Rafael x Wladimir em restaurante e tomógrafo. Silvinho, Perfil e Igor na base

 

 

Rafael, Wladimir, Silvinho, Perfil, Igor e Jorginho (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Ação e reação política

O governo Rafael Diniz (PPS) está certo ao não querer antecipar a disputa eleitoral. Mas após dois anos arrumando a casa, por conta de uma dívida de R$ 2,4 bilhões do governo Rosinha Garotinho (hoje Patri), foi o próprio prefeito que assumiu a candidatura à reeleição em 2020. Fez isso na mesma entrevista à Folha, publicada em 30 de dezembro, em que admitiu ser “a hora de avançar politicamente”. E, aos avanços políticos do governo, com Marcão Gomes (PR) no Desenvolvimento Humano e Social, Abdu Neme (PR) na Saúde e uma série de novidades administrativas, houve a reação dos que também pensam em disputar a eleição a prefeito.

 

Rafael x Wladimir

Reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães Azevedo chegou a ser cogitado como prefeitável para 2020. Mas, em entrevista à Folha publicada (aqui) no último domingo (28), declinou da disputa, à qual apontou Rafael e o deputado Wladimir Garotinho (PSD) como pré-candidatos mais fortes. Não é preciso dirigir a maior instituição de ensino da região para projetar isso. Surpresas recentes da urna recomendem cautela, como a eleição do governador fluminense Wilson Witzel (PSC) e do mineiro Romeu Zema (Novo). Ainda assim, o prefeito e o herdeiro do clã Garotinho parecem ser a aposta mais lógica em Campos.

 

Restaurante Popular

Embora insista em não assumir sua pré-candidatura, Wladimir age como candidatíssimo. Com Garotinho e Rosinha inelegíveis até 2024, o filho usa o cacife político que restou à família junto ao novo governador Wilson Witzel (PSC). Nos bastidores, tenta dividir a paternidade de iniciativas importantes do governo Rafael. É o caso do Restaurante Popular. Ainda com pernóstico nome de Centro de Segurança Alimentar e Nutricional, Marcão prometeu reabri-lo até o fim do primeiro semestre. E já propôs à gestão Witzel a cessão do prédio estadual onde funcionou o antigo. Por sua vez, Wladimir tenta que governador o reabra por conta própria.

 

Tomógrafo do HFM

Essa disputa com os principais reforços políticos do governo Rafael, se dá também com Abdu. Através do contato deste com o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, o município vai receber o tomógrafo móvel do Estado na próxima sexta, dia 3, para realização de exames no Hospital Ferreira Machado (HFM), cujo aparelho próprio está em manutenção. No vácuo do único tomógrafo público do município, os vereadores de oposição Eduardo Crespo (PR), Josiane Morumbi (PRP), Renatinho do Eldorado e Alonsimar (ambos do PTC) ser reuniram com Wladimir. Que pediu à secretaria estadual de Saúde o mesmo que Abdu.

 

Caio fora

Enquanto algumas disputas se antecipam, outras parecem ainda não deflagradas. Anunciada pela coluna no último domingo (28), a articulação do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) com os vereadores governistas Igor Pereira (PSB), Marcelo Perfil (PHS) e Silvinho Martins (PRP), pelo apoio ao pré-candidato Caio Vianna (PDT), foi ontem negado pelos quatro primeiros. Os três edis admitiram afinidade com o parlamentar da Alerj, mas garantiram que não conversaram com ele sobre possibilidade de apoio político ao filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (MDB). A versão foi endossada pelo filho do ex-vereador Marcos Bacellar (PDT).

 

Base da base

Os três vereadores da situação indicaram que devem continuar com Rafael. Silvinho pareceu o mais convicto: “Caminhei dois anos e meio com Rafael. Por coerência, como poderia fazer diferente a seis meses da eleição?”. Por sua vez, Perfil disse: “Desde o momento em que eu entrei na base, minha tendência é caminhar com Rafael. Só não vou estar com ele, se o prefeito não quiser”. Aliado antigo dos Bacellar, Igor projetou para 2020: “Vereador da base caminha com o governo. Estou caminhando. Essa é a minha perspectiva”.

 

Luz, água e gás

Outro vereador governista, Jorginho Virgílio (PRP) ficou ainda mais próximo com a costura do deputado estadual João Peixoto (DC), a quem apoiou em 2018, com Rafael para 2020. O edil comemorou o parecer favorável da Procuradoria da Câmara e da Comissão de Constituição e Justiça sobre um projeto seu, que impede cobrança por estimativa de luz, água e gás. Nada mais justo que cada um pague exatamente o que consumiu no mês. Projetos neste sentido, por parte das câmaras municipais, tiveram sua constitucionalidade atestada em 2018 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O de Jorginho será votado em 1º turno na sessão de hoje.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã

 

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Este post tem 5 comentários

  1. Paulo

    Fala-se tanto em arrumar a casa… Mas, porque será que o governo atual não consegue tapar míseros buracos nas vias públicas? Será que isso custa tão caro a ponto de não haver dinheiro para tanto? Ou porque muito é gasto com publicidade, que, digamos não é tão importante como boas condições de trafegabilidade nas vias públicas? Independente do cenário encontrado, há coisas básicas que se não estão sendo feitas de modo adequado, não é por falta de dinheiro em caixa ou herança maldita. Aliás, o que dizer da limpeza pública, cujos gastos atuais são quase tão grandes quanto no governo anterior, porém, com uma qualidade significativamente pior, e para tanto, basta dar uma volta pelo interior, por exemplo, e conferir como não há mais mutirões de limpeza. Será que isso é também culpa dos outros?

  2. Janio Vasconcellos Lobo

    Sabe quando Campos dos Goytacazes vai se libertar das mazelas? Nunca. É uma vergonha de um Município do tamanho de Campos produtor de petróleo e com polo universitário que abrange cultura,mas contaminada pela politica antiga do voto de cabrejo. É dar vergonha a quem chega e visita a cidade. Que foi a primeira cidade a ter energia elétrica e onde escoava a grande produção da agricultura dos distritos e do açucar através dos engenhos e existia moradas dos barões aqui. Esses paradgmas só vai se quebrado quando haver consciência que não ficarmos atrelados a grupos que representam ao poder. A sociedade de Campos precisa rever aHistória da cidade e ver que é uma cidade tem tudo pra dar certo. A lei organica do município não esta sendo sequida. Quando era de se fiscliizar,mas as amarras impede.

  3. Carlos Heitor

    Acho que um politico eleito e estando empossado, so poderia concorrer a outro cargo, se pedisse demissão do cargo atual, ou, caso viesse ser eleito em outro cargo, exemplo de deputado concorrendo para prefeito e, vice-versa, so poderia assumir no novo cargo após cumprir todo mandato. Também acho que um vereador, deputado ou senador empossado so poderia exercer qualquer secretária ou Ministro, renunciando o cargo eletivo. O ex- juiz Moro teve que renunciar ao cargo de juiz para tornar-se Ministro.

  4. cesar peixoto

    Se fizerem uma avaliação entre os piores prefeitos do Estado do Rio, o nosso prefeito está incluído nesta lista, eu não posso acreditar que ele será candidato a reeleição em 2020.

  5. cesar peixoto

    Todos com cara de mossego querendo sugar as ultimas gotas de sangue do nosso povo, chega de mentiras seus (trecho excluído pela moderação)

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