Suposto acordo
Tenham ou não feito o acordo por baixo dos panos que tanto se especulou nesta semana, o colamento das candidaturas de Dr. Chicão (PR) e Caio Vianna (PDT) passou a ser encarado como fato por muita gente. Se existe, pelo menos politicamente, pode ser péssimo para Caio, que se arrisca a macular ainda no berço uma carreira política promissora. Mas, na outra ponta do suposto acordo, seria encarado como última tentativa de quem ainda ambiciona eleger Chicão prefeito de Campos no primeiro turno.
A estratégia
A estratégia é relativamente simples: desidratar uma candidatura em terceiro lugar, patinando há meses numa dezena pontos percentuais de intenções de voto, distante dos dois nomes que polarizaram a eleição (Rafael Diniz e Chicão), mas à frente das outras três que parecem não ter decolado (Nildo Cardoso, Geraldo Pudim e Rogério Matoso). Sem outra candidatura relevante nas urnas de daqui a três dias, a partir de um esvaziamento de Caio, as duas que lideram aumentariam consequentemente as chances de definir a fatura no primeiro turno.
O risco
O problema reside no fato de que, utilizada para tentar dar a vitória antecipada a Chicão, sem necessidade do turno extra de 30 de outubro, a manobra pode se converter num tiro pela culatra, num triunfo consagrador de Rafael. Mas o temor do segundo turno entre os garotistas é tanto que já se admite: se Chicão não colocar 20 mil votos em 2 de outubro à frente de Rafael, as urnas suplementares de 28 dias depois seriam formalidade para passar o poder, após 28 anos, ao jovem neto de quem Anthony Garotinho destronou num hoje distante 1989.
Modus operandi
Para quem conhece o modus operandi do secretário municipal de Governo e principal cabo eleitoral de Chicão, não é novidade o emprego dessa tática extrema e arriscada quando acuado. Foi assim, por exemplo, na sua até hoje satirizada greve de fome de 11 dias. Era maio de 2006, quando Garotinho resolveu imitar Mahatma Ghandi (1869/1948) — com o perdão a todos os deuses hinduístas — para protestar contra o noticiário de doações irregulares da sua pré-campanha presidencial pelo PMDB. Ele não foi até o fim na greve de fome, como pediram os gaiatos, e sua candidatura a presidente jamais decolou.
Ameaça e “ameaça”
Agora, somada à ameaça eleitoral de Rafael, cuja candidatura se tornou uma onda espraiada muito além da “pedra”, os rosáceos enfrentam a “ameaça” do cumprimento da lei pela Justiça Eleitoral, Ministério Público Eleitoral (MPE) e Polícia Federal (PF) de uma cidade e um país que, depois da Lava Jato, não admitem mais determinados tipos de prática. Assim, o “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por voto, denunciado pelo MPE com tutela de urgência acolhida e mantida pela Justiça, se estendeu também ao inquérito da PF — cujo delegado elogiado por Garotinho pela operação “Machadada”, na eleição municipal sanjoanense de 2012, aparentemente teve seu sigilo telefônico devassado publicamente num blog.
A decisão
Difícil dimensionar onde tudo isso vai acabar. Por enquanto, a estratégia governista à sucessão da prefeita Rosinha Garotinho (PR) foi assim definida no inquérito da PF: “Vislumbra-se um verdadeiro loteamento da cidade, dividindo as áreas de residência de pessoas em situação de risco entre aliados políticos, a fim de que obtenham dividendos políticos a partir da concessão de benefícios sociais”. Por sorte, leitor, a decisão final será sua: na urna de domingo. E ninguém mais tem nada a ver com isso.
Publicado hoje (29) na Folha da Manhã
Boa tarde Aluysio. Você acha que ainda dá tempo para qq das duas hipóteses antes de domingo? Tanto o esvaziamento da Campanha do Caio, assim como uma decisão de impugnação da candidatura governista, acho q não dá mais, se bem que tem debate e na Tv de maior audiência hoje. Penso que:
1 – Caso Caio: se realmente houve esse acordo, será um acordo de Silêncio e não de apoio, até pq ele acabaria como vc mesmo falou com seu futuro político no nascedouro. E o (trecho excluído pela moderação) tb é muito baixo para um apoio, mas bem razoável para simplesmente ficar quieto.
2 – Caso Impugnação: essa como já vimos inclusive em Campos com Carlos Alberto Campista, poderá acontecer a qq momento antes ou depois das eleições.
Recebi uma mensagem a vcs não faz diferente tempo, com uma teoria maravilhosa a
respeito de um brinquedo desde um cavalinho fato com meia
infantil, crina a lã preso num cabo a vassoura. (Trecho excluído pela moderação)
(Trecho excluído pela moderação). Isso é a Folha da Manhã, que nem posta os comentários que são contrários as suas ideias.
como caio nao vive em campos mesmo, ele veio leva e some. Diga de passagem sua (trecho excluído pela moderação) tambem.
Eu não acredito (ou espero) que este jovem faça uma burrada destas! Já basta a traição do pai!
Mas, se de tudo houver mesmo tal falta de visão e bom senso, terminará drasticamente uma carreira que podia ser promissora.
Supondo tudo isto, tanto o pai, quanto ele, o filho, estarão para sempre fora de qualquer possibilidade política futura.
Espero que tudo não passe de mais uma “intriga de desesperados” e este jovem inicie uma carreira limpa e sem manchas! Boa sorte!
Não consigo imaginar a possibilidade desta aludida transferência de votos de Caio em favor do candidato da situação; vale lembrar que as primeiras pesquisas apontavam o candidato do PDT como o virtual adversário do grupo garotista, até pq se imaginava estar nele a legítima representação do seu pai Arnaldo; impedido de tomar posse como Prefeito, poderia ser provavelmente a Eminência Parda por trás do governo de Caio, semelhante como funciona no governo Rosinha/Garotinho; mas por questões de ajustes em função da presença da mãe, o pai se voltou contra o filho, que passou a patinar nas pesquisas quando deveria experimentar um grande crescimento..
Sendo assim imagino que os votos de Caio pertencem a um sentimento de mudança por parte de seus eleitores, e em percebendo um desvio de rumo nesta candidatura e o risco de apoio ao dr. Chicão no 2o. Turno, uma grande maioria pode migrar para Rafael Diniz o único definitivamente em condições de desbancar o “dono da cidade” e seus “adoradores”..
Decisão simples: 22 para quer mais 4 anos de desmandos e privilégios; e 23 para quem NÃO SUPORTA MAIS este modelo de desgoverno!
quer queira ou não a elite (trecho excluído pela moderação) vão ter que engolhir dr chicão mais uma vez.
Uma coisa esse garoto tem! DNA da Camorra!
Sendo assim essa decisão não me surpreende em nada…
Boa sorte!Rafael diniz(23) ,Boa sorte! Caio viana(12),Pelo bem de campos dos goytacazes,na geração de empregos e saúde,e trazer industrias,pra todos campistas.
chega de politico,mentiroso,enganador, sem etica ,que distribui, o cheque cidadão, pra fazer politica em troca de votos,enganando algumas pessoas,pra poder se manter no poder !