Diogo Neves para 2018?
Em meio a tantas pré-candidaturas locais às eleições legislativas de 2018, uma possível novidade. Médico oncologista, jovem, diretor e herdeiro de importante grupo empresarial na área de saúde do município, Diogo Neves pinta como novidade do tabuleiro político de Campos, possivelmente pelo PSDC. Dentro da legenda, as versões dão conta da pretensão, mas são contrastantes. Ouvido pela coluna, Diogo esclareceu que não está filiado a nenhum partido e não deu certeza: “Ainda é uma coisa embrionária. Não vou dizer que botei meu bloco na rua, mas também não descarto”.
Versão de João Peixoto
Deputado estadual em seu quinto mandato e presidente estadual do PSDC, João Peixoto disse ontem ao “Ponto Final” que teria mantido uma conversa há cerca de um mês com o vereador e seu correligionário Cláudio Andrade. Segundo João, Cláudio teria levado o interesse de Diogo em ser candidato à Câmara Federal, ficando de intermediar uma conversa neste sentido entre o deputado e o médico e empresário Herbert Sidney Neves, pai do possível pré-candidato.
Versão de Cláudio Andrade
Também ouvido pelo “Ponto Final”, Cláudio admitiu o encontro com Peixoto e o interesse de Diogo em se lançar na política. Mas o advogado e vereador fez três importantes distinções: 1) a conversa teria sido no ano passado; 2) uma reunião posterior do deputado com Herbert Sidney sequer teria sido mencionada; e 3) a pré-candidatura de Diogo existe, mas a deputado estadual, não a federal.
Zé Carlos
Por sua vez, também ouvido pela coluna, o outro vereador do PSDC em Campos, José Carlos, disse ter sabido apenas ontem, no Farol, da possibilidade de uma pré-candidatura do jovem médico e empresário pelo seu partido. O edil reafirmou sua própria pré-candidatura à Câmara Federal. Caso se lance, Diogo ainda não tem definido partido ou candidatura. Na dúvida, se viesse mesmo pelo PSDC, uma tendência parece clara: se for a deputado federal, pode atrapalhar Zé Carlos; se for a estadual, João Peixoto seria o principal afetado. A não ser, lógico, que o debutante na política cumprisse o papel de puxador de voto na legenda.
Destino do garotismo
Quem conhece os bastidores do PR, atual partido de Anthony Garotinho e seu grupo político, garante: a direção nacional do partido conta as horas para ver o político da Lapa pelas costas. Mas qual seria o destino do ex-governador fluminense e seus seguidores? Em 15 de março, o jornalista Paulo Capelli anunciou na coluna “Informe O Dia” a resposta do ex-ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, à possibilidade de Garotinho voltar ao partido fundado pelo ex-governador Leonel Brizola (1922/2004): “Foi uma rejeição praticamente unânime”.
Volta ao PDT?
Após a negativa do PDT, Garotinho tentou minimizar a questão: “Não pode haver rejeição porque nunca pedi (para voltar ao PDT). Ficamos de conversar, de agendar encontro. Sempre tive simpatia pelo PDT, mas é só isso”. Todavia, segundo Wladimir Garotinho informou ontem à coluna, a coisa ainda não estaria definida. Embora seu pai enfrente restrições de nomes da velha guarda pedetista, como a deputada estadual Cidinha Ramos, nomes jovens do partido, como o ex-ministro Brizola Neto, seriam simpáticos à ideia.
PTB como opção
As negociações para a volta de Garotinho ao PDT estariam em compasso de espera, enquanto Lupi conversa com o ex-prefeito carioca Eduardo Paes, que está no PMDB, mas busca outra legenda para fugir do desgaste da prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Se, por este ou outro motivo, os entendimentos com o PDT não evoluírem, um caminho para o garotismo seria o PTB. Cogitado como outro possível destino, o PRB seria uma opção pouco provável.
Publicado hoje (01) na Folha da Manhã