Em comentário ao post “Lula, Cabral e royalties: o silêncio que diz muito” (aqui), a leitora Maria Tereza Marchezan questionou que, na falta de maiores informações sobre a conversa sigilosa de ontem, entre o presidente Lula (PT) e o governador Sergio Cabral (PMDB), ela pudesse se contentar com as informações que classificou como “menores”: no caso, a interpretação do blog, de que o silêncio significasse o encaminhamento no Senado do acordo firmado entre os dois (aqui e aqui), no sentido de garantir a manutenção dos royalties pelas jazidas já exploradas apenas aos estados e municípios produtores de petróleo, deixando a divisão entre todos os demais para as reservas futuras do pré-sal.
Aliás, o raciocínio de interpretação não foi nem uma novidade parida na falta de informações concretas de ontem, posto que havia sido feito no blog (aqui) desde a última quinta-feira, dia 18, depois que Lula disse, em visita a Jordânia, que “a bola (dos royalties) agora está com o Congresso”.
Pois hoje, em visita a Itaperuna, como adiantou a Folha Online (aqui), o próprio Cabral confirmou que disse ontem, na tal conversa reservada com Lula, estar disposto a aceitar a partilha entre todos os estados e municípios brasileiros para o pré-sal, desde que os royalties do pós-sal fossem mantidos apenas para os que produzem de petróleo. Ainda segundo o governador, o presidente voltou a assegurar que está se articulando com suas bases no Congresso para evitar as perdas para estados e municípios produtores.
Sobre a declaração feita ontem, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, de que é inconstitucional a emenda de partilha dos royalties (aqui), feita pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB/RS) e aprovada pela Câmara Federal no último dia 10 (aqui), Cabral declarou: “Graças a Deus o ministro veio a confirmar tudo o que nós havíamos dito anteriormente”.
Não por outro motivo, o blog também se alegra pelo fato do governador ter confirmado todo o exercício de interpretação aqui exposto sobre as articulações nacionais em torno da questão dos royalties, fundamental à região.
Espero que toda esta situação, criada por um deputado federal de outro Estado da Federação, que, com visão caolha e oportunista em tentar ser o salvador da pátrai em seu Estado, não venha a prejudicar o atual Governador do Rio , o Sergio Cabral. As aves de rapina estão afiando suas carras para em caso de qualquer perda, colocar a culpa no Governador, como se fosse este quem inventou todo este embrólio. Que a impresa fique, como sempre, atenta a esta manobra daqueles que só pensam em seu projeots políticos próprio, e sempre dipostos a tirar uma “!casquinha” de tudo.
Nem precisa tirar proveito de nada,todos sabemos que faltou por parte do governador Cabral jogo de cintura nas negociações do pré-sal,a maneira como tratou governadores e deputados de outros estados, fez com que se virassem contra o Rio,o próprio Lula reconhece isso,tanto reconhece que orientou Cabral a sair de cena para não atrapalhar as negociações com o senado.Nosso governador anda preocupado,com certeza não se trata da emenda Ibsen e sim com sérias denúncias que envolvem seu governo,mais cedo do que espera isso virá à tona.O caso da concessionária do Metrô ter como advogada sua esposa é outra coisa séria,ainda mais depois de ter renovado o contrato muito antes do vencimento por mais 20 anos.Portanto Garotinho nem precisa tirar proveito de nada,o próprio Cabral vai se enterrar.