Amoêdo é a surpresa
Após as pesquisas Datafolha e Ibope ao Palácio do Planalto e Guanabara, na semana passada, a que se iniciou ontem trouxe a divulgação de uma nova amostragem, mas só a presidente. Por telefone, o BTG Pactual ouviu 2 mil eleitores, entre os dias 25 e 26 de agosto. Na margem de erro de erro de dois pontos para mais ou menos, nenhuma novidade na liderança: com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como opção, ele tem 35% na consulta induzida. Nela, foi seguido por Jair Bolsonaro (PSL), 22%; Marina Silva (Rede), 9%; Geraldo Alckmin (PSDB), 6%; Ciro Gomes (PDT), 5%; e a grande surpresa: João Amoêdo (Novo), com 4%.
Votos de Lula
Como Lula está preso desde 7 de abril e virtualmente inelegível pela Lei da Ficha Limpa que sancionou quando presidente, é sem ele a consulta induzida mais relevante. Nela, Bolsonaro liderou com 24%; acompanhado de Marina, 15%; Alckmin, 9%; Ciro, 8%, Fernando Haddad (candidato estepe do PT), 5%; e Amoêdo, 4%. Como no Datafolha e Ibope, no BTG Marina também foi a maior herdeira dos votos de Lula: seis pontos percentuais. Para receio dos petistas, Haddad ganhou apenas cinco pontos. Ciro e Alckmin levaram três, cada um. E até Bolsonaro herdou dois pontos dos votos de quem trata como “bandido condenado”.
Votos do antipetismo
Com os mesmos 4%, com ou sem Lula, as intenções de voto de Amoêdo parecem ser ideologicamente coerentes, mesmo antes de registrarem seu maior crescimento em pesquisas. Os ataques recentes nas redes sociais, dos militantes de Bolsonaro contra o presidenciável do Novo, evidenciam como este preocupa o ex-capitão. Os dois dividem o mesmo voto antipetista com Alckmin e Henrique Meirelles (MDB) — que não sai de 1% em nenhuma consulta. E, sobre Bolsonaro, Amoêdo tem uma vantagem: ele é de fato um liberal, não convertido de última hora, após sete mandatos de deputado federal como estatista.
As chances
O fato de ter 19% na consulta espontânea, abaixo de Lula (26%), mostra como o voto de Bolsonaro está consolidado. E, numa eleição pulverizada, qualquer candidato com 20% dos votos tem grande chance de ir ao segundo turno. Marina, Ciro e Haddad terão a sorte definida na disputa pelo espólio de Lula. O presidenciável substituto do PT, aliás, só tem isso. Alckmin depende de virar o jogo contra Bolsonaro, sobretudo no Estado de São Paulo, que governou quatro vezes. Mas é na espontânea que a consistência do voto em Amoêdo também impressiona: com 3%, ele está bem atrás de Bolsonaro e Lula, mas apenas deles.
Surpresa?
Do planalto à planície, o blog do Arnaldo Neto registrou ontem outras novidades. Candidato ao Palácio Guanabara, Romário (Pode) esteve na segunda em Campos, acompanhado de Caio Vianna. Ele está no PDT, por onde não concorre a nada em 2018, mas que tem candidato próprio a governador: Pedro Fernandes. Só não surpreende se analisada a curta trajetória política do filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna: chegou a liderar as pesquisas a prefeito de Campos em 2016, mas desidratou quando perdeu o apoio do pai e acabou se aliando a Anthony Garotinho. Arnaldo apoia sua esposa Edilene Vianna (MDB) a deputada estadual.
Violência
Os recentes números da violência têm assustado bastante a população da nossa região, principalmente com Campos, que aparece entre as cidades mais violentas do mundo. Porém, o que causa mais espanto é o fato de essa violência chegar também aos locais que, para muitos, sempre foi um reduto de paz e tranquilidade. E foi assim no último fim de semana em Atafona, litoral de São João da Barra. O jovem Layron da Silva Costa, de 24 anos, morreu, ontem, com tiros na cabeça. Já uma adolescente de 17 anos denunciou no domingo que foi estuprada no dia anterior.
Respostas
Duas investigações que precisam ser esclarecidas logo. No caso do estupro, que teria acontecido na frente de outra menor, grávida, de 14 anos, as respostas logo deverão surgir com os exames do Instituto Médico Legal (IML). No caso do Layron, parece ser mais complexo. E a revolta foi grande por parte da população de Atafona, que já realizou protestos e está inconformada com o fato de a suspeita recair sabre a polícia, que registrou o episódio como auto de resistência. Delegado titular da 145ª DP, Carlos Augusto Guimarães assegura que tudo será analisado. E o que se espera é que também seja, logo, elucidado.
Com o jornalista Arnaldo Neto
Publicado hoje (28) na Folha da Manhã
A mídia tem medo de Bolsonaro não sei porque, ninguém nunca viu falar desse tal de Amoedo
Caro Cesar,
As mídias sociais têm revelado o contrário: militantes de Bolsonaro, como vc, é que parecem temer o crescimento de Amoêdo.
Grato pela particpação!
Aluysio
Aonde está o poder público para dar assistência aos moradores de rua, olha o resultado
Bolsonaro foi o candidato entrevistado hoje pelo JN, o candidato está de parabéns não deu mole para Bonner e Sandra. Se não houver fraude vai ser o meu presidente
A jornalista Renata
Sobre o João Amoedo, Novo, e a Agenda 2030
Coerência Globalista: Só para lembrar aos meus amigos seguidores dessa página que quem defende ativamente, apoia passivamente, ou simplesmente permite globalismo não pode se considerar um liberal.
Ser liberal, no escopo político, é ser a favor da auto determinação dos povos, da subsidiariedade, da descentralização de poder e do controle local e democrático das próprias leis.
Globalismo visa garantir a vontade de poucos não eleitos sobre a vontade dos povos, através da criação de controles legais e através de influencia direta nas vontades locais. O objetivo é que eventualmente se estabeleça hegemonia global sobre os povos outrora independentes.
E no escopo econômico, há coerência em ser liberal na economia e tolerar globalismo? Respondo com a seguinte pergunta: existe ditadura política com livre mercado? Quem leu meu livro sabe que a resposta é NÃO.
Se há controle politico autocrático, de qualquer natureza, não há livre mercado; e se houver é por pouco tempo. Na experiencia observada ou o livre mercado se mantém, e o poder autocrático se transforma em uma democracia, ou a autocracia se mantém e o sistema econômico se torna socialista.
Vemos como na Agenda 2030, aprovada em fevereiro deste ano em São Paulo, há diretrizes para relativizar a propriedade privada, regular preços e controlar os meios de produção. Ou seja, a Agenda 2030 afeta todos os componentes essenciais ao livre mercado.
Para ampliar esse debate participe em uma de minhas palestras e me lembre de abordar esses temas. Se o texto acima já é o suficiente Compartilhe.
Luiz Philippe de Orléans e Bragança