitir a ingratidão a meu filho Hélio que fez de tudo para ajudá-lo não só na sua difícil eleição, mas também no sentido de levar o maior número de vereadores para apoiar o seu governo. Vida que segue. Vá em frente meu filho. Conte sempre com seu pai. Deus te abençoe — desejou Nelson Nahim.
Mas, após a divulgação da postagem, Helinho entrou em contato com o blog para esclarecer que a posição do pai nada tem a ver com a sua na eleição da Mesa Diretora:
— Política é feita de conversa. O único candidato (a presidente da Câmara) com que falei, o único candidato que até agora se apresentou, é Fábio Ribeiro. A manifestação do meu pai nas redes sociais reflete sua insatisfação pela maneira que ele entende que os vereadores que apoiaram Wladimir no segundo turno a prefeito estão sendo agora tratados, em detrimento de vereadores quem apoiaram o outro candidato. Mas nada tem a ver com a eleição da Mesa Diretora — garantiu o vereador eleito e filho de Nelson Nahim.
Vereadores com reduto eleitoral na Baixada Campista, Igor e Nildo também se posicionaram hoje ao blog:
— Eu gosto de política de grupo. Wladimir ganhou a eleição, mas sabe que não foi uma vitória fácil ou confortável. Por mais que consiga parcerias, não vai ter o dinheiro que precisa para administrar a cidade. Conversei com ele e estou conversando ainda, até o dia 1º (de janeiro). Política é conversa. Mas vou votar em Fábio a presidente. Nele e em sua chapa — declarou Igor Pereira, considerado um dos vereadores mais próximos aos Bacellar.
— A Mesa está decidida, a presidência é de Fábio Ribeiro. Há muitos vereadores de “primeira viagem”, que não têm como bancar oposição, nem mesmo uma postura independente, no primeiro biênio. Até 1º de janeiro, tudo será definido. Não pedi voto a ninguém (para presidente). Então não tem sentido alguém ficar dizendo se vai votar em mim, ou não. Rogério (Matoso, que declarou ontem que não votaria em Nildo), quem ajudou a colocar no governo Rafael (Diniz, Cidadania) fui eu. Até agora, Fábio foi o único a pedir meu voto a presidente, em duas conversas reservadas. Se não aparecer nenhuma novidade, voto nele. Não vou fazer oposição em uma cidade quebrada, não vou radicalizar, até porque sei que o município precisa da nossa experiência. Mas também não vou ser um “puxadinho” do Executivo — contrapôs Nildo Cardoso.
Atualizado às 13h23 para incluir a posição de Helinho Nahim.
Meu ponto de vista, o presidente da câmara e os vereadores, deveriam exercer os seus mandatos independentes de grupos políticos, que não trás nenhum beneficio para o povo, a não ser para si próprio.