A internet é um território livre e as redes sociais são “búnqueres”, as trincheiras virtuais, é o lócus onde se pode eventualmente exercer a Cidadania.
As redes sociais ampliaram concretamente o espaço dos debates, o espaço do livre pensar e a Democracia – vamos combinar logo de cara – é o sistema político mais propício para que o indivíduo possa se declarar verdadeiramente um cidadão.
Nas redes sociais podemos observar muitas formas de expressão, nelas podemos enxergar a sociedade como ela é composta de vários vernizes ideológicos; esquerda, direita, centros – à esquerda ou direita – e também os seus extremos. Mas de uma coisa não podemos nunca o foco perder: o respeito às opiniões do outro.
Não precisamos concordar, sim respeitar. E o outro somos nós.
Nos reconhecemos enquanto indivíduo quando reconhecemos o outro e respeitamos o pensar diferente do nosso pensar. E isso é Cidadania.
Os tablets, os smartphones, os notebooks e computadores, todos conectados, formam as novas ágoras, o equivalente às antigas praças gregas (sim, foi na Grécia que surgiu a democracia). Nelas os cidadãos se reuniam e discutiam os destinos que a sociedade deveria seguir. E hoje, nos reunimos isolados em nossos quadrados, virtualmente. Debatemos e tentamos mudar o mundo sem nos tocar na segurança das nossas individualidades.
Mas a grande arma que podemos e devemos usar é o nosso senso crítico, é o pensar de forma analítica e crítica aliada ao respeito que temos a obrigação de ter, com o contraditório. Com o que pensa o outro.
Carpe ominium.